domingo, 26 de junho de 2011

Alta Idade Média com Exercícios

Olha ai..2 ano postado só para vcs...aproveitem.
A Idade Média é o período histórico compreendido entre os anos de 476 ( queda de Roma ) ao ano de 1453 ( a queda de Constantinopla). Este período apresenta uma divisão, a saber:

-ALTA IDADE MÉDIA ( do século V ao século IX ) - fase marcada pelo processo de formação do feudalismo.

-BAIXA IDADE MÉDIA ( do século XII ao século XIV ) -fase caracterizada pela crise do feudalismo.

Entre os séculos IX e XII observa-se a cristalização do Sistema Feudal.
Posto isto, vamos dividir o estudo do período medieval em duas partes. Nesta revisão abordaremos a Alta Idade Média e na próxima revisão veremos o Feudalismo e a Baixa Idade Média.

ALTA IDADE MÉDIA

Período do século V ao século IX é caracterizado pela formação do Sistema Feudal. Neste período observa-se os seguintes processos históricos: a formação dos Reinos Bárbaros, com destaque para o Reino Franco; o Império Bizantino -parte oriental do Império Romano - e a expansão do Mundo Árabe. Grosso modo, a Alta Idade Média representa o processo de ruralização da economia e sociedade da Europa.

1. OS REINOS BÁRBAROS
Para os romanos, "bárbaro" era todo aquele povo que não possuía uma cultura greco-romana e que, portanto, não vivia sob o domínio de sua civilização. Os bárbaros que invadiram e conquistaram a parte ocidental do Império Romano eram os Germânicos, que viviam em um estágio de civilização bem inferior, em relação aos romanos. Eles não conheciam o Estado e estavam organizados em tribos. As principais tribos germânicas que se instalaram na parte ocidental de Roma foram:

-Os Anglo-Saxões, que se estabeleceram na Grã-Bretanha;
-Os Visigodos estabeleceram-se na Espanha;
-Os Vândalos fixaram-se na África do Norte;
-Os Ostrogodos que se instalaram na Itália;
-Os Suevos constituíram-se em Portugal;
-Os Lombardos no norte da Itália;
-Os Francos que construíram seu reino na França.

Os Germânicos não conheciam o Estado, vivendo em comunidades tribais - cuja principal unidade era a Família. A reunião de famílias constituía um Clã e o agrupamento de clãs formava a Tribo. A instituição política mais importante dos povos germânicos era a Assembléia de Guerreiros, responsável por todas as decisões importantes e chefiada por um rei ( rei que era indicado pela Assembléia e que, por isto mesmo, controlava o seu poder ). Os jovens guerreiros se uniam -em tempos de guerra -a um chefe militar por laços de fidelidade, o chamado Comitatus.
A sociedade germânica era assim composta:
-Nobreza: formada pelos líderes políticos e grandes
proprietários de terras;
-Homens-livres: pequenos proprietários e guerreiros que
participavam da Assembléia;
-Homens não-livres: os vencidos em guerras que viviam sob o regime de servidão e presos à terra e os escravos - grupo formado pelos prisioneiros de guerra.

Economicamente, os germânicos viviam da agricultura e do pastoreio. O sistema de produção estava dividido nas propriedades privadas e nas chamadas propriedades coletivas ( florestas e pastos ).
A religião era politeísta e seus deuses representavam as forças da natureza.

Como vimos na aula 02, o contato entre Roma e os bárbaros, a princípio, ocorreu de forma pacífica até meados do século IV. À partir daí, a penetração germânica deu-se de forma violenta, em virtude da pressão dos hunos. Também contribuíram para a radicalização do contato: crescimento demográfico entre os germanos, a busca por terras férteis, a atração exercida pelas riquezas de Roma e a fraqueza militar do Império Romano.

Entre os povos germânicos, os Francos são aqueles que irão constituir o mais importante reino bárbaro e que mais influenciarão o posterior desenvolvimento europeu.

O REINO FRANCO

A história do Reino Franco desenvolve-se sob duas dinastias:
-Dinastia dos Merovíngios ( século V ao século VIII ) e -Dinastia dos Carolíngios ( século VIII ao século IX ).

OS MEROVÍNGIOS

O unificador das tribos francas foi Clóvis ( neto de Meroveu, um rei lendário que dá nome a dinastia). Em seu reinado houve uma expansão territorial e a conversão dos Francos ao cristianismo. A conversão ao cristianismo foi de extrema importância aos Francos ­que passam a receber apóio da Igreja Católica; e para a Igreja Católica que terá seu número de adeptos aumentado, e contará com o apóio militar dos Francos.

Com a morte de Clóvis, inicia-se um período de enfraquecimento do poder real, o chamado Período dos reis indolentes. Neste período, ao lado do enfraquecimento do poder real haverá o fortalecimento dos ministros do rei, o chamado Mordomo do Paço (Major Domus). Entre os Mordomos do Paço, mercerem destaque: Pepino d'Herstal, que tornou a função hereditária; Carlos Martel, que venceu os árabes na batalha de Poitiers, em 732 e Pepino, o Breve, o criador da dinastia Carolíngia.

A Batalha de Poitiers representa a vitória cristã sobre o avanço muçulmano na Europa. Após esta batalha, Carlos Martel ficou conhecido como "o salvador da cristandade ocidental".

OS CAROLÍNGIOS

Dinastia iniciada por Pepino, o Breve. O poder real de Pepino foi legitimado pela Igreja, iniciando-se assim uma aliança entre o Estado e a Igreja - muito comum na Idade Média, bem como o início de uma interferência da Igreja em assuntos políticos.

Após a legitimação de seu poder, Pepino vai auxiliar a Igreja na luta contra os Lombardos. As terras conquistadas dos Lombardos foram entregues à Igreja, constituindo o chamado Patrimônio de São Pedro. A prática de doações de terras à Igreja irá transformá-la na maior proprietária de terras da Idade Média.

Com a morte de Pepino, o Breve e de seu filho mais velho Carlomano, o poder fica centrado nas mãos de Carlos Magno.

O IMPÉRIO CAROLÍNGIO

Carlos Magno ampliou o Reino Franco por meio de uma política expansionista. O Império Carolíngio vai compreender os atuais países da França, Holanda, Bélgica, Suiça, Alemanha, República Tcheca, Eslovênia, parte da Espanha, da Áustria e Itália.
A Igreja Católica, representada pelo Papa Leão III, vai coroá-lo imperador do Sacro Império Romano, no Natal do ano 800.

O vasto Império Carolíngio será administrado através das Capitulares, um conjunto de leis imposto a todo o Império. O mesmo será dividido em províncias: os Condados, administrados pelos condes; os Ducados, administrados pelos duques e as Marcas, sob a tutela dos marqueses. Condes, Duques e Marqueses estavam sob a vigilância dos Missi Dominici -funcionários que em nome do rei inspecionavam as províncias e controlavam seus administradores. Os Missi Dominici atuavam em dupla: um leigo e um clérigo.

No reinado de Carlos Magno a prática do benefício (beneficium) foi muito difundida, como forma de ampliar o poder real. Esta prática consistia na doação de terras a quem prestasse serviços ao rei, tendo para com ele uma relação de fidelidade. Quem recebesse o benefício não se submetia à autoridade dos missi dominici. Tal prática foi importante para a fragmentação do poder nas mãos de nobres ligados à terra em troca de prestação de serviços -a origem do FEUDO.

Na época de Carlos Magno houve um certo desenvolvimento cultural, o chamado Renascimento Carolíngio, caracterizado pela promoção das atividades culturais, através da criação de escolas e pela vinda de sábios de várias partes da Europa, tais como Paulo Diácono, Eginardo e Alcuíno - monge fundador da escola palatina.

Este "renascimento" contribuiu para a preservação e a transmissão de valores da cultura clássica ( greco-romana ). Destaque para a ação dos mosteiros, responsáveis pela tradução e cópia de manuscritos antigos.

DECADÊNCIA DO IMPÉRIO CAROLÍNGIO

Com a morte de Carlos Magno, em 814, o poder vai para seu filho Luís, o Piedoso, o qual conseguiu manter a unidade do Império. Com a sua morte, em 841, o Império foi dividido entre os seus filhos. A divisão do Império ocorreu em 843, com a assinatura do Tratado de Verdun estabelecendo que:

Carlos, o Calvo ficasse com a parte ocidental ( a França atual);
Lotário ficasse com a parte central ( da Itália ao mar do Norte) e
Luís, o Germânico ficasse com a parte oriental do Império.

Após esta divisão, outras mais ocorrerão dentro do que antes fora o Império Carolíngio. Estas divisões fortalecem os senhores locais, contribuindo para a descentralização política que, somada a uma onda de invasões sobre a Europa, à partir do século IX ( normandos, magiares e muçulmanos ) contribuem para a cristalização do feudalismo.

A expansão Islâmica ocorreu em três momentos:

1ª etapa ( de 632 a 661 )- conquistas da Pérsia, da Síria, da Palestina e do Egito;
2ª etapa ( de 661 a 750 )- a Dinastia dos Omíadas, que expandiu as fronteiras até o vale do Indo (Índia); conquistou o Norte da África até o Marrocos e a Península Ibérica na Europa. O avanço árabe sobre a Europa foi contido por Carlos Martel, em 732 na batalha de Poitiers.
3ª etapa ( de 750 a 1258 )- a Dinastia dos Abássidas, onde ocorre a fragmentação político-territorial e a divisão do Império em três califados: de Bagdá na Ásia, de Cordova na Espanha e do Cairo no Egito.

Após esta divisão, do mundo Islâmico será constante até que no ano de 1258 Bagdá será destruída pelos mongóis.

AS CONSEQÜÊNCIAS DA EXPANSÃO

A expansão árabe representou um maior contato entre as culturas do Oriente e do Ocidente. No aspecto econômico a expansão territorial provocará o bloqueio do mar Mediterrâneo, contribuindo para a cristalização do feudalismo europeu, ao acentuar o processo de ruralização e fortalecendo a economia de consumo.

A CULTURA ISLÂMICA

Literatura: poesias épicas e fábulas. Destaque para os contos de aventuras, como As Mil e uma Noites.

Ciências: muito práticos os árabes aplicaram o raciocínio lógico e o experimentalismo. Desenvolveram a Matemática ( álgebra e trigonometria ), a Química ( alquimia ), Medicina ( sendo Avicena o grande nome ) e a Filosofia ( estudo de Aristóteles ).

Artes: a grande contribuição foi no campo da Arquitetura, com construção de palácios e de Mesquitas. Na Pintura, dado a proibição religiosa de reproduzir a figura humana, houve o desenvolvimento dos chamados arabescos.

O IMPÉRIO BIZANTINO

No ano de 395, Teodósio divide o Império Romano em duas partes: o lado ocidental passa a ser designado por Império Romano do Ocidente, com capital em Roma; o lado oriental passa a ser Império Romano do Oriente com capital em Bizâncio ( uma antiga colônia grega). Quando o imperador Constantino transferiu a capital de Roma para a cidade de Bizâncio, ela passou a ser conhecida como Constantinopla.
A ERA DE JUSTINIANO (527/565)

Justiniano foi um dos mais famosos imperadores bizantinos. Seu reinado corresponde ao apogeu do Império Bizantino. Em seu reinado destacam-se:

-o cesaropapismo: significa que o chefe do Estado ( César ) torna-se o chefe supremo da religião ( Papa ). As constantes interferências do Estado nos assuntos religiosos provocam desgastes entre o Estado e a Igreja resultando, no ano de 1054, uma divisão na cristandade -o chamado GRANDE CISMA DO ORIENTE. A cristandade ficou dividida em duas igrejas: Igreja Católica do Oriente ( Ortodoxa ) e Igreja Católica do Ocidente, com sede em Roma.
-a guerra de Reconquista: tentativa de Justiniano para reconstituir o antigo Império Romano, procurando reconquistar o Norte da África, a Itália e Espanha que estavam sob o domínio dos chamados povos bárbaros;
-a Revolta Nika: para sustentar a Guerra de Reconquista, o governo adotou uma política tributária o que gerou insatisfações e lutas sociais. Justiniano usou da violência para acalmar o Império;
Justiniano foi também um grande legislador e responsável pela elaboração do Corpus Juris Civilis ( Corpo do Direito Civil ), que estava assim composto:
-o Código: revisão de todas as leis romanas; -o Digesto: sumário escrito por juristas; -as Institutas: manual para estudantes de Direito; -as Novelas: conjunto de leis criadas por Justiniano.

Com a morte de Justiniano, o Império Bizantino inicia sua decadência. Entre os séculos VII e VIII os árabes conquistam boa parte do Império Bizantino e em 1453 os turcos ocupam a capital -Constatinopla.

A CULTURA BIZANTINA

O povo bizantino era muito religioso e exerciam os debates teológicos. Muitas questões teológicas foram discutidas, destacamdo­se:
-o monofisismo: tese que negava a dupla natureza de Cristo­
humana e divina. Segundo o monofisismo, Cristo tinha uma
única natureza: a divina.
-A iconoclastia: movimento que pregava a destruição de
imagens sagradas ( ícones ).

Nas artes, os bizantinos destacaram-se na Arquitetura: construção de fortalezas, palácios, mosteiros e igrejas. A mais exuberante das igrejas foi a Igreja de Santa Sofia, construída no reinado de Justiniano. A característica da arquitetura bizantina era o uso da cúpula.
Os bizantinos também se destacaram na arte do mosaico, utilizados na representação de figuras religiosas, de políticos importantes e na estilização de plantas e animais.

EXERCÍCIOS

1) (FUVEST) - Entre os fatores citados abaixo, assinale aquele que NÃO concorreu para a difusão da civilização bizantina na Europa ocidental:
a) Fuga dos sábios bizantinos para o Ocidente, após a queda de Constantinopla
b) Expansão da Reforma Protestante, que marcou a quebra da unidade da Igreja Católica
c) Divulgação e estudo da legislação de Justiniano conhecida como Corpus Juris Civilis
d) Intercâmbio cultural ligado ao movimento das Cruzadas
e) Contatos comerciais das repúblicas marítimas italianas com os portos bizantinos nos mares Egeu e Negro.

2) (PUC) -Em relação ao Império Bizantino, é certo afrimar que:
a) o governo era ao mesmo tempo teocrático e liberal
b) o Estado não tinha influência na vida econômica
c) o comércio era sobretudo marítimo
d) o Império Bizantino nunca conheceu crises sociais
e) o imperialismo bizantino restringiu-se à Ásia Menor.

3) (OSEC) - A Hégira assinala:
a) um marco histórico para o início do calendário judaico;
b) a reunificação do Império Romano sob Justiniano;
c) a tomada de Constantinopla pelos turcos;
d) a fuga de Maomé de Meca para Medina;
e) o domínio dos navegantes escandinavos sobre os mares

Báltico e do Norte.
4) (MACK) A seqüência das conquistas muçulmanas foi a seguinte:
a) Oriente Médio e Extremo Oriente;
b) Extremo Oriente e Oriente Médio;
c) Mediterrâneo Ocidental e Oriente Médio;
d) Oriente Médio e Mediterrâneo Oriental;
e) Oriente Médio e Mediterrâneo Ocidental.

5) (UFGO) -Qual das razões abaixo NÃO se coloca para explicar a expansão do Islão?
a) centralização política;
b) explosão demográfica;
c) promessas do Paraíso;
d) razzias e botim;
e) todas se colocam.

6) (UNIP) -A importância da Batalha de Poitiers, em 732, no contexto da história da Europa, justifica-se em função de que:
a) os cristãos foram derrotados pelos árabes, consolidando­se o feudalismo europeu
b) a derrota árabe frente ao Reino Franco impediu a islamização do Ocidente
c) a partir daí teve início a Guerra de Reconquista na Península Ibérica
d) esse evento assinalou o limite da expansão cristã no Mediterrâneo.

7) (PUC) O declínio da Dinastia dos Merovíngios no Reino Franco permitiu o aparecimento de um novo chefe político de fato, a saber:
a) o condestável
b) o tesoureiro
c) o major domus
d) o missi dominici
e) o marquês.

8) (OSEC) A penetração dos bárbaros no Império Romano:
a) foi realizada sempre através de invasões armadas
b) realizou-se a partir do século VI, quando o Império entrou em decadência;
c) verificou-se inicialmente sob a forma de migração pacíficas e, posteriormente, através de invasões armadas;
d) foi realizada sempre de maneira pacífica;
e) verificou-se principalmente nos séculos II e III.


RESPOSTAS - 1.B 2.C 3.D 4.E 5.A 6.B 7.C 8.C
Por: Jailson Marinho
http://www.mundovestibular.com.br/articles/4436/1/A-Alta-Idade-Media/Paacutegina1.html

sábado, 25 de junho de 2011

Retirada do mar de SC pedra que integra acervo de naufrágio de 1583

Material pode integrar naufrágio mais antigo das Américas, diz pesquisador.
Navio levava canhões para construir fortaleza no Estreito de Magalhães.
Tahiane Stochero
Pesquisadores do Projeto Barra Sul retiraram do mar de Florianópolis, em Santa Catarina, uma pedra de mais de 800 quilos com o escudo das Forças Armadas da Espanha. O material possivelmente faz parte do acervo do naufrágio da La Provedora, que afundou nas águas catarinenses em 1583.

"Descobrimos o material submerso em 2009 e desde então estamos trabalhando para identificar a origem de qual naufrágio é. Pelo nosso estudo é do naufrágio mais antigo das Américas, da Nau San Esteban, conhecida como La Provedora e ocorrido em 1583", disse aoG1 Gabriel Corrêa, diretor do projeto.

Segundo o pesquisador, o navio carregava uma carga de materiais provenientes da Espanha que seriam usados na construção de fortalezas militares no Estreito de Magalhães, no Chile. O navio integrava um grupo de 22 embarcações que partiram da Espanha, sendo que 13 afundaram no caminho até a Florianópolis. De Santa Catarina até o Chile, houve mais naufrágios e apenas cinco navios chegaram ao destino final com a carga de material bélico.

No naufrágio em Florianópolis, não houve mortes, diz o pesquisador. Segundo ele, no fundo do mar ainda estão vários canhões e outras pedras.

Desde que o material foi descoberto no fundo do mar, a cerca de 13 metros de profundidade na Praia de Naufragados, em Santa Catarina, os pesquisadores fizeram uma parceria com universidades para identificar e retirar os objetos.

"Na próxima etapa vamos retirar uma pedra triangular e um canhão. Há uma montanha de cerca de 4 metros de altura com fragmentos de madeira e cerâmica. É uma operação difícil, que depende de visibilidade e correnteza favorável", diz Gabriel Corrêa.

Fonte:G1

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Questões do ENEM- História Geral

Vamos testar os conhecimentos em relação a História Geral. As avaliações do Enem estão ai...galera do terceirão do Alfredão aproveitemos esta feriado para aprimorar nossos conhecimentos.
Boa sorte!!

1- O Período Clássico da civilização grega corresponde ao sec. V a.C., quando Atenas alcançou seu apogeu. Essa fase de esplendor da Grécia antiga pode ser delimitada, respectivamente:
a) pela chegada dos dórios ao território grego e pela primeira diáspora grega;
b) pela formação das primeiras cidades-Estado e pela segunda Diáspora Grega;
c) pelas Guerras Médicas e pelo início da Guerra do Peloponeso;
d) pela Época de Péricles e pela conquista da Grécia por Felipe da Macedônia;
e) pela formação da Liga de Delos e pela morte de Alexandre Magno.

2- Na antiguidade, os romanos estenderam seus domínios por grande parte do mundo conhecido da época, desde a península Ibérica até a Mesopotâmia. Vários fatores contribuíram para dar solidez a esse vasto império. Um fator decisivo foi:
a) o duro tratamento imposto pelos romanos aos povos conquistados, visando submetê-los pelo terror;
b) a romanização dos povos conquistados, ou seja, concedia-lhes cidadania romana;
c) o respeito aos costumes dos povos conquistados, dando origem a um império multicultural;
d) a ação unificadora do Direito Romano, que equiparava os estrangeiros aos cidadãos romanos;
e) a facilidade com que os patrícios absorveram elementos provenientes de outras camadas sociais.

3- A Igreja teve grande influência no sistema feudal que caracterizou a Europa Ocidental durante a maior parte da Idade Média. Coube a essa instituição proporcionar o ordenamento ideológico e social do feudalismo, interferindo até mesmo em assuntos políticos. Assinale a alternativa que retrata a influência política da Igreja no período citado.
a) A supremacia do poder temporal sobre o espiritual, visando a colocar a Igreja sob a proteção do Estado.
b) A criação de ordens religiosas militares, que destinadas a defender a autoridade dos reis.
c) A abertura das bibliotecas monásticas ao público leigo, para difundir o conhecimento da doutrina católica.
d) A criação de ordens mendicantes, cujo exemplo de pobreza acabaria influenciando a alta hierarquia eclesiástica.
e) A imposição da "Trégua de Deus" e da "Paz de Deus", que visavam reduzir a violência dos conflitos da época.

4- Assinale a alternativa que contém nomes de personalidades ligadas somente ao Renascimento.
a) Erasmo, Thomas Morus e Montesquieu.
b) Maquiavel, Hobbes e Da Vinci.
c) Miguelangelo, Dante e Newton.
d) Tomás de Aquino, Gil Vicente e Shakespeare.
e) Camões, Rafael e Cervantes.

5- A Reforma Protestante foi um importante acontecimento do início da Idade Moderna, com reflexos amplos da vida européia. Uma implicação econômica relevante produzida pela Reforma foi:
a) o esforço de adequar a doutrina cristã ao capitalismo nascente encontrando justificativas para certas práticas inerentes a este sistema;
b) a condenação à usura, cuja prática provocava entraves ao desenvolvimento do capitalismo, devido aos altos juros cobrados pelos prestamistas;
c) a tentativa de restabelecer certos valores ligados ao cristianismo primitivo, destacando-se a renúncia aos bens materiais;
d) a ênfase dada à acumulação de riquezas, independentemente dos métodos empregados em sua aquisição;
e) a retomada do antigo conceito bíblico de que o trabalho era um castigo divino, não devendo, portanto ser entendido como gerador de riqueza.

6- Jean-Jacques Rousseau foi um destacado filósofo iluminista, cujas idéias sobre certos aspectos, conflitavam com as dos demais pensadores de seu tempo. Assinale a alternativa que apresenta uma dessas discordâncias.
a) No plano social, Rousseau defendia os privilégios da aristocracia, enquanto os demais pensadores propunham igualdade dos cidadãos perante a lei.
b) No plano religioso, Rousseau defendia o ateísmo, enquanto os demais pensadores propunham uma religião baseada ao culto à natureza.
c) No plano cultural, Rousseau defendia a limitação do ensino às classes aristocráticas, enquanto os demais pensadores propunham a democratização da educação.
d) No plano político, Rousseau defendia o predomínio da vontade geral, enquanto os demais pensadores eram partidários do governo de uma minoria esclarecida.
e) No plano filosófico, Rousseau defendia o predomínio da fé sobre a razão, enquanto os demais pensadores propunham o inverso.

7- Por volta de 1760, a Inglaterra era o país europeu que reunia as condições mais favoráveis para iniciar a Revolução Industrial. Além dos fatores técnicos (utilização da máquina a vapor e desenvolvimento da metalurgia), o país contava com importantes fatores econômicos, sociais e políticos favoráveis a primazia da industrialização. Esclareça quais eram estes fatores.

8- Quando Lênin implantou a Nova Política Econômica (NEP), em 1921, declarou: "Companheiros nos equivocamos. Será preciso darmos um passo atrás para depois dar dois passos à frente". Qual motivo levou Lênin a esta atitude?


9- Do ponto de vista ideológico, a época da Primeira Guerra Mundial presenciou o revigoramento de uma série de nacionalismos que serviram de embasamento para justificar as pretensões imperialistas. Os principais foram:


1- revanchismo 2- industrialização 3- comercialismo 4- pan-eslavismo 5- colonialismo

Escolha abaixo a alternativa correta:
a) 1 e 5 b)2 e 4 c)3 e 4 d)1 e 4 e)4 e 5

10- A abolição do princípio da propriedade privada, estatização dos meios de produção e a assinatura de um acordo de paz com a Alemanha, marcando a saída do país da guerra foram as principais medidas adotadas em qual país, por qual personalidade e em virtude de qual acontecimento?

a) Na Rússia por Stálin, em 1929, devido a implantação da NEP.
b) Na França por Clemanceau, em 1914 devido ao início da Primeira Guerra Mundial.
c) Na Rússia por Lenin, em 1917, devido a Revolução Bolchevique.
d) Nos E.U.A por Roosevelt , em 1929, em virtude da quebra da bolsa de Nova Yorque
e) Na Inglaterra, em 1917, por Winston Churchill em virtude da Revolução Russa.

11- Assinale a alternativa que não corresponde a uma característica dos regimes totalitários de direita (fascistas)?
a) Nacionalismo.
b) Militarismo.
c) Liberalismo.
d) Expansionismo.
e) Anticomunismo.

12- O período entre as duas guerras mundiais (1919 a 1939) foi caracterizado por:
a) crise do capitalismo, do liberalismo e da democracia e polarização ideológica entre o fascismo e comunismo.
b) sucesso do capitalismo,do liberalismo e da democracia e coexistência fraterna entre o fascismo e o comunismo.
c) estagnação das economias socialista e capitalista e aliança entre os EUA e a União Soviética para deter o avanço fascista na Europa.
d) prosperidade das economias socialista e capitalista e aparecimento da Guerra Fria entre EUA e União Soviética.
e) coexistência pacífica entre os blocos capitalista e socialista e surgimento do capitalismo monopolista.

13- Segundo muitos historiadores a ascensão do nazismo deve-se em parte a política de apaziguamento adotada por Inglaterra e França que assistiam passivamente as peripecias de Hitler pelo continente europeu. A onda de agitações varriam o continente. Sabendo que muitos tinham a perder com a agitação do barco e outros tinham a ganhar se agitassem ainda mais, ingleses e franceses não fizeram nada de prático para deter o avanço nazista. Qual das afirmações abaixo justifica a atitude de Inglaterra e França diante do crescimento do Nazismo?
a) A nazismo seria um importante anteparo para o avanço do socialismo, portanto justificava não impedir as ações de Hitler que de certa forma preservariam os interesses dos grandes grupos capitalistas em relação ao "perigo vermelho".
b) Ingleses e franceses tinham receio de descontentar Hitler e serem atacados pelo bem aparelhado exército nazista.
c) O nazismo fortalecido por seu programa nuclear deveria intimidar a União Soviética a rever sua expansão territorial.
d) Evitar a todo custo o ataque dos soviéticos a Polônia, portanto valia a pena não intimdar com retaliações os nazistas.
e) Hitler secretamente efetuou um acordo de não agressão com a Inglaterra e França que lhe deu carta branca para impedir o avanço do comunismo na Europa.

14- (PF-2001) “O fim da Guerra Fria revolucionou a agenda do debate acerca das relações internacionais. No começo, ainda não se falava a respeito do império americano, mas, logo depois da euforia inicial — sintetizada pela idéia do “fim da História” —, estabeleceu-se uma polêmica com relação ao futuro do sistema político e econômico mundial, que percorreu toda a década de 90 do século passado.” José Luís Fiori-60 lições dos 90 – uma década de neoliberalismo. Rio de Janeiro: Record, 2001, p. 118 (com adaptações).

A partir do texto acima, julgue os itens corretos abaixo, referentes ao cenário internacional contemporâneo.

1- A Guerra Fria a que se refere o autor corresponde ao sistema bipolar de poder mundial que, logo após a Segunda Guerra, contrapôs os interesses soviéticos e norte-americanos, identificados nos sistemas socialista e capitalista,respectivamente.

2- O citado “fim da Guerra Fria” decorreu da falência da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) e, em uma espécie de efeito dominó, da desintegração das chamadas Repúblicas Socialistas do Leste europeu.

3- A expressão “fim da História” sintetiza a idéia de ter acabado a disputa entre as principais ideologias.

4- O incontrastável poderio militar norte-americano, após a Guerra do Golfo contra Saddam Hussein, reflete a posição ocupada pelos Estados Unidos da América (EUA) no cenário mundial posterior à Guerra Fria.

5- O fracasso da URSS fez-se acompanhar pelo declínio da China, cuja tentativa de modernizar a sua economia sucumbiu ante a intransigência dos militares comunistas, o seu reduzido mercado interno e a incapacidade de ampliar a produção.

Após avaliar as afirmações acima assinale a seqüência correta.
a)VFVVF b)VFVFV c)VFFFF d)FVFVF e)VVVVF

15- "Para obter a liberdade de nosso país, estamos dispostos a derramar nosso sangue não o vosso". Essa frase, de Mahatma Gandhi, foi dirigida aos ingleses e reflete a peculiaridade da luta desse líder pela independência da Índia. Assinale a alternativa que contém princípios defendidos por Gandhi em sua campanha nacionalista.

a) Religiosidade e transcendentalismo.
b) Ação sindical e greves pacíficas.
c) Desobediência civil e resistência passiva.
d) Tolerância e submissão.
e) Individualismo e pressão moral.

16- Com o fim da Guerra Fria devido a derrocada do regime socialista na URSS, simbolicamente representado pelo derrubada do muro de Berlim, acarretou um novo equilíbrio e o ordenamento das relações internacionais, que caracteriza-se por um(a):
a) Enfraquecimento dos movimentos nacionalistas regionais e das tendências de globalização da Europa ocidental.
b) Declínio da liderança política internacional das superpotências em virtude da transferência do controle de seus arsenais nucleares para a ONU.
c) Revitalização das alianças militares estratégico-defensivas, conforme pactos políticos da Europa central e do leste.
d) Formação de megablocos políticos-econômicos que favoreceram a internacionalização dos fluxos de capitais, tais como a União Européia e do Nafta.
e) Decadência econômica dos paises da bacia do Pacífico que haviam mantido uma posição de neutralidade durante a Guerra Fria, tais como Malásia e Singapura.



Respostas:
1-C (A história do período clássico começa com as Guerras Médicas e a guerra do Peloponeso o apogeu ateniense é durante o época de Perícles portanto os conflitos estão inseridos neste período.)
2-B (Esta cidadania era construida em etapas e foi uma forma de apaziguar as revoltas dos povos conquistados)
3-E (Duas maneiras de reduzir os atritos e manter a ordem pública utilizando o nome de Deus)
4-E
5-A (Os reformistas ao justificar a usura e o lucro como permitidos por Deus, o trabalho e poupança como formas de alcançar a salvação compatibilizou os interesses capitalistas com o da nova doutrina e a simpatia da burguesia)
6-D ( Na obra Contrato Social defendia a idéia que o Estado representava a vontade geral isto é o desejo da maioria.
7- Fatores econômicos: grande acumulação primitiva de capital, importantes jazidas de carvão e de ferro, abundância de matéria-prima e hegemônia marítima assegurava a Inglaterra o domínio das rotas oceânicas. Fator social: ampla disponibilidade de mão de obra barata, resultante do êxodo rural . Fator político: participação da burguesia em asuntos do governo, realizado por intermédio da câmara dos comuns.
8- Com a NEP, Lênin esperava superar os desastrosos resultados da política do comunismo de guerra que pretendia consolidar a teoria socialista na prática, pois conforme afirmou "não avaliamos adequadamente a teoria que a adoção do socialismo deveria funcionar se aplicadas em um sistema puro sem interferências o que não era o caso da Rússia". Portanto estaria dando um passo atrás com a adoção temporária de algumas práticas capitalistas para posteriormente dar dois passos a frente consolidando o socialismo.
9-D
10-C
11-C ( O totalitariasmo por definição inviabilizaria a prática do liberalismo seja político ou econômico)
12-A
13-A
14-E
15-C (Diferentemente dos outros lideres da descolonização da Ásia e África que preferiram a luta armada Ghandi adotou o caminho da não violência para libertar a Índia do domínio inglês)
16-D (A globalização da economia representou a supremacia do capitalismo sobre o socialismo e portanto alguns procedimentos foram tomados no sentido de difundir e fortalecer as bases capitalistas)

Exercícios de Fixação Crise de 1929 - Nazifascismo

Exercícios de Fixação...Bom ...Muito Bom
1) A crise econômica iniciada em 1929, nos Estados Unidos, e que se propagou por vários outros países, desarticulando a economia internacional no seu conjunto, representou a negação dos princípios do liberalismo econômico que se encontravam fortemente enraizados na sociedade norte-americana. Sobre a depressão econômica de 1929 existe uma alternativa que não está correta. Assinale esta alternativa:

a) Crise de super-produção que resultou em oferta de produtos acima da demanda do mercado consumidor.
b) Redução drástica do volume do comércio externo, provocando a queda da exportações e desordem no mercado internacional.
c) Há manifestação de uma desenfreada ciranda especulativa, superaquecendo as Bolsas de Valores e desviando o capital de seu circuito natural de aplicação.
d) Foi de caráter globalizado , atingindo diretamente ou não vários países e atuando sobre os mais diversos setores da economia.
e) Trata-se de uma crise causada pela escassez generalizada de mercadorias, manifestando-se através da elevação acentuada dos preços, gerando um violento surto inflacionário.

2)A crise econômica global em 1929 foi resultado de uma espetacular seqüência de eventos que terminou com a quebra da bolsa de Nova Yorque. Quais as conseqüências deste fato?

I- A retração do comercio mundial.
II- Aumento do desemprego.
III- Falência de inúmeros bancos.
IV- Crise financeira localizada especificamente na Europa.
V- Estatização de empresas do setor industrial.

Assinale a alternativa cuja sequência corresponde as afirmativas verdadeiras :
A) I, II, III. B) II, III, IV. C) III, IV, V. D) I, II, V. E)I, II, III, IV.

3- Alguns historiadores afirmam que o nazi-fascismo representava uma reação nacionalista às frustrações de alguns países, decorridas da primeira guerra mundial. A doutrina nazi-fascista tinha em comum, as seguintes características:

A) totalitarismo, nacionalismo,militarismo e unipartidarismo.
B) totalitarismo, liberalismo, anticomunismo e idealismo.
C) idealismo, romantismo, nacionalismo e liberalismo.
D) democracia, nacionalismo, anticomunismo e romantismo.
E) idealismo, militarismo, nacionalismo e democracia.

4- Hitler foi um demagogo que surgiu nas asas da crise econômica que assolava na Alemanha nos anos 30 e soube aproveitar o momento para destilar um coquetel de idéias reacionárias. Assim numa Alemanha envenenada pelo descontentamento e utilizando discursos inflamados conseguiu grande audiência. Falava sobre Nacionalismo, uma sociedade organizada e militarista, a raça superior, o espaço vital, o unipartidarismo. Sobre a definição destes conceitos assinale a alternativa INCORRETA:

(A) Nacionalismo – Resgatar o passado de gloria da nação. Considera que a nação deveria prevalecer sobre a vontade pessoal.

(B) Militarismo – Pregava a idéia que a guerra glorifica o Homem. Constituía de poder para estabelecer e manter a ordem social.

(C) Raça Superior - Considera o povo alemão racialmente puro, portanto o escolhido para governar o mundo.

(D) Espaço Vital – Garantia de mais terras para a agricultura e aumentar a oferta de alimentos.

(E) Unipartidarismo – Em cada nação deveria haver um único partido político.

5- Leia atentamente as afirmativas abaixo. Depois assinale qual a seqüência correta em relação a ser Verdadeira ou a ser Falsa

- A crise econômica de 1929 foi provocada pelo superprodução, diminuição das exportações
/importações e a especulação.
- O “american way life” nos Estados Unidos foi exportado como modelo ideal de sociedade a ser seguido pelos demais paises.
- O excesso de oferta acumulou grandes estoques que sem compradores fez os produtos encalharem nas prateleiras.
- No livro Minha Luta, escrito por Hiltler, está a doutrina do Nazismo caracterizado: nacionalismo, totalitarismo e anti-semitismo.
- O termino da 1ª Guerra não representou relevância no contexto da crise do capitalismo em 1929.

A) V-V-F-V-F B) V-F-V-F-V C) V-V-V-V-F D) F-F-F-F-F E) F-V-F-V-F

6- Sobre as semelhanças da crise do capitalismo em1929 e a crise de outubro de 2008 pode-se afirmar que:

a) a primeira reforçou a concepção de que não se poderia deixar a economia ao sabor do mercado e a segunda que uma economia não funciona sem mercado imobiliário.
b) assim com a primeira, também a segunda provocou desemprego e frustração, fez aparecer agitações fascistas e terroristas contando com amplo respaldo da população.
c) a segunda levou o temor da repetição da catástrofe econômica de 1929 por acontecer no centro do sistema financeiro mundial.
d) ambas foram crises periféricas sem grandes repercussões na economia mundial que rapidamente foram controladas.
e) enquanto a primeira fez desaparecer a convicção dos defensores do capitalismo, a segunda reforçou a solução pelo socialismo.

7) Uma das determinações de Mussolini dizia que: “... nenhuma questão será incluída na ordem do dia no Parlamento (poder legislativo) sem a ordem do líder do Estado”. Assim, podemos afirmar que trata-se da seguinte característica do fascismo:


a) militarismo b) totalitarismo c) unipartidarismo d) nacionalismo e) segregacionismo

8-Os regimes totalitários que polarizaram a política européia no período entre guerras, apresentavam muitos aspectos comuns, porem conservando suas particularidades.
Assinale os aspectos que caracterizam o nazismo:

a) Ocorreu na Itália e seu líder foi Benito Mussoline.
b) Ocorreu na Alemanha e adotava o anti-semitismo.
c) Racismo e cooperativismo.
d) Militarismo e liberalismo econômico.
e) Internacionalismo e seu líder foi Adolf Hitler.

Respostas: 1-e,2-a,3-a4-d,5-c,6-c,7-b ,8-b



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A Crise do Capitalismo – 1929

Vamos entender a crise do capitalismo de 1929?
“Dificuldades financeiras nos Estados Unidos provocam venda do Banco Merrill para o Bank of América.” (Folha 15/9/2008)
“4º maior banco dos Estados Unidos, anuncia falência” (Jornal Folha de São Paulo em 15/9/2008).
“Notícias de falências provocam fortes perdas nas Bolsas de Valores no mundo” (Jornal Estado de São Paulo 15/9/2008).
“O governo dos EUA tenta amenizar a crise fornecendo financiamento aos bancos em dificuldades”. (Jornal A Tarde 14/9/2008).
"Devemos reconhecer que isso (a crise) é um evento que acontece uma vez a cada meio século" (Alan Greenspan, ex-presidente do Banco Central dos Estados Unidos, em entrevista e rede de televisão ABC em setembro de 2008).

As manchetes e as charges acima extraídas de alguns jornais são atualíssimas e parecem ter relação com o fato que aconteceu em 1929. Em parte têm mesmo. As crises no sistema capitalista são eventuais e podemos graduá-las em leves, médias e fortes. O Modo de Produção Capitalista não é perfeito, aliás nenhum é, mas para começo de conversa o que vem a ser Modo de Produção? De forma bastante aligeirada podemos sintetizar este conceito como a forma na qual determinada sociedade organiza sua força produtiva e as suas relações de produção. Por exemplo no capitalismo as relações de produção caracterizam-se pelo trabalho assalariado e pela propriedade privada dos meios de produção. Os trabalhadores vendem sua força de trabalho para receber o "salário". O capitalista (burguês) que detém os meios para produzir algo compra a força de trabalho. O capitalismo é movido pelo lucro e suas duas principais classes socias são a buguesia e os trabalhadores assalariados. A economia deve ser regulada pela "mão invísivel do mercado" a chamada lei da oferta e da procura. O governo não deve interferir na economia. Deixa que o mercado resolve. Será???
A maior potência econômica da atualidade, os Estados Unidos são a referência dos migrantes do planeta em busca de oportunidades de trabalho e melhoria do padrão de vida. Contudo nem tudo são flores, pois milhões que lá vivem não desfrutam de condições satisfatórias de vida. Segundo o Censo de 2003 cerca de 12,5 por cento da população viviam abaixo da linha da pobreza. A imagem dos Estados Unidos como terra das oportunidades se formou na década de 20 do século pasado, disseminada pelo mundo através da propaganda e dos filmes de Hollywood. O “american way life” ou o estilo de vida dos Estados Unidos foi exportado como modelo ideal de sociedade a ser seguido pelos demais paises. Entretanto nem sempre a realidade corresponde à imagem e o sonho torna-se um pesadelo.
Para entender o processo da recessão econômica, conhecida como a Grande Depressão que abateu os EUA em 1929 e por tabela as demais economias do planeta é necessário retomarmos alguns pontos e associarmos as peças do quebra-cabeça.
O termino da 1ª Guerra. As nações européias saíram da 1ª Guerra Mundial com suas economias destruídas. Os Estados Unidos muito pelo contrário, conseguiram obter lucros fantásticos aumentando sua riqueza em 250 vezes. A economia foi alavancada pela exportação de armamentos, alimentos e produtos industrializados aos paises em guerra. Ao termino do conflito além dos créditos com o comércio possuíam um considerável valor em empréstimos aos governos europeus.
Os anos 20. A expansão da riqueza dos Estados Unidos, o chamado PIB - Produto Interno Bruto, Opa!! Qual o conceito de PIB? Corresponde ao valor total dos bens (produtos e serviços) produzidos por um país em um determinado período. Então, voltemos ao ponto em que paramos. O PIB dos EUA obteve um crescimento acelerado e vertiginoso. A produção industrial alcançou elevados picos de vendas. O modelo de produção em linha de montagem trazia rapidez, eficiência e baixo custo aos produtos. Aliado as facilidades ao crédito o cidadão poderia através de empréstimos comprar imóveis e bens duráveis (automóveis, eletrodomésticos, aparelhos de rádio, etc). Estimulados pela propaganda consumista o ritmo de compras era frenético. Mercado aquecido, expectativa de consumo crescente e valorização das empresas que tendem a sinalizar para investimentos em títulos (ações) na bolsa de valores. Muitos cidadãos vislumbraram a possibilidade de obterem lucros altos e imediatos investindo suas economia em ações.
O Efeito Dominó: A quebra da Bolsa de Nova York foi uma sucessão de acontecimentos desastrosos. Passados alguns anos do final da Primeira Guerra mundial, as economias das nações européias emitem sinais de recuperação, a partir da diminuição das importações de produtos agrícolas e industriais, principalmente dos EUA. Fato que levou a falência milhares de agricultores nos EUA. Apesar disto grandes empresas mantiveram o ritmo de produção em alta. As vésperas dos anos 30 a situação agrava-se e na chamada quinta-feira negra de Outubro de 1929 acontece o pior, a quebra ou “Crack” da Bolsa de Nova York.
Como foi este processo? Em linhas gerais podemos explicar a quebra da bolsa a partir do seguinte aspecto. Na situação de euforia que se encontrava a economia, era comum as empresas emitirem títulos negociáveis (ações) em bolsa de valores. Considerando a expectativa de lucro com a alta nas vendas dos produtos destas empresas, o mercado financeiro compra estes títulos (ações) acreditando obter lucros altos e rápidos. Porem este é um terreno pantanoso e sem as devidas cautelas podem trazer perdas financeiras irreparáveis. Foi o que aconteceu quando o excesso de produtos (superprodução) sem a devida demanda (expectativa de compra) provocam o desequilíbrio na economia. A oferta em demasia acumulou grandes estoques que não encontravam compradores fazendo os produtos encalharem nas prateleiras. O “efeito dominó” se processa, pois sem consumo não existe venda, conseqüentemente não gera receita (dinheiro). A possibilidade de lucro desaparece e o fantasma da falência torna-se real. O temor por maiores perdas leva os investidores a negociarem as ações das empresas vendendo-as na bolsa de valores. A venda contínua e sistêmica das ações de uma empresa provoca a diminuição do seu valor de mercado e indica a desconfiança dos investidores. Este ciclo macabro termina por respingar na ofertas de empregos, pois com a diminuição nas vendas os postos de trabalho são reduzidos, significando desemprego. Enfim os efeitos da crise espalham por todos os setores da economia mundial e repercutem principalmente nos paises capitalistas exportadores de produtos agrícolas, como o café do Brasil (Lembram quando estudamos a Revolução de 1930 - predecessora da Era Vargas? Pois é, os efeitos da crise ajudaram a derrubar a república do café). Exceto na União Soviética cujo o modo de produção era no Sistema Socialista com economia planificada e sem economia de mercado a crise assolou os paises capitalistas, o desemprego é alarmante nos Estados Unidos com 15 milhões de desempregados e falências generalizadas no campo e nas cidades. Na Europa a Alemanha é afetada por uma gravíssima crise com 6 milhões de desempregados, inflação, fome e miséria. O governo vem em socorro a ecomonia de mercado dos capitalistas (ops!!)financiando o sistema a fim de diminuir os efeitos da crise, criando frentes de trabalho na execução de obras públicas. A esta intervenção do governo na economia dos Estados Unidos para combater a crise chamou-se de o “New Deal” ou Novo Acordo ocorreu no governo do presidente Franklin Roosevelt. Ops!! Mas, segundo as assertivas dos economistas capitalistas que estão no ínicio deste assunto, não seria a lei da oferta e da procura que regularia as relações econômicas?? O governo não deve intervir na economia e deixar a mão invisível do mercado atuar livremente?? O Tesouro dos EUA (o ministério da Fazenda deles) em fevereiro de 2009 desembolsou US$ 2 Trilhões para socorrer bancos e empresas. Acredito que agora entendem a afirmação de que nenhum modo de produção é perfeito.

A ERA DAS REVOLUÇÕES - RESUMO

Olha terceirão..mais novidades..Atualidades OK...Pensem ENEM...

Manifestante pinta a cara e protesta contra o governo. A tempestade de manifestações populares varre a região.

Introdução.

Reflita um pouco!!

Atualmente assistimos uma onda de revoltas populares no Mundo Islâmico.
Dois paises, a Tunísia e o Egito, ambos localizados no norte da África e de população predominantemente muçulmana, foram palco de manifestações populares que provocaram mudanças no poder político. Diante da pressão popular sobre aos ditadores que estavam no poder a várias décadas não restou outra opção senão renunciar. Alguns especialistas já admitem o "efeito dominó" em andamento na região, mas quais são os ingredientes que "fritaram" o poder de duas tradicionais lideranças políticas?
Entre os indicadores da convulsão que se alastra pelo Mundo Islâmico podemos apontar fatores como altos índices de desemprego, governos repressores sem representatividade social e uma população jovem de nível universitário, com acesso a internet, sem perspectivas e insatisfeitos com a dura realidade que são obrigados a viver. Segundo o especialista em política internacional, Reginaldo Nasser, a participação da juventude deve-se a "uma nova geração de jovens que, embora tenha formação intelectual, não encontra oportunidades no mercado de trabalho. Como resultado, ela se organiza usando a internet, as redes sociais, etc.".
Nestas condições está pronta a receita para a disseminação da tempestade de protestos populares que provocam um clima de temor nos demais países da região que possuem condições parecidas com as do Egito e Tunísia, a ponto dos governantes da Arábia Saudita, Irã, Jordânia, Líbia, Bahrein, Argélia e Iêmen comandados por ditaduras há décadas tomarem medidas preventivas para enfrentar a crise, colocando as forças de repressão em estado de alerta a fim de que seus países não serem "contaminados" pela onda de protestos e tornarem-se a bola da vez, contudo parece inevitável a continuação de manifestações contra os governos no poder. Ainda é cedo para afirmar, mas podemos estar presenciando uma versão da Era das Revoluções no mundo islâmico.
Ao que parece a "primavera árabe" está expandindo horizonte. Recebi informações de que em Angola está germinando uma manifestação contra o governo de José Eduardo dos Santos, no poder a 32 anos, leia na íntegra o manifesto: A NOVA REVOLUÇÃO EM ANGOLA

Afinal o que é uma Revolução?
De maneira simplista podemos defini-la de duas formas.
O significado do termo Revolução (do latim revolutio, "uma volta") é uma transformação radical que têm lugar num período relativamente curto de tempo.
No conceito da História acrescenta-se ao significado de Revolução os fatos históricos com quebras ou rupturas radicias seja no campo social, no poder ou nas estruturas organizacionais. Quando se muda a base, a estrutura que esta acima sofre as consequências do desdobramento das ações ou pensamentos oriundos da mudança ocorridas na base.

Convulsões e Revoluções sempre fizeram parte do processo civilizatório da humanidade, alguns episódios podem ser classificados pelo tamanho de sua repercussão na História. Eventos denominados de marcas ou divisores de águas. Entre estes momentos estão os ocorridos no século XVIII, em virtude dos quais o historiador Eric Hobsbawm, denominou este período de a Era das Revoluções.
Comumente as pessoas acham que cidadania significa ter o direito de exercer o voto na época das eleições. Entretanto, o conceito de cidadania não se restringe a somente a isso. É algo mais amplo. Os direitos do cidadão não surgem ao acaso, estes são resultado das lutas de indivíduos que desejavam um mundo mais justo, sem opressão e com maiores oportunidades aos despossuídos de privilégios. Alguns direitos que hoje desfrutamos foram e continuam sendo objeto de disputas de interesses entre governo, forças políticas, classes sociais dominantes e movimentos populares. Atualmente o direito das pessoas professarem livremente seus ideais tornou-se possível em virtude da luta e até da morte de muitos no passado que não se intimidaram diante das injustiças, elevaram o tom da voz por igualdade e sonharam por um tempo em que todos seremos iguais.

A Revolução Industrial. (Resumo)
Os recursos tecnológicos hoje disponíveis nos computadores, telefones celulares, Ifones, etc., são resultados de milhares de anos de experimentos da inventividade humana. Desde a invenção das primitivas ferramentas da Era Neolítica ao fantástico advento da tecnologia de transmissão sem fio (wi-fi) a humanidade vem acumulando conhecimentos e a medida que o tempo passa tornam-se cada vez mais complexos e sofisticados. Contudo há períodos na História em que estes conhecimentos aceleram o ritmo com mudanças rápidas e abrangentes em diversas áreas da atividade humana. Um destes períodos iniciou-se na Inglaterra, por volta de 1750 e recebeu a denominação de Revolução Industrial.
Qual a importância em compreendermos a Revolução Industrial?
Se pretendemos entender os mecanismos de funcionamento do sistema capitalista na atualidade é fundamental que conheçamos o advento da Revolução Industrial. Principalmente no aspecto relacionado às relações de trabalho.
Para começo de conversa a Revolução Industrial ocorreu por uma necessidade da burguesia. Através de dois lançes: a Revolução Puritana e a Revolução Gloriosa a burguesia inglesa deu o golpe final do poder absoluto do rei e apropriou-se do poder político. Aliado a isto está o surgimento de inventos como a bomba e tear hidráulico, o trem e o barco a vapor que contribuíram para uma importante transformação: a substituição da força física (manufatura) pela força mecânica (máquina) ou seja o trabalho da manufatura passar a ser realizado nas fábricas.
O Barco e locomotiva a vapor além do tear automático foram as invenções importantes durante a Rev. Industrial.
Inglaterra o berço da Revolução Industrial. Quais condições ajudaram-na a ser a pioneira?
- Acúmulo de capitais (conseguido através da exploração das colônias, principalmente na América do Norte)
- Mão de obra disponível (falta de terra na zona rural em virtude dos cercamentos obrigou os camponeses a migrar para as cidades e se tornarem força de trabalho nas fábricas) .
- Estado liberal burguês (a burguesia ocupava o poder político)
-Jazidas de Carvão (principal combustível que movia as máquinas de produção nas fábricas).

A Revolução Industrial pode ser dividida em 2 fases:

1ª - Limitada à Inglaterra -Desenvolvimento nos setores têxtil, siderúrgico e agrícola.
2ª - Expansão do processo industrialista à paises como a Alemanha, França, EUA, Japão. De características monopolista, imperialista e desenvolvimento do neocolonialismo.
Isto posto, a Revolução Industrial gera transformações econômicas, políticas, sociais e culturais: 
-Consolidação do Capitalismo.
-Afirmação do Liberalismo.
-Urbanização.
-Questão social e novas idéias.

Sobre a questão social e o surgimento de novas idéias é importante ressaltar que os desdobramentos sociais ocorreram a partir do rearranjo de classes sociais no capitalismo moderno ou seja o surgimento de duas novas classes com interesses opostos: a burguesia industrial e a classe trabalhadora (proletariado). Contra o modelo de exploração da força de trabalho pelo capitalista (burguesia industrial) as doutrinas socialistas passam a denunciar as condições de trabalho aviltantes dos que produzem a riqueza, no caso os trabalhadores, mas não compartilham desta. Assim está lançada a pedra fundamental do Socialismo.
Duas classes sociais em conflito. Burguesia x Trabalhador



















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Era Vargas - Exercícios resolvidos

Teste seu conhecimento!

01. (FUVEST) O Brasil sofreu de forma relativamente forte os efeitos da Crise de 1929 porque:
a) o governo de Getúlio Vargas promoveu medidas de incentivo econômico, com empréstimos obtidos no Exterior;
b) o País, não tendo uma economia capitalista desenvolvida, ficou menos sujeito aos efeitos da crise;
c) houve redução do consumo de bens e, com isso foi possível equilibrar as finanças públicas;
d) acordos internacionais, fixando um preço mínimo para o café, facilitaram a retomada da economia;
e) a base da economia eram as exportações de produtos agrícolas, principalmente o café, sem grande valor agregado.

02. (FUVEST) A política cultural do Estado Novo com relação aos intelectuais caracterizou-se:

a) pela repressão indiscriminada, por serem os intelectuais considerados adversários de regimes ditatoriais;
b) por um clima de ampla liberdade pois o governo cortejava os intelectuais para obter apoio ao seu projeto nacional;
c) pela indiferença, pois os intelectuais não tinham expressão e o governo se baseava nas forças militares;
d) pelo desinteresse com relação aos intelectuais, pois o governo se apoiava nos trabalhadores sindicalizados;
e ) por uma política seletiva através da qual só os adversários frontais do regime foram reprimidos.

03. De uma forma geral as fases da Era Vargas (1930 - 1945) apresentou:

a) O abandono definitivo da política de proteção ao café.
b) A crescente centralização político-administrativa .
c) Um respeito aos princípios democráticos, em toda sua duração.
d) Um leve "surto industrial", resultante da conjuntura da Grande Guerra (1914 - 1918).
e) Um caráter extremamente ditatorial, em todas as suas três fases.

04. A Europa dos anos 30 conheceu os extremismos resultantes do confronto ideológico entre os totalitarismos de esquerda e
de direita. Eram representantes de direita (nazi-fascismo), no Brasil no período do Governo Constitucional da Era Vargas?

a) os aliancistas, reunidos em torno da Aliança Nacional Libertadora;
b) os "camisas-verdes" liderados por Luís Carlos Prestes;
c) os tenentes, que após a Revolução de 1930, tornaram-se defensores do Estado Fascista;
d) os integralistas, sob a liderança de Plínio Salgado, sonhavam com um Estado Totalitário;
e) os getulistas, adeptos de um Estado Forte, sob a liderança de Vargas.


05. Recuperação da autonomia, reconstitucionalização do País e nomeação de um interventor civil e paulista foram
reivindicações que marcaram qual fato histórico da Era Vargas:

a) o movimento tenentista da década de 1920;
b) a reação da oligarquia paulista na Revolução de 1932;
c) as manifestações integralistas nos anos 30;
d) as intentonas comunistas de 1935;
e) as rebeliões promovidas pela ANL entre 1934 e 1937.


06. (FGV) "Redescobrir e revolucionar é também o lema do Verde-Amarelismo, que, antes de organizar-se no movimento Anta
(Cassiano Ricardo, Menotti del Picchia, Plínio Salgado) e materializar-se no ideário 'curupira', passa pela xenofobia
espingardeira da Revista Brasília."
O texto acima fala de um movimento literário do Brasil dos anos 30, que tem correspondência político-ideológica com:

a) o Integralismo
b) o Marxismo-lenilismo
c) o Anarco-sindicalismo
d) o Socialismo Utópico
e) a Maçonaria


07. (UFRJ) A expressão Estado Novo foi empregada para identificar um fato histórico a partir do momento em que:

a) entrou em vigor a terceira Constituição brasileira, a de 1934;
b) foram reunidos num só os Estados do Rio de Janeiro e da Guanabara;
c) Getúlio Vargas outorgou ao País a Carta de 1937, que lhe conferia plenos poderes;
d) assumiu a Presidência da república, Jânio Quadros;
e) assumiu a Presidência da República, João Goulart.


08. (MACKENZIE) Sobre o Estado Novo, é falso afirmar que:

a) DIP, DASP e Polícia Secreta constituíram órgãos de repressão e de sustentação do regime;
b) a centralização política e a indefinição ideológica identificaram esta fase;
c) a legislação trabalhista garantia o direito de greve e autonomia sindical. O Estado afasta-se da relação capital e trabalho;
d) o crescimento industrial se fez em parte graças à concentração de renda, baixos salários e desemprego;
e) as oligarquias apoiavam o governo já que este garantia a grande propriedade e não estendia às leis trabalhistas ao campo.

09. Durante a vigência do Estado Novo (1937-1945), destaca-se a implantação da legislação trabalhista. Foram medidas do governo Getúlio Vargas, EXCETO:
a) A redução da jornada de trabalho.
b) A liberdade de organização sindical.
c) A remuneração de férias trabalhistas.
d) A regulamentação do trabalho feminino.
e) A criação dos institutos de aposentadoria.

10. (FUVEST) O período entre as duas guerras mundiais (1919 - 1939), foi marcado por:

a) crise do capitalismo, do liberalismo e da democracia e polarização ideológica entre fascismo e comunismo;
b) sucesso do capitalismo, do liberalismo e da democracia e coexistência fraterna entre o fascismo e o comunismo;
c) estagnação das economias socialista e capitalista e aliança entre os EUA e a URSS para deter o avanço fascista na Europa;
d) prosperidade das economias capitalista e socialista e aparecimento da guerra fria entre os EUA e a URSS;
e) a coexistência pacífica entre os blocos americano e soviético e surgimento do capitalismo monopolista.

11. Após a queda de Getúlio Vargas (29/10/1945) é eleito Eurico Gaspar Dutra e no primeiro ano de seu governo é concluída a:

a) Reforma Partidária;
b) Pacificação interna dos Estados;
c) Emenda Constitucional que consolida a Constituição de 1934;
d) Democratização do País;
e) Constituição, a quinta do Brasil e a quarta da República, em setembro de 1946.

RESPOSTAS: 1E: 2E: 3B: 4D: 5B: 6 A: 7C: 8C: 9B: 10A: 11E




























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Exercícios resolvidos sobre a Guerra Fria

Teste seu conhecimento!
1. (UFPE) Em 24 de outubro de 2009, chefes de Estado, reunidos em Nova Yorque, comemoraram o 64°
aniversário da Organização das Nações Unidas - ONU. O que representa essa organização?


a) Uma associação dos países do Ocidente para o enfrentamento com os países do Oriente.
b) A vitória da Liga das Nações, vigente durante a Primeira e a Segunda Guerra Mundial.
c) O fim da Guerra Fria entre o mundo capitalista e o mundo comunista.
d) A descolonização da América e da África e o respectivo engajamento político dos dois continentes.
e) Uma força internacional acima das nações, na defesa da paz mundial, dos direitos do homem e da igualdade povos.



2 - (UFMGB) No período de 1948 e 1952, mudanças na conjuntura internacional obrigaram os EUA a alterar sua política em relação ao Japão. Essa alteração ocasionou o fim da intervenção americana naquele país, adotando medidas para o Japão torna-se um aliado dos EUA na Ásia. Entre estes medidas estão os pesados investimentos em infra-estrutura e modernização do Japão.
Assinale a alternativa que apresenta fatores que motivaram a alteração da política americana em relação ao Japão:


a) A ascensão de Nikita Kruchev na URSS e a invasão da Hungria pelos soviéticos.
b) O advento da guerra fria e a Revolução Socialista Chinesa.
c) O macartismo e o arrependimento por ter lançado as bombas atômicas no período da 2ª guerra mundial.
d) O surgimento da Cortina de Ferro e o conflito entre ditadores Tito-Stalin.
e) Os conflitos da Coréia e do Vietnã.


3. (PUCCD) Entre as guerras resultantes da política bipolarização das duas grandes potências EUA e URSS, pode-se citar a que envolve:

a) católicos e protestantes.
b) sul-africanos e ingleses.
c) cubanos e soviéticos.
d) estadosunidenses e vietnamitas
e) soviéticos e judeus.


4- Durante o período da Guerra Fria as superpotências EUA e URSS adotavam estratégias a fim de atraírem países para seu círculo de influência. Entre as estratégias adotadas estava a criação de organismos e programas de ajuda que rivalizam entre si no papel que cada um desempenhava. Em relação à área econômica e militar marque a alternativa abaixo que corresponde aos exemplos corretos de programas de ajuda e organismos criados durante a Guerra Fria.


a) Na área econômica o Plano Marshall e o Comecon. Na área militar a OTAN e o Pacto de Varsóvia.
b) Na área econômica o FMI e o Plano Qüinqüenal. Na área militar a NASA e o Pacto de Varsóvia.
c) Na área econômica o Plano Marshall e o FMI. Na área militar a ONU e o Pacto de Varsóvia.
d) Na área econômica o Macartismo e a ALCA. Na área militar a OTAN e o Pacto de não agressão.


5- A Guerra Fria provocou a bipolarização ideológica da civilização durante boa parte do século XX. Apesar da influência maior concentrar-se no campo ideológico, outras áreas como o esporte e a aeroespacial sofreram interferência da Guerra Fria e serviram de cenário para as superpotências destilarem suas vaidades diante do mundo. Contudo foi no campo político e militar que indiretamente EUA e URSS confrontaram-se perigosamente em diversos momentos. Assinale a única alternativa que corresponde a seqüência correta relacionada aos conflitos indiretos entre EUA e URSS.


( )Revolução Cubana ( )Golpe Militar de 64 no Brasil ( )Guerra do Vietnã ( )Guerra do Golfo ( )Guerra da Coréia.

a) VVVVF. b)VFVFV. c) VVVVV. d)FFFFV. e)VVVFV.

Respostas: 1-E; 2-B; 3-D; 4-A; 5-E.






















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Exercicios resolvidos sobre a Segunda Guerra Mundial

Teste seu conhecimento sobre o assunto!!

1. (UNITAUC) O fato concreto que desencadeou a Segunda Guerra Mundial foi:
a) a saída dos invasores alemães do território dos Sudetos, na Checoslováquia;
b) a tomada do "Corredor Polonês" que desembocava na cidade-livre de Dantzig (atual Gdanki), pelos italianos;
c) a invasão da Polônia por tropas nazistas e a ação da Inglaterra e da França declarando guerra ao Terceiro Reich;
d) a efetivação do "Anschluss", que desmembrou a Áustria da Alemanha;
e) a invasão da Polônia por tropas alemãs, quebrando o Pacto Germano-Soviético.

2. (FUVESTA) "Esta guerra, de fato, é uma continuação da anterior." (Winston Churchill, em discurso feito no Parlamento em 21 de agosto de 1941). A afirmativa acima confirma a continuidade latente de problemas não solucionados na Primeira Guerra Mundial, que contribuíram para alimentar antagonismos e levaram à eclosão da Segunda Guerra Mundial. Entre esses problemas, identificamos:
a) o crescente nacionalismo e o aumento da disputa por mercados consumidores e por áreas de investimentos;
b) o desenvolvimento do imperialismo chinês da Ásia, com abertura para o Ocidente;
c) os antagonismos austro-ingleses em torno da questão da Alsácia-Lorena;
d) a oposição ideológica que fragilizou os vínculos entre os países, enfraquecendo todo tipo de nacionalismo;
e) a divisão da Alemanha, que a levou a uma política agressiva de expansão marítima.


3. (UFPED) Em torno de fatos relacionados com a Segunda Guerra Mundial, estabeleça a correspondência:
1. Blitzkrieg ( ) Guerra relâmpago.
2. Kamikaze ( ) Cidade arrasada pela bomba atômica.
3. Os países da Aliança ( ) Piloto suicida utilizado pela aviação japonesa.
4. As nações do Eixo ( ) Inglaterra, França, União Soviética e Estados Unidos.
5. Nagasaki ( ) Japão, Itália e Alemanha.


a) 2, 3, 5, 4 e 1
b) 1, 2, 5, 4 e 3
c) 1, 5, 2, 4 e 3
d) 1, 5, 2, 3 e 4
e) 4, 5, 2, 3 e 1


4. (UFRNA) Em relação à Segunda Guerra Mundial, é correto afirmar que:
a) Hitler empreendeu implacável perseguição aos judeus, o Holocausto, que resultou na morte de seis milhões de pessoas;
b) os norte-americanos permaneceram neutros na guerra até 1941, quando bombardearam Hiroshima e Nagasaki;
c) Charles de Gaulle, líder da resistência francesa, foi o chefe do governo de Vichy ;
d) com o ataque alemão a base de Pearl Harbor, os norte-americanos resolveram entrar na guerra;
e) a Crise de 1929 nada teve a ver com a Segunda Guerra Mundial.


5. (UEMTC) A Segunda Grande Guerra (1939-1945) adquiriu caráter mais abrangente tanto em relação a área do conflito quanto a participação de poderosos países a partir de dezembro de 1941, quando:
a) os russos tomaram a iniciativa de anexar os Estados Bálticos;
b) os alemães invadiram o litoral mediterrâneo da África;
c) os japoneses atacaram a base norte-americana de Pearl Harbor;
d) os franceses, por determinação do marechal Pétain, ocuparam o Sudeste da Ásia;
e) os chineses cederam a maior parte de seu território às tropas do Eixo.


6. Os Estados Unidos iniciaram sua participação na Segunda Guerra Mundial motivados pelo(a):
a) invasão da China pelo exército do Japão;
b) política de implantação do Plano Marshall, que favorecia a industrialização do país;
c) afundamento pelos japoneses, no Oceano Pacífico, de navios de países aliados, como o Brasil;
d) ataque japonês à base naval americana de Pearl Harbor;
e) apoio dado pela ONU aos países latino-americanos participantes do conflito.


7. Assinale a alternativa errada no contexto da Segunda Guerra Mundial:
a) A anexação da Albânia pelas tropas fascistas italianas.
b) A invasão, pelos japoneses, de regiões chinesas de grande importância econômica.
c) A vitória alemã na batalha de Stalingrado, que consolidou a hegemonia alemã.
d) A anexação da região dos Sudetos, na Tchecoslováquia, pelos alemães.
e) A crise do Corredor Polonês, que culminou com a invasão da Polônia por tropas nazistas.


8-O Totalitarismo Nazifascista na Europa instalou-se sob permissão complacente de Inglaterra e França, devido a(o):
O estabelecimento de governos totalitários era uma garantia de paz entre os países.
O socialismo era uma terrível ameaça aos interesses de banqueiros e industriais capitalistas.
Grande parte da classe dominante que visando seus interesses econômicos apóia as ditaduras em favor da ordem social
Os regimes totalitários não tinham uma doutrina clara, portanto facilmente flexíveis aos interesses da França.
A ascensão econômica mundial dos EUA dependia do apoio de regimes totalitários como o Nazismo e o Fascismo.
Assinale a sequência correta das afirmativas acima:
(A) V_V_F_V_V (B) F_V_V_F_F (C) F_F_F_V_F (D) V_V_V_V_V (E) F_F_F_F_F


Respostas: 1-c,2-a,3-d,4-a,5-c,6-d,7-c,8-b




















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Exercicios resolvidos sobre a Revolução Francesa

Exercicios Rev:Francesa

1-Do ponto de vista social, pode-se afirmar, sobre a Revolução Francesa, que:

a) teve resultados efêmeros, pois foi iniciada, dirigida e apropriada por uma só classe social, a burguesia, única beneficiária da nova ordem.
b) fracassou, pois, apesar do terror e da violência, não conseguiu impedir o retorno das forças sócio-políticas do Antigo Regime.
c) nela coexistiram três revoluções sociais distintas: uma revolução burguesa, uma camponesa e uma popular urbana, a dos chamados "sans-culottes".
d) foi um fracasso, apesar do sucesso político, pois, ao garantir as pequenas propriedades aos camponeses, atrasou, em mais de um século, o progresso econômico da França.
e) abortou, pois a nobreza, sendo uma classe coesa, tanto do ponto de vista da riqueza, quanto do ponto de vista político, impediu que a burguesia a concluísse.

2-O motivo pelo qual o conjunto de mudanças políticas que resultou na implantação do regime republicano na França, no século XVIII, pode, genericamente, ser classificado como uma revolução burguesa, é o fato de que nesse processo:

a) a estrutura social francesa viu-se reduzida a uma polarização entre o bloco de apoio ao antigo regime - no qual se encontravam a aristocracia, os camponeses e os trabalhadores urbanos - de um lado, e o bloco de apoio à república operário-burguesa, de outro.
b) a burguesia conseguiu a adesão ideológica da aristocracia, especialmente no que respeita à "abertura das carreiras públicas aos talentos individuais", o que possibilitou a ascensão de seus representantes ao poder do Estado.
c) o comando da burguesia desde o início se revelou como irrefutável, uma vez que ela colocou a serviço de seus objetivos revolucionários os mais variados setores da população, - liderando assim uma restauração do Antigo Regime.
d) as vanguardas operário-camponesas colocaram-se ao lado da burguesia, pois tinham claro que suas reivindicações somente alcançariam um patamar de conseqüência numa sociedade em que as relações burguesas de produção já estivessem desenvolvidas.
e) os resultados políticos das sucessivas convulsões sociais geradas nos quadros da crise do estado monárquico francês foram, ao final, capitalizados pela burguesia, que pôde assim dar início à viabilização de seus interesses políticos e econômicos.


3-Na Revolução Francesa, foi uma das principais reivindicações do Terceiro Estado:

a) a manutenção da divisão da sociedade em classes rigidamente definidas.
b) a concessão de poderes políticos para a nobreza, preservando a riqueza dessa classe social.
c) a abolição dos privilégios da nobreza e instauração da igualdade civil.
d) a união de poderes entre Igreja e Estado, com fortalecimento do clero.
e) o impedimento do acesso dos burgueses às funções políticas do Estado.


4- "Mesmo se o alvo perseguido não tivesse sido alcançado, mesmo se a constituição por fim fracassasse, ou se voltasse progressivamente ao Antigo Regime, ... tal acontecimento é por demais imenso, por demais identificado aos interesses da humanidade, tem demasiada influência sobre todas as partes do mundo para que os povos, em outras circunstâncias, dele não se lembrem e não sejam levados a recomeçar a experiência." (Kant, O CONFLITO DAS FACULDADES, 1798). O texto trata:

a) do iluminismo e do avanço irreversível do conhecimento filosófico; revelando-se falso nos seus prognósticos sobre o futuro político- constitucional.
b) do retorno do Antigo Regime, na Europa, depois do fracasso da Revolução francesa, revelando-se incapaz de vislumbrar o futuro da história.
c) da Revolução Francesa, dos seus desdobramentos políticos e constitucionais, revelando a clarividência do autor sobre sua importância e seu futuro.
d) da Revolução inglesa, do impacto que causou no mundo, com seus princípios liberais e constitucionais, revelando-se profético sobre seu futuro.
e) do despotismo ilustrado, dos seus princípios filosóficos e constitucionais e de seu impacto na política européia, revelando caráter premonitório.


5-A "Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão", da Revolução Francesa, traz o seguinte princípio: "Os homens nascem e se conservam livres e iguais em direitos. As distinções sociais só podem ter por fundamento o proveito comum". Tal princípio é decorrente:

a) da incorporação das reivindicações da classe média por maior participação na vida política.
b) do reconhecimento da necessidade de assegurar os direitos dos vencidos, sem distinção de classes.
c) da incorporação dos camponeses à comunidade dos cidadãos com direitos sociais e políticos reconhecidos na lei.
d) da crença popular na perspectiva liberal burguesa de que a Revolução fora feita por todos e em benefício de todos.
e) da determinação burguesa de levar avante um processo revolucionário de distribuição da propriedade privada.

6- No contexto da Revolução Francesa, a organização do Governo Revolucionário significou uma forte centralização do poder: o Comitê de Salvação Pública, eleito pela Convenção, passou a ser o efetivo órgão do Governo... . Havia ainda o Comitê de Segurança Geral, que dirigia a polícia e a justiça, sendo que estava subordinado ao Tribunal Revolucionário que tinha competência para punir, até a morte todos os suspeitos de oposição ao regime. O conjunto de medidas de exceção adotadas pelo Governo revolucionário deram margem a que essa fase da Revolução viesse a ser conhecida como:

a) os Massacres de Setembro.
b) o Período do Terror.
c) o Grande Medo.
d) O Período do Termidor.
e) o Golpe do 18 de Brumário


7-A Revolução Francesa representou um marco da história ocidental pelo caráter de ruptura em relação ao Antigo Regime. Dentre as características da crise do Antigo Regime, na França, está:

a) a crescente mobilização do Terceiro Estado, liderado pela burguesia contra os privilégios do clero e da nobreza.
b) o desequilíbrio econômico da França, decorrente da Revolução Industrial.
c) a retomada da expansão comercial francesa, liderada por Colbert.
d) o apoio da monarquia às sucessivas rebeliões camponesas contrárias à nobreza.
e) o fortalecimento da monarquia dos Bourbons, após a participação vitoriosa na guerra de independência dos E.U.A

Respostas:1-c,2-e,3-c,4-c,5-d,6-b,7-a














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Crime e Castigo ( Dostoiévski)

Muito bom...vale a pena a leitura 3 ano.
Crime e Castigo

Esta é uma das maiores obras do escritor russo Feodor Dostoievski que trata sobre os conflitos criados em um jovem estudante após cometer um crime, o assassinato de uma velha usurária, para conseguir dinheiro. Este crime desencadeia uma série de reações no personagem que nos levam a perceber em nós mesmo a fragilidade da sanidade e da consciência.
Raskolnikov, o estudante, muda-se para São Petesburgo para iniciar a faculdade de Medicina, que seria paga com muita dificuldade pela sua família, porém seu espírito recluso e fechado faz com que se afaste cada vez mais dos estudos e passe mais tempo trancafiado no seu quarto ou vagando solitariamente pelas ruas da cidade grande. Suas crises começam a aparecer juntamente com o debate da sua consciência sobre sua estada inútil na cidade, que está sendo custeada pelo trabalho da sua velha mãe e da irmã. Aumentam ainda mais com a descoberta de que a irmã casará com um rico funcionário público odiado por Raskolnikov, motivada apenas por dinheiro e com a justificativa de que seria ajudar o irmão a formar-se médico.
Ao tentar trocar um relógio com uma velha que sobrevivia de trambiques, usando as pessoas em dificuldades financeiras, tem a idéia de matá-la e roubar seu dinheiro, mantido guardado em uma lata debaixo da cama. Após um período de planejamento e preparação, ele põe seu plano em prática, mata a velha mais sua criada e rouba o dinheiro.
O drama se desenvolve agora em cima da culpa que Raskolnikov sente pelo assassinato, com debates internos sobre racionalizações e tentativas de justificar para si mesmo que aquilo foi uma coisa normal. Até que em arroubos de culpa se entrega a um investigador que há muito desconfiava do estudante, justamente por seu comportamento, que transparecia remorso e culpa. Raskolnikov, enfim é condenado e o romance termina com a sua chegada aos campos de prisioneiros da Sibéria onde iria cumprir a pena sentenciada pela sociedade e acalmaria sua consciência, que não lhe dava nem mais um minuto de paz. O livro é considerado como um dos pilares para os estudos da psicanálise, em conjunto com outras obras do mesmo autor.
Fonte(s):
http://pt.shvoong.com/books/3259-crime-c…

Exercício Contestado

Exercício 1: (UFPR 2009)

Sobre o movimento do Contestado, ocorrido de 1912 a 1916, considere as afirmativas abaixo:

1. No início do movimento, o monge José Maria, sua principal liderança, foi morto, mas suas orientações continuaram a exercer influência sobre os participantes.
2. Esse movimento acabou por agregar diferentes segmentos sociais, como posseiros e sitiantes expulsos de suas terras, e comunidades negras e caboclas.
3. O movimento do Contestado tinha características milenares e messiânicas, mas também políticas, de contestação social.
4. Apesar do cunho contestatório, a simpatia para com a República é uma característica continuamente presente no movimento do Contestado.
5. Uma das principais causas do movimento foi o fato de os sertanejos – ou caboclos – terem sido expulsos de suas terras pela estrada de ferro construída na região.

Assinale a alternativa correta.
A) Somente as afirmativas 3, 4 e 5 são verdadeiras.
B) Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras.
C) Somente as afirmativas 1, 2, 3 e 5 são verdadeiras.
D) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
E) Somente as afirmativas 1, 2, 4 e 5 são verdadeiras.

Gabarito:C

Os Monges do Contestado

Sobre o monge João Maria de Agostini:

Em muitos comentários sobre João Maria, os depoentes fazem questão de frisar que se referem ao verdadeiro monge, simplificando a forma cristalizada de crenças no monge.
O primeiro aparecer, em meados do século XIX. Trata-se de João Maria de Agostini ou - Agostinho – italiano, que nasceu em Piemonte em 1801. Sua vida é ignorada. Não há referências sobre a chegada de João Maria ao Brasil. Na Câmera Municipal de Sorocaba, Província de São Paulo. Deixa o termo de estrangeiro datado de 24 de dezembro de 1844.
Sobre suas característicSobre o monge João Maria de Agostini:
Em muitos comentários sobre João Maria, os depoentes fazem questão de frisar que se referem ao verdadeiro monge, simplificando a forma cristalizada de crenças no monge.
O primeiro aparecer, em meados do século XIX. Trata-se de João Maria de Agostini ou - Agostinho – italiano, que nasceu em Piemonte em 1801. Sua vida é ignorada. Não há referências sobre a chegada de João Maria ao Brasil. Na Câmera Municipal de Sorocaba, Província de São Paulo. Deixa o termo de estrangeiro datado de 24 de dezembro de 1844.
Sobre suas característica físicas sabe-se que possuía ´´estatura baixa , cor clara, cabelos grisalhos, olhos pardos, nariz regular, barba cerrada, rosto comprido``. Como sinal particular registrou-se que era aleijado dos três dedos da mão esquerda.
Vivendo numa gruta no morro de Araçoiaba, o apontam como homem piedoso, de vida rigorosamente sóbria e severa, dedica a Deus.
Como Sorocaba era ponto de parada de peões, tropeiros, operários, e camponeses, fez que esses logo espalhassem a fama do monge que passou a ser procurado por inúmeros visitantes.
O monge, às vezes assistia à missa na capela da Fabrica de Ferro de Ipanema, não se sabe ao certo que rumo o monge tomou, apenas é possível comprovar a sua passagem pelo Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul através do testemunho de artigos de jornais que mencionam sua presença.
Embora as datas apresentam-se contraditórias, e confusos locais e trajetos palmilhados pelo monge, há noticias em jornais que trazem copiosos esclarecimentos.
O monge solicitou audiência ao Presidente da Província. Apresentando-se, teria dito estar cumprindo uma promessa e solicitou a imagem de Santo Antão que estava numa igreja dos Sete Povos das Missões. Em setembro, estava no Campestre com imagem do Santo numa capela.
“Era italiano mais, dizia ele em São Paulo, donde retirou-se, enveredando por ínvias selvas (quem sabe Por quantos meses de arriscada peregrinação) ate a fronteira do Paraguai. Daí foi obrigado a sair. Atravessou o Rio Paraná, depois a Lagoa Yberá, numa pequena canoa: seguiu a pelo território deserto das Missões Correntinas, até o extinto povo de São Tome, hoje restaurado e elevado a cidade. Desceu pelo Uruguai até São Borja foi bem acolhido. Deu ai o nome de João Maria Agostini. Em poucos dias começoi sua peregrinação a pé foi dar, com mais de 580 quilômetros, de marcha, ao Serro de Botucaraí, a onde pouco demorou e regressou a Campestre, perto de Santa Maria, por onde já havia passado. Nesta situação agreste e merencória, escolheu um serro elevado a à base deste uma fonte cristalina, à qual atribuía a virtude de curar inúmeras enfermidades... Após alguns sucessos reais e aparentes após uma boa colheita em esmolas, o ermitão resolveu, auxiliado por alguns devotos, levantar, o no alto do Serro, uma ermitã nessa foi colocado uma imagem de Santo Antão, abade da Tebaida, imagem que existia em poder de um morador do lugar e fora pertencendo aos povos das Missões.”
Apesar dos desencontros das datas e das poucas pistas sobre o itinerário do monge, quando partiu de Sorocaba, adentrou pelo sertão tendo chegado a Paraguai, depois São Borja e em seguida Santa Maria. Na passagem pelas missões teria tomado conhecimento da referente imagem e teria escolhido Campestre como local ideal para construção da capela. Conquistando permissão para fixar-se naquele local.
A partir de 1848 João Maria é considerado como “milagreiro”. No sitio onde acampou, tornou-se um verdadeiro capo de atração para doentes de todos os males. As noticias do monge e a existência das águas miraculosas ressoaram nos estados vizinhos, no Uruguai e também na Argentina. Verdadeira multidão de romeiros acorria ao Campestre em busca dos efeitos terapêuticos das águas.
O Presidente da Província solicitou um exame das águas denominadas – Santas. O General Andréa manda prender João Maria que se encontra no Cerro do Botucaraí. E no relatório do Dr. Thomaz Antunes de Abreu, encontra-se a comprovação de que as águas examinadas “não contém princípios além dos, que são comuns em águas potáveis”.
João Maria é transferido para a Santa Catarina, por ordem do General Andréa. E solicita que lhe deixasse solitário na Ilha de Arvoredo.
Após sair da ilha, o monge encontra-se no ano de 1851, na cidade da lapa no Paraná, abrigando numa gruta, tal como havia feito antes em Sorocaba e Botucarí.

Aumentando a crença do monge.

Em sua peregrinação teria monge chegado ao Registro do Rio Negro e Mafra, em 1851. A tradicional cruz da cidade de Mafra teria sido plantada pelo monge juntamente com outras 18 em julho de 1851.
Em 1856 estava o monge em Lages, e posteriormente em Otacílio Costa mencionou este “filho da floreta”, peregrino que repousava debaixo de árvores e alimentava-se de ervas.
O tempo que permaneceu nos lugares por onde passou e os caminhos trilhados de um lugar ao outro, são desconhecidos. No final da vida teria regressado para seu primitivo abrigo em Sorocaba. Nestes últimos tempos esteve sempre entregue as orações e devoções. Faleceu em 1865.
Envoltas em mistérios estão as circunstancias da sua morte.Varias versões circulam. Desapareceu, portanto, envolto de mistério. O que nuca desapareceu é sua memória.

Enquanto sobre João Maria de Jesus o que podemos dizer é que:

Um segundo monge perambulou pela região sul do país, no final do século XIX. Foi conhecido pelo nome de João Maria de Jesus. Procurou identificar-se a João Maria Agostini, com quem apresentava alguns pontos comum.
O nome do primeiro fez reviver a sua memória, ampliou área em que mesma se tornaria conhecida e tornou uma só pessoa as que verdadeiramente duas. Chegou em Lages em 1892.
“O monge é um tipo especial que convém ser conhecido. Caminha só por este sertões, nada conduz, nada pede. Se chega a uma casa, dão- lhe de comer, ele só aceita o que e mais frugal e em pequena quantidade não dorme dentro das casas a não ser noites de chuva torrencial. Conversa com os moradores sem ostentação sem impostura, sua conversa e calma como que fala para si só, porem todos o ouvem, todos lhe obedecem, sua figura e humilde. Porem todos respeitam e estimam. Nunca diz para onde vai, nem quando. Anoitecer e não amanhecer, raramente, porem, passa por um lugar mais de uma vez. Quer chova , quer os rios estejam transbordando vai-se. Não canoas e ele passa, ninguém sabe dizer como passou”.
Registrada a área de atuação do monge, em toda a região missioneira. Após um descanso nas margens do Rio do Peixe.
“Seu nome será lembrado eternamente no meio desse povo que não compreende senão as coisas simples e naturais.”
A passagem de João Maria em União da Vitória no ano de 1896, é registrada. De “sotaque espanhol” andava cumprido uma promessa e aconselhava os sertanejos. Costumava acampar onde tinha água boa e não permitia que acompanhassem. Aceitava apenas oferendas de alimentos como queijo, leite e verduras.
“Era um homem de seus cinqüentas a sessenta anos, de estatura media, vestido pobre, mas decentemente”. João Maria assiste a missa, ouvindo o sermão em que o padre aconselha ao povo no sentido de não seguir conselhos dos monges. Frei Rogério indaga-lhe sobre sua origem e seus propósitos.
“- Eu nasci no mar – criei-me em Buenos Aires, e faz onze anos que tive um sonho, percebendo nele claramente que devia caminhar pelo mundo durante quatorze anos, sem comer carne nas quartas-feiras, sextas-feiras e sábados, e sem pousar na casa de ninguém. Vi-o claramente.”

Segundo pesquisas feitas, seu nome era Atanás Marcat, sendo de origem francesa.

“João Maria a todos atendia bondosamente, recitava, aconselhava o bem, recusava pagamento em dinheiro, apenas recebendo presentes de cavalos, porcos, vacas, etc., sendo que o mesmo esta distribuindo entre seus inúmeros afilhados por ele mesmo batizado. A população sertaneja, então inculta, porem ordeira, estava vivamente fanatizada pelo velho monge.”

Não restam duvidas sobre a existência dos dois monges João Maria. Não foram uma única pessoa, pois as datas das idades não coincidem. Outra diferença entre tantas, era que o primeiro era italiano de Piemonte, o segundo nascera no mar, criara-se em Buenos Aires e falava co sotaque espanhol.

João Maria de Jesus perambulou mais adotando um estilo itinerante, não estabelecendo paradeiros em grutas. A sua proteção geralmente, era a copa das arvores.

Não aceitava dinheiro nem certos alimentos, bem como não permitia ajuntamentos de pessoas em torno de si. Também plantava cruzes, muitas delas até hoje conservada pelo povo.

Não deixou de também utilizar as águas e receitar ervas para alivio de males.

Existem pontos de divergências entre os dois monges, o que mais claramente possibilita a distinção e a prova de que não existia apenas “O João Maria”.

João Maria de Agostini chegou de dirigir-se a povo nas missões rezadas pelo padre Antonio Dias de Arruda. João Maria de Jesus ou Atanás Marcaf, foi repreendido por Frei Rogério por fazer interpretações errôneas da S. Escritura, pregar penitencia, profetizar calamidades e principalmente batizar crianças, que era oficio dos padres da religião oficial.

Outro ponto é o posicionamento político-partidário de João Maria de Jesus, pois era monarquista, como acusava a republica pelos males que estavam ocorrendo.

Um dos exemplos é a situação jurídica das terras devolutas da união, a partir da proclamação da Republica.

As profecias, entre elas e da que surgiriam linhas de burros pretos, de ferro, carregando pessoas; vinda de gafanhotos de ferro, que ia ocorrer guerra; que viriam cercas de espinhos, entre muitas outras.

Nos pousos que fazia o monge, quando se retirava, o pessoal recolhido todos os carvões e levava para casa. Onde serviam para fazer simpatias e também como remédios.

As estampas que existiam são João Maria de Jesus, basicamente são três as mais conhecidas e difundidas na região. Entre elas uma que foi reproduzida por um fotógrafo de Caxias do Sul.

O desaparecimento do João Maria de Jesus está envolto em mistérios não diferindo muito de suas imprevista chegadas e partidas por lugares por onde andava. Simplesmente desapareceu se deixar rastro de si.

João Maria identificou-se com os sertanejos, na sua presença as esperanças renasciam a as suas palavras confortavam. Os sertanejos acreditavam estar diante de um santo que ensinava a sobriedade, o jejum, a vida digna, a caridade, não só praticava como também aconselhava-os a fazerem o mesmo. a físicas sabe-se que possuía ´´estatura baixa , cor clara, cabelos grisalhos, olhos pardos, nariz regular, barba cerrada, rosto comprido``. Como sinal particular registrou-se que era aleijado dos três dedos da mão esquerda.
Vivendo numa gruta no morro de Araçoiaba, o apontam como homem piedoso, de vida rigorosamente sóbria e severa, dedica a Deus.
Como Sorocaba era ponto de parada de peões, tropeiros, operários, e camponeses, fez que esses logo espalhassem a fama do monge que passou a ser procurado por inúmeros visitantes.
O monge, às vezes assistia à missa na capela da Fabrica de Ferro de Ipanema, não se sabe ao certo que rumo o monge tomou, apenas é possível comprovar a sua passagem pelo Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul através do testemunho de artigos de jornais que mencionam sua presença.
Embora as datas apresentam-se contraditórias, e confusos locais e trajetos palmilhados pelo monge, há noticias em jornais que trazem copiosos esclarecimentos.
O monge solicitou audiência ao Presidente da Província. Apresentando-se, teria dito estar cumprindo uma promessa e solicitou a imagem de Santo Antão que estava numa igreja dos Sete Povos das Missões. Em setembro, estava no Campestre com imagem do Santo numa capela.
“Era italiano mais, dizia ele em São Paulo, donde retirou-se, enveredando por ínvias selvas (quem sabe Por quantos meses de arriscada peregrinação) ate a fronteira do Paraguai. Daí foi obrigado a sair. Atravessou o Rio Paraná, depois a Lagoa Yberá, numa pequena canoa: seguiu a pelo território deserto das Missões Correntinas, até o extinto povo de São Tome, hoje restaurado e elevado a cidade. Desceu pelo Uruguai até São Borja foi bem acolhido. Deu ai o nome de João Maria Agostini. Em poucos dias começoi sua peregrinação a pé foi dar, com mais de 580 quilômetros, de marcha, ao Serro de Botucaraí, a onde pouco demorou e regressou a Campestre, perto de Santa Maria, por onde já havia passado. Nesta situação agreste e merencória, escolheu um serro elevado a à base deste uma fonte cristalina, à qual atribuía a virtude de curar inúmeras enfermidades... Após alguns sucessos reais e aparentes após uma boa colheita em esmolas, o ermitão resolveu, auxiliado por alguns devotos, levantar, o no alto do Serro, uma ermitã nessa foi colocado uma imagem de Santo Antão, abade da Tebaida, imagem que existia em poder de um morador do lugar e fora pertencendo aos povos das Missões.”
Apesar dos desencontros das datas e das poucas pistas sobre o itinerário do monge, quando partiu de Sorocaba, adentrou pelo sertão tendo chegado a Paraguai, depois São Borja e em seguida Santa Maria. Na passagem pelas missões teria tomado conhecimento da referente imagem e teria escolhido Campestre como local ideal para construção da capela. Conquistando permissão para fixar-se naquele local.
A partir de 1848 João Maria é considerado como “milagreiro”. No sitio onde acampou, tornou-se um verdadeiro capo de atração para doentes de todos os males. As noticias do monge e a existência das águas miraculosas ressoaram nos estados vizinhos, no Uruguai e também na Argentina. Verdadeira multidão de romeiros acorria ao Campestre em busca dos efeitos terapêuticos das águas.
O Presidente da Província solicitou um exame das águas denominadas – Santas. O General Andréa manda prender João Maria que se encontra no Cerro do Botucaraí. E no relatório do Dr. Thomaz Antunes de Abreu, encontra-se a comprovação de que as águas examinadas “não contém princípios além dos, que são comuns em águas potáveis”.
João Maria é transferido para a Santa Catarina, por ordem do General Andréa. E solicita que lhe deixasse solitário na Ilha de Arvoredo.
Após sair da ilha, o monge encontra-se no ano de 1851, na cidade da lapa no Paraná, abrigando numa gruta, tal como havia feito antes em Sorocaba e Botucarí.

Aumentando a crença do monge.

Em sua peregrinação teria monge chegado ao Registro do Rio Negro e Mafra, em 1851. A tradicional cruz da cidade de Mafra teria sido plantada pelo monge juntamente com outras 18 em julho de 1851.
Em 1856 estava o monge em Lages, e posteriormente em Otacílio Costa mencionou este “filho da floreta”, peregrino que repousava debaixo de árvores e alimentava-se de ervas.
O tempo que permaneceu nos lugares por onde passou e os caminhos trilhados de um lugar ao outro, são desconhecidos. No final da vida teria regressado para seu primitivo abrigo em Sorocaba. Nestes últimos tempos esteve sempre entregue as orações e devoções. Faleceu em 1865.
Envoltas em mistérios estão as circunstancias da sua morte.Varias versões circulam. Desapareceu, portanto, envolto de mistério. O que nuca desapareceu é sua memória.

Enquanto sobre João Maria de Jesus o que podemos dizer é que:

Um segundo monge perambulou pela região sul do país, no final do século XIX. Foi conhecido pelo nome de João Maria de Jesus. Procurou identificar-se a João Maria Agostini, com quem apresentava alguns pontos comum.
O nome do primeiro fez reviver a sua memória, ampliou área em que mesma se tornaria conhecida e tornou uma só pessoa as que verdadeiramente duas. Chegou em Lages em 1892.
“O monge é um tipo especial que convém ser conhecido. Caminha só por este sertões, nada conduz, nada pede. Se chega a uma casa, dão- lhe de comer, ele só aceita o que e mais frugal e em pequena quantidade não dorme dentro das casas a não ser noites de chuva torrencial. Conversa com os moradores sem ostentação sem impostura, sua conversa e calma como que fala para si só, porem todos o ouvem, todos lhe obedecem, sua figura e humilde. Porem todos respeitam e estimam. Nunca diz para onde vai, nem quando. Anoitecer e não amanhecer, raramente, porem, passa por um lugar mais de uma vez. Quer chova , quer os rios estejam transbordando vai-se. Não canoas e ele passa, ninguém sabe dizer como passou”.
Registrada a área de atuação do monge, em toda a região missioneira. Após um descanso nas margens do Rio do Peixe.
“Seu nome será lembrado eternamente no meio desse povo que não compreende senão as coisas simples e naturais.”
A passagem de João Maria em União da Vitória no ano de 1896, é registrada. De “sotaque espanhol” andava cumprido uma promessa e aconselhava os sertanejos. Costumava acampar onde tinha água boa e não permitia que acompanhassem. Aceitava apenas oferendas de alimentos como queijo, leite e verduras.
“Era um homem de seus cinqüentas a sessenta anos, de estatura media, vestido pobre, mas decentemente”. João Maria assiste a missa, ouvindo o sermão em que o padre aconselha ao povo no sentido de não seguir conselhos dos monges. Frei Rogério indaga-lhe sobre sua origem e seus propósitos.
“- Eu nasci no mar – criei-me em Buenos Aires, e faz onze anos que tive um sonho, percebendo nele claramente que devia caminhar pelo mundo durante quatorze anos, sem comer carne nas quartas-feiras, sextas-feiras e sábados, e sem pousar na casa de ninguém. Vi-o claramente.”

Segundo pesquisas feitas, seu nome era Atanás Marcat, sendo de origem francesa.

“João Maria a todos atendia bondosamente, recitava, aconselhava o bem, recusava pagamento em dinheiro, apenas recebendo presentes de cavalos, porcos, vacas, etc., sendo que o mesmo esta distribuindo entre seus inúmeros afilhados por ele mesmo batizado. A população sertaneja, então inculta, porem ordeira, estava vivamente fanatizada pelo velho monge.”
Não restam duvidas sobre a existência dos dois monges João Maria. Não foram uma única pessoa, pois as datas das idades não coincidem. Outra diferença entre tantas, era que o primeiro era italiano de Piemonte, o segundo nascera no mar, criara-se em Buenos Aires e falava co sotaque espanhol.
João Maria de Jesus perambulou mais adotando um estilo itinerante, não estabelecendo paradeiros em grutas. A sua proteção geralmente, era a copa das arvores.
Não aceitava dinheiro nem certos alimentos, bem como não permitia ajuntamentos de pessoas em torno de si. Também plantava cruzes, muitas delas até hoje conservada pelo povo.
Não deixou de também utilizar as águas e receitar ervas para alivio de males.
Existem pontos de divergências entre os dois monges, o que mais claramente possibilita a distinção e a prova de que não existia apenas “O João Maria”.
João Maria de Agostini chegou de dirigir-se a povo nas missões rezadas pelo padre Antonio Dias de Arruda. João Maria de Jesus ou Atanás Marcaf, foi repreendido por Frei Rogério por fazer interpretações errôneas da S. Escritura, pregar penitencia, profetizar calamidades e principalmente batizar crianças, que era oficio dos padres da religião oficial.
Outro ponto é o posicionamento político-partidário de João Maria de Jesus, pois era monarquista, como acusava a republica pelos males que estavam ocorrendo.
Um dos exemplos é a situação jurídica das terras devolutas da união, a partir da proclamação da Republica.
As profecias, entre elas e da que surgiriam linhas de burros pretos, de ferro, carregando pessoas; vinda de gafanhotos de ferro, que ia ocorrer guerra; que viriam cercas de espinhos, entre muitas outras.
Nos pousos que fazia o monge, quando se retirava, o pessoal recolhido todos os carvões e levava para casa. Onde serviam para fazer simpatias e também como remédios.
As estampas que existiam são João Maria de Jesus, basicamente são três as mais conhecidas e difundidas na região. Entre elas uma que foi reproduzida por um fotógrafo de Caxias do Sul.
O desaparecimento do João Maria de Jesus está envolto em mistérios não diferindo muito de suas imprevista chegadas e partidas por lugares por onde andava. Simplesmente desapareceu se deixar rastro de si.
João Maria identificou-se com os sertanejos, na sua presença as esperanças renasciam a as suas palavras confortavam. Os sertanejos acreditavam estar diante de um santo que ensinava a sobriedade, o jejum, a vida digna, a caridade, não só praticava como também aconselhava-os a fazerem o mesmo.
Fonte: História Brasil-Contestado