terça-feira, 26 de julho de 2011

Assalto ao Banco Central

Barão (Milhem Cortaz) teve a grande ideia de ganhar muito dinheiro em pouco tempo ao cometer o crime perfeito, sem violência.
Para isso, basta arrumar as pessoas certas, dispostas a receber R$ 2 milhões, botar o plano em prática e executar a façanha.
Após cerca de três meses de operação, R$ 164,7 milhões foram roubados do Banco Central, em Fortaleza, no Ceará. Sem dar um único tiro, sem disparar um alarme, os bandidos entraram e saíram por um túnel de 84 metros cavado sob o cofre, carregando três toneladas de dinheiro.

Dirigido por Marcos Paulo, o filme, que retrata o maior assalta a banco do mundo, chegou aos cinemas brasileiros semana passada.

MULHERES NO EXÉRCITO DE ISRAEL

por Dirceu Lopes

terça-feira, 19 de julho de 2011

Exercício - História do Brasil - Ensino Médio

1) No século XIX, a Inglaterra pressionou diversos países para acabar com o protecionismo comercial e com a existência do trabalho compulsório. Esta situação culminou, em 1845, com o "Bill Aberdeen". Neste contexto o Brasil sancionou,em 1850, a "Lei Eusébio de Queirós" tratando:
a)( )da extinção do sistema de parceria na lavoura cafeeira;
b)( )da manutenção dos arrendamentos de terras;
c)( )da extinção do tráfico negreiro.
2) A vida político-partidária do Segundo Reinado estava marcada pela disputa entre o Partido Conservador e o Partido Liberal.
Os partidos se caracterizavam por, exceto;
a)( ) representar os interesses da mesma elite agrária;
b)( )possuir profundas diferenças ideológicas e de natureza social;
c)( )ter origem social semelhante;
3) A tarifa Alves Branco", de 1844, como ficou conhecido o decreto do Ministro da Fazenda, foi uma medida de caráter:
a)( ) protecionista
b)( ) mercantilista
c)( ) cooperativista
4) (UCSAL) A introdução da mão-de-obra do imigrante na economia brasileira contribuiu para a:
a)( ) desestruturação do sistema de parceria na empresa manufatureira;
b)( ) implantação do trabalho assalariado na agricultura alimentícia;
c)( ) expansão do regime de co-gestão nas indústrias alimentícias;
d)( ) criação de uma legislação trabalhista voltada para a proteção do trabalho;
e)( ) reordenação da estrutura da propriedade rural nas áreas de produção açucareira.
5) Na Guerra do Paraguai (1865 - 1870), o Brasil teve como aliados:
a)( )Bolívia e Peru
b)( )Uruguai e Argentina
c)( ) Chile e Uruguai
6) (FESP) Analise a alternativa que não contém uma característica referente ao período do Segundo Reinado (1845 - 1889):
a) fim do tráfico negreiro;
b) elaboração da primeira Constituição brasileira;
c) domínio do café no quadro das exportações brasileiras;
d) início da propaganda republicana;
e) participação na Guerra do Paraguai.
7) Interpretação de Texto: Uma quadrinha muito repetida na Campanha da Maioridade dizia:
Queremos D. Pedro II a) De quem a quadrinha falava?
Embora não tenha idade b) Qual o objetivo de se utilizar esta quadrinha?
A nação dispensa a lei
E viva a maioridade.
8) (Somatória).Tanto liberais quanto os conservadores tinham interesse em manter a maioria da população afastada da vida política nacional. Por isso defendiam;
a) ( ) a repressão violenta às rebeliões sociais que continuavam ocorrendo;
b) ( )dois grupos disputavam o poder.
c) ( ) os liberais e conservadores não pensavam iguais, pois eram oposição em tudo
d) ( ) os grupos políticos apoiavam as rebeliões.
9) (Somatória). No final da primeira década de seu governo o Império já estava consolidado. D. Pedro II exercia de forma plena o Poder moderador que lhe permitia;
a)( ) nomear senadores e ministro;
b)( ) dissolver as sessões do legislativo;
c)( ) conceder anistia aos condenados;
d)( ) apoiar os liberais;
e)( ) lutar pelo fim da escravidão.
10) (Somatória). No segundo reinado a sociedade brasileira não sofreu mudanças significativas. A camada dominante, formada pela aristocracia rural escravista, principalmente do sudeste, consegui;
a) ( ) consolidar a seu poder controlando o governo;
b) ( ) conseguiu que seus interesses econômicos e políticos fossem atendidos;
c) ( ) tiveram seus objetivos políticos e econômicos controlados devido o medo do poder moderador;
d) ( ) nenhuma das questões.

Exercício sobre a Grécia - Ensino Médio

1. (UNESP) A ocupação da Grécia pelos indo-europeus ocorreu no contexto das grandes migrações. E a expansão colonizadora subseqüente decorreu da conjugação de vários fatores:

I. Mudança no regime de propriedade, crescimento demográfico e lutas políticas;
II.Solo árido e pouco irrigado;
III. Espírito de empreendimento desenvolvido pelo influxo da cultura romana;
IV. Crescimento do comércio e a procura de alimentos fora do continente.

Assinale:
a) Se todas as afirmativas estão incorretas.
b) Se todas as afirmativas estão corretas.
c) Se as afirmativas I, II e IV estão corretas.
d) Se apenas a afirmativa III está correta.
e) Se apenas a afirmativa II esta correta.

2. (UFPR) No século V a.C., a democracia urbana ateniense apoiava-se no seguinte princípio:

a) Membros da classe militar não poderiam ocupar cargos públicos.
b) As pessoas de ambos os sexos teriam direito a voto.
c) O governo auxiliaria aqueles que perdessem os seus direitos civis.
d) Somente os sacerdotes poderiam ocupar cargos públicos.
e) Todos os cidadãos deveriam ter o direito de participar nos negócios públicos.

3. (FUVEST-SP) Com o advento da democracia na pólis grega durante o período clássico, foram:

a) Abandonados completamente os ideais de autarquia da polis, de glorificação de guerra e a visão aristocrática da sociedade e da política, que haviam caracterizado os períodos anteriores.
b) Introduzidos novos idéias baseados na economia de mercado, na condenação da guerra e na valorização da democracia, mais condizentes com a igualdade vigente.
c) Preservados os antigos ideais de autarquia, da guerra da guerra, da propriedade da terra, do ócio, como valores positivos.
d) Recuperadas antigas práticas do período homérico – abandonadas no período arcaico – como a escravidão em grande escala e o imperialismo econômico.
e) Adaptados aos antigos ideais aristocráticos e de autarquia (do período homérico e arcaico) os novos ideais de economia de mercado do período clássico.

4. (UNITAU-SP) As cidades-Estado, base da organização política que caracterizou o povo grego,

a) mantinham política comum.
b) eram politicamente autônomas.
c) possuíam princípios religiosos antagônicos.
d) possuíam uma organização econômica solidária.
e) estavam unidas na política de organização do Mediterrâneo.





05. (FUVEST-SP) Na estratificação da sociedade ateniense, os eupátridas constituíam:

a) a aristocracia, compondo a camada dirigente possuidora das melhores terras.
b) o campesinato, com direito a uma parte das terras.
c) a plebe, que não dispunha de nenhum direito político.
d) o segmento servil, que exercia o trabalho doméstico.
e) a população escrava, reduzida a completa sujeição política e econômica.

06. (MACKENZIE-SP) Acerca da participação política na Grécia antiga, é correto afirmar que:

a) Em Esparta, esparcíatas, mulheres e periecos escolhiam membros da Gerúsia.
b) Em Atenas, os eupátridas, mulheres, demiurgos e metecos escolhiam seus representantes na Assembléia Popular.
c) Em Esparta, os esparcíatas, hilotas e periecos escolhiam os membros da Apela.
d) Em Atenas, apenas os cidadãos participavam da Assembléia Popular.
e) Em Atenas, todos os habitantes da cidade, exceto os escravos, participavam da Assembléia Popular.

07.(MACKENZIE-SP) Leia o texto:

“Fiz retornar para Atenas, a pátria fundada pelos deuses, aqueles que foram vendidos, uns injustamente, outros com justiça, alguns exilados por causa dos seus débitos e que já não falavam mais a língua ática. Outros homens, submissos a uma servidão indigna e que tremiam diante de seus senhores, eu os tornei livres.Eis o que fiz, pela soberania da lei...”

O texto anterior reproduz um fragmento de um discurso do legislador ateniense, eleito arconte (594 a.C.), e responsável por reformas socioeconômicas e políticas. Trata-se de:

a)Drácon
b)Licurgo
c)Sólon
d)Psístrato
e) Clístenes

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Exercício 6ª Série- Feudalismo

1)Assinale a alternativa diretamente relacionada com o declínio e queda do império Romano:
a) ( ) Triunfo do cristianismo, falta de proteção das suas fronteiras, constantes invasões bárbaras, falta de dinheiro para pagar os exércitos e manter os funcionários administrativos e a falta de estruturas (estradas, muros de proteção, fortes e alimentos), diminuição do sistema.
b)( ) constantes invasões bárbaras, falta de dinheiro para pagar os exércitos e manter os funcionários administrativos e a falta de estruturas (estradas, muros de proteção, fortes e alimentos), diminuição do sistema.

2)Sobre a ruralização da economia ocorrida durante a crise do Império Romano, podemos afirmar que:
a) ( ) foi consequência da crise econômica e da insegurança provocada pela invasão bárbara.
b) ( ) foi a causa principal da falta de escravos
c) ( ) incentivou o crescimento do comércio.

3) Com o esvaziamento do Império Romano em consequência da crise, a maioria dos habitantes fugiu para o campo dando origem a:
a) ( ) ao Império Romano
b) ( ) o preço do escravo aumentou
c) ( ) ao colonato

4) Com a formação do colonato, o colono cuidava de uma pequena faixa de terra, de onde tirava o seu sustento e o da sua família. Formou-se então, no inicio da Idade média, uma economia:
a) ( ) baseado no comércio.
b) ( ) baseado no trabalho agrícola de subsistência.
c) ( ) baseado na moeda.

5) Com a queda do Império Romano, fez desaparecer o poder centralizado. No seu lugar, surgiram vários Estados germânicos, governados por reis e seus auxiliares militares. Então as leis nos reinos bárbaros baseavam-se:
a) ( ) em leis escritas como a do Império Romano.
b) ( ) em costumes, antigas tradições, transmitidas oralmente (direito consuetudinário)
c) ( ) no legislativo, judiciário e executivo.


6)A falta de leis escritas fazia as relações entre o rei e seus súditos serem baseadas na :
a) ( ) obrigações morais,, como laço de fidelidade e honra.
b) ( ) eram submetidos a espada do rei
c) ( ) o poder era do mais forte.

7) De todos os povos bárbaros, os Francos foram os mais importantes na formação do feudalismo. Clóvis foi o primeiro rei Franco (Dinastia Merovíngia). Para organizar o seu reino ele obteve ajuda;
a) ( ) da união do Império Carolíngio.
b) ( ) da Igreja Católica.
c) ( ) da Lutetia parisiorum.

8) Analise o texto e responda: 'em vários momentos foi difícil identificar onde terminavam os domínios do rei e começavam os domínios da igreja.'
a)( ) O rei tornou-se a principal força política, cultural e religiosa.
b)( ) A Igreja Católica, tornou-se a principal força política, cultural e religiosa.

9) Com a falta de um poder centralizado forte, criou-se as condições para a consolidação do feudalismo. Então podemos definir que o feudalismo é;
a) ( ) governado por um rei, o mais eficiente.
b) ( ) o direito romano, baseado na interpretação da lei.
c) ( ) definido como uma forma de organização social e política na relação de fidelidade e dependência.

10) Atualmente a nossa sociedade é dividida em classes sociais, isto é no topo (mais alto) da classe social temos os ricos, logo após a classe média alta, assim sucessivamente até a classe pobre. Mas a classe social atualmente tem mobilidade (quer dizer, se você for pobre e ficar rico você pode subir para outra classe a dos ricos). Na Idade Média a classe era dividida por estamentos. isto significa que;
a) ( ) era dividida em três classes, Nobres, ricos e pobres e não tinha mobilidade.
b) ( ) era dividida em três classes Clero, nobre e servos e não tinha mobilidade
c) ( ) era dividida em três classes, Clero, Nobres e servos e tinha mobilidade.
Prof: Humberto/Lic/Bacharelado em História
Pós-Graduado em História do Brasil

Exercício 5ª série - Meso-América

1)Os espanhóis movidos pela ambição de conquistar a América e seus povos, alguns aventureiros quiseram se lançar à conquista. Dentro eles, destacou-se as figuras de;
a) Hernan Cortez;
b) Francisco Pizarro e Hernan Cortez;
c) Hernan Cortez e Américo Vespúcio.
2)A conquista do Império Asteca se deu por qual conquistador;
a)Américo Vespúcio;
b)Francisco Pizarro
c)Hernan Cortez.
3)Complete a frase. Sobre o povo Inca:
1)A base econômica dos incas era a______________________________. Nas áreas desérticas, empregavam técnicas de____________________________; nas encostas da montanhas construíram_____________________________.
2)Cultivavam, feijão, batata, algodão, tomate, pimenta, abacaxi e principalmente o_______________entre outros produtos.E utilizavam como adubo o _________________,
composto formado por excremento de morcegos ou aves marinhas.

4) Quando o Sapa Inca morria, suas mulheres e servos eram sacrificados e seus corpos eram depositados, junto dele, no Templo do Sol. Para o enterramento era utilizado a técnica;
a)de cremação(eram queimados os corpos);
b)de mumificação(como no antigo Egito).
5) Os Astecas faziam uso de uma escrita;
a)Cuneiforme;
b)Pictográfica;
c)Arábica.

6)Complete as frase. Sobre o povo Astecas
1)Em meados do séc:XIV, os Astecas fixaram-se em uma área próxima ao___________Texcoco,
na região do atual________________, onde fundaram a_________________de Tenochtitlán.
2)A guerra era uma das atividades centrais dos____________________. Por meio dela, dominavam outros(as)_________________________, obrigando-as a pagar________________________e reconhecer a sua autoridade política e_____________________.

7)A conquista do império Inca se deu por qual conquistador;
a)Francisco Pizarro;
b)Cristovão Colombo;
c)Hernan Cortez.
8)Cortez quando conquistou o Império Asteca o maior Império da Mesoamérica, contava com cerca de 400homens, 17cavalos, 10 canhões e poucas armas. Como isso foi possível? Que outra forma ele se utilizou?
a)Superioridade de tecnologia militar, ajuda dos aliados locais, contaminação dos astecas por doenças e os astecas imaginaram que os espanhois era deuses;
b) Superioridade de tecnologia militar, ajuda dos aliados locais, contaminação dos astecas por doenças.
9)Na civilização Astecas a educação das crianças parece ter sido uma das principais preocupações dessa sociedade. As crianças que não queriam estudar deviriam ser castigadas por pais e tutores. Os castigos mais praticados eram;
a)ser arranhadas com espinhos;
b)ser arranhada com espinhos ou mandadas para a floresta em noite escura;
c)ser arranhadas com espinhos ou obrigadas a cheirar fumaça onde se queimavam pimentas vermelhas;
10)A principal cidade da Civilização Maia era;
a)Tikal;
b)Mesoamérica
c)Tenochtitlán
Prof:Humberto/Lic/Bacharelado em História
Pós-Graduado em História do Brasil

Exercicio 5ª série - Povos da Mesopotâmia

1)(1,0)Mesopotâmia, em grego significa “entre rios”, este território fica situado entre os rios;
a) rios tigres e frades;
b) rios tigres e eufrates;
c) rios babilônicos e nilo.
2)(1.0)As aldeias instaladas na Mesopotâmia próximos aos rios, conseguiam produzir alimentos em excedente (grande quantidade) devido a utilização;
a)da irrigação;
b)do comércio;
c)dos escravos,
3)(1.0)Na religião, os povos mesopotâmicos cultuavam vários deuses. Entre estes destacavam-se An, deus do céu,Enlil, deus do ar,Enki, deus da água, e Ninhursag, a deusa da mãe terra. Então podemos dizer que a religião mesopotâmica era;
a)monoteísta;
b)xintoístas;
c)politeístas.
4)(1.0)Na Mesopotâmia a atividade religiosa favoreceu o desenvolvimento das ciências. Foi nos templos religiosos que se desenvolveram a;
a)escrita e a astronomia;
b)astronomia e a língua latina;
c)escrita e o e a língua latina.
5)(1.0)O surgimento da escrita cuneiforme se deu em processo de evolução a partir de imagens d objetos. A escrita surgiu a aproximadamente 4.000 a.C , no sul da mesopotâmia desenvolvida pelos povos;
a)acádios;
b)babilônicos;
c)sumérios.
6)(1.0)Nas cidades da Mesopotâmia, havia numerosas cidades, e cada uma funcionava como centro decisório. Isto é, cada uma era independente e os estudiosos as chamavam de;
a)cidades - estados;
b)cidades – países.
7)(1.0) A partir 3.000a.C, surgiram os Impérios na Mesopotâmia, ou seja, o domínios de várias delas por uma única cidade. Quais os principais Impérios da Mesopotâmia?
a) Acádios, Babilônicos, Sumérios, Assírio;
b)Babilônicos, Sumérios, Assírio;
c)Sumérios, Assírio,Egípcios,Gregos;
8)(1.0)Por volta de 1.900a.C, a Babilônia se tornou um grande império. Esse desenvolvimento ocorreu no governo de Hamurábi. No seu reinado houve duas grandes realizações. Quais não foram?
a)a introdução da religião monoteísta;
b) o desenvolvimento da agricultura;
c)o desenvolvimento da agricultura e um código de leis (código de Hamurábi).
9)(1.0)A principal economia dos povos da Mesopotâmia eram;
a)comércio;
b)agricultura,comércio e artesanato;
c)artesanato.
10)(1.0) O rei era muito respeitado pelo povo, pois ele era considerado um Deus ou representante dele. Então podemos dizer que o sistema de governo era;
a)politeísta;
b)teocrático.

Prof: Humberto/Lic/Bacharelado em História
Pós-Graduado em História do Brasil

Exercicio 7ª série Absolutismo/Ind. Norte Americana

1)(1.0) No século XVIII, a sociedade européia era profundamente hierarquizada. Na política os países eram governados por;
a) presidentes;
b)reis absolutistas.
c)pelos nobres (duques, condes etc...)
2)(1.0) O iluminismo foi um movimento;
a) só intelectual;
b) intelectual e político;
c) intelectual, politico e cientifico.
3)(1.0)O movimento iluminista teve como maior objetivo uma reação contra;
a) absolutismo;
b) absolutismo e a igreja;
c) a igreja e o partidos políticos.
4)(1.0))s iluministas travaram uma batalha importante pelo pensamento racional, principalmente os pensadores franceses e ingleses. Quais forma os principais pensadores da França?
a) Diderot, D'Alambert, Rousseau, Mostesquieu e Voltaire;
b)Rousseau, Mostesquieu e Voltaire, Adam Smith;
c)Voltaire, Adam Smith, David Ricardo, Rousseau.
5) (1.0) Sobre a Independência dos Estados Unidos da América, assinale a alternativa correta:
a) O crescimento do comércio triangular, praticado pelas colônias de povoamento situadas no Sul, gerou atritos com a metrópole.
b) O Segundo Congresso Continental de Filadélfia decretou a separação dos Estados Unidos, através da Declaração de Independência redigida por Thomas Jefferson.
c) A política de conciliação adotada pela Inglaterra retardou o processo de independência da Treze Colônias Inglesas.
6) (1.0) Em meados do século XVIII, as autoridades inglesas aprovaram uma série de Leis restritivas à autonomia colonial (13 colonias) Inglesas na América). Quais foram estas leis?
a) Lei do açúcar, selo, alojamentos e a do chá;
b) Lei o açúcar, selo, alojamentos, do chá e as leis intoleráveis;
c) nenhuma das questões.
7) (1.0) Em maio de 1775, os colonos que desejavam a independência norte americana; realizaram o;
a) 1ª Congresso de Viena;
b) 1ª Congresso da Filadélfia;
c) 2ª Congresso da Filadélfia.
8)(1.0) O direito a liberdade e à busca da felicidade que constava da Declaração de Independência dos E.U.A não valia para todas as pessoas. Negros, mulheres e índios ficaram fora ao processo do direito a liberdade. Então podemos dizer que;
a) que o único cidadão que exercia plenamente os seus direito constitucionais eram os homens adultos e brancos,
b) só a pequena burguesia;
c) por ser iluminista, todos tinham os mesmos direitos.
9) Interpretação de texto: “nenhum cidadão será compelido a frequentar ou apoiar qualquer crença religiosa [...] mas, ao contrário, todos terão direito de professar e, por meio de argumentos, manter a suas opiniões em matéria de religião, e, por isso, não terão seus direitos civis de maneira alguma diminuídos, ampliados ou afetados. (Estatuto da Liberdade Religiosa, estado da Virgínia,1786).
a) Qual a idéia central do texto?
b) O texto contraria o funcionamento do antigo regime? Por que?
c) Esse texto contém alguma idéia iluminista. Qual?

Porf:Humberto/Lic/Bacharelado em História
Pós-Graduado em História do Brasil

Exercicio 6ª série - Feudalismo

1)(1.0)Durante os primeiros séculos da Idade Média, a vida urbana na Europa não teve tanta importância quanto a vida rual. A partir do século XI, ocorreu um revigoramento do;
a)do comércio e o artesanato;
b) da igreja;
c)do comércio.
2)(1.0)O desenvolvimento de novas técnicas agrícolas reduziu a necessidade de mão-de-obra nos campos. Além disso, o desenvolvimento agrícola gerou um;
a)desenvolvimento do senhor feudal;
b)excedente alimentar permitindo o revigoramento do comércio e o aumento da população urbana;
c)nenhuma questão.
3)(1.0)As cidades combinavam funções administrativas, econômicas e culturais. Entretanto, o que mais se destacava nas cidades eram as atividades artesanais e comerciais. Então podemos dizer que;
a)as cidades não tinham grande importância para o artesanato e como centro de troca;
b)que o comércio de curta distancia gerou circulação de dinheiro e novas formas de pagamento;
c) acidade era um centro de produção artesanal e um grande centro de trocas.
4)(1.0)O crescimento econômico e populacional das cidades levou à formação de novas camadas sociais e profissionais. Na periferia das cidades, denominadas Burgos, habitavam pessoas que;
a)se dedicavam ao comércio, empréstimos de dinheiro a juros,e à produção de artigos artesanais;
b)só se dedicavam ao empréstimos de dinheiro a juros,e à produção de artigos artesanais;
c)eram os senhores feudais, bispos e servos.
5)(1.0)O comércio a longa distância gerou maior circulação de dinheiro e novas formas de pagamentos como;
a)o dólar;
b)o marco alemão;
c)a letra de câmbio.
6)(1.0)Durante toda a Idade Média, acreditou-se que tomar banho abria os poros da pele. Então podemos dizer que o banho era considerado;
a)benéfico;
b)maléfico;
c)nenhuma das questões.
7)(1.0)As cidades medievais que se formavam não tinham qualquer planejamento. Á medida que a população crescia, pioravam as condições de saneamento. Então não podemos dizer que isto;
a)não facilitava a transmissão de doenças;
b)facilitava a transmissão de doenças;
c)não havia coleta de lixo.
8)(1.0)No século XIV, diversas regiões da Europa foram tomadas por revoltas populares, especialmente camponesas, por varias razões. Quais foram;
a) peste negra, guerras;
b) guerras e a cobranças de impostos;
c)peste negra, guerras e a cobranças de impostos.
9)(2.0)Leio o texto “O orgulho das cidades medievais” e responda.
“A Idade Média é orgulhosa de suas cidades. Os burgueses conseguem conservar seu poder sobre elas. Os soberanos sonham nelas imprimir sua marca. Os pobres nelas se sentem em maior segurança do que em outro lugar[...].O orgulho urbano medieval exprime-se nesse desejo de subir, de construir em direção ao céu [...]. As famílias ricas, sobretudo nas cidades onde a nobreza se instalou, procuram ter uma torre mais alta do que aquela de uma família rival. [...]. (LE GOFF,Jacques. Por amor as cidades. São Paulo. Edunesp, 1988, p. 120,128 e 129).
a)Como cada personagem social das cidades via o ambiente em que vivia?
b)Como as construções das cidades medievais expressaram o orgulho de seus moradores de viver no mundo urbano?

Prof: Humberto/Lic/Bacharelado em História
Pós-Graduado em História do Brasil

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Vestibular FATEC-2004 -HIstória Geral

1) Jacques Le Golf e George Duby, especialistas em Idade Média, dividem a sociedade em três grandes ordens. A 1ª compreendia os integrantes do clero, a 2ª reunia os senhores feudais, e a última era constituída pelos servos. Sobre a sociedade feudal é correto afirmar que:
a) havia uma grande mobilidade social, apesar das rígidas tradições e vínculos jurídicos determinando a posição social de cada indivíduo.
b) a honra e a palavra tinham importância fundamental, sendo os senhores feudais ligados por um complexo sistema de obrigações e tradições.
c) os suseranos deviam várias obrigações aos seus vassalos, por exemplo, o serviço militar.
d) os servos, como os escravos, não tinham direito à própria vida, viviam presos à terra e dela não podiam sair.
e) os vilões constituíam uma parcela de senhores feudais que procuravam por outro senhor mais poderoso, jurando-lhe fidelidade e obediência.

Resposta: B

Resolução: A divisão da sociedade feudal em "ordens" reflete a visão do clero medieval, onde "alguns combatem, outros rezam e outros trabalham". A relação social que envolvia a nobreza era de suserania e vassalagem, entre senhores feudais ou entre senhores e o rei (que também é nobre). Essa relação estava fundamentada nas tradições, onde vale a palavra e a honra, estabelecida numa cerimônia de investidura, onde se realizava o juramento de fidelidade.


2) "No estado do Maranhão, Senhor, não há ouro nem prata mais que o sangue e suor dos índios: o sangue se vende nos que cativam e o suor se transforma em tabaco, no açúcar e nas demais drogas que os ditos índios se lavram e fabricam. Com este sangue e suor se medeia a necessidade dos moradores; e com este sangue e suor se enche e enriquece a cobiça insaciável dos que vão lá governar".
Vieira, Padre Antônio, Obras escolhidas. In: Alencar, Carpi & Ribeiro. História da sociedade brasileira. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1979, p.210-1.
O texto acima foi escrito por volta de 1653. As principais riquezas do Maranhão, naquela época, eram
a) o ouro e a prata.
b) o ouro, a prata e o comércio de escravos.
c) o tabaco, o açúcar e as drogas.
d) o ouro, a prata, o tabaco e o açúcar.
e) os metais preciosos, o comércio de escravos e o açúcar.

Resposta: C

Resolução: Se o enunciado afirma que no Maranhão "não há ouro nem prata", a única alternativa possível é a letra C.


3) O Mercantilismo caracterizou-se por ser um conjunto de medidas adotado pelos Estados Modernos, a fim de obter recursos e riquezas necessários à manutenção de seu poder absoluto. Afirma-se sobre o Mercantilismo:
I. Um dos princípios comuns que orientaram a política mercantilista foi o Metalismo -- concepção que identifica a riqueza e o poder de um Estado na quantidade de metais preciosos, por ele acumulados.
II. Todos os produtos que chegavam à colônia ou saíam dela tinham de passar pela Metrópole, concretizando sua sujeição absoluta ao Estado explorador, característica do Protecionismo Alfandegário.
III. A prática mercantilista compreendia estímulo à importação, restrição à exportação, condicionamento do comércio à agricultura, incentivo à uniformização legislativa e alfandegária do Estado.
IV. A forma mais antiga e tradicional do mercantilismo foi o Bulionismo, praticado pelos Países Baixos, onde a indústria da pesca e as refinarias de açúcar garantiam a quase totalidade da exportação.

Deve-se concluir, sobre essas afirmações, que
a) apenas I está correta.
b) estão corretas apenas II e III.
c) estão corretas I, III e IV.
d) nenhuma está correta.
e) todas estão corretas.

Resposta: A

Resolução: O controle exercido pela metrópole não implica na passagem do produto pela mesma. A maioria das mercadorias, autorizadas pela metrópole, vinham diretamente dos países de origem. Muitos produtos provinham de colônias da mesma metrópole. Por isso, a alternativa II é incorreta.
A alternativa III é incorreta porque o mercantilismo estimulava as exportações metropolitanas e restringia as importações, procurando garantir uma balança de comércio favorável, priorizando o comércio.
A alternativa IV é incorreta porque o bulionismo (ou metalismo), foi o tipo de mercantilismo praticado pela Espanha, apoiado na idéia de que todas as atividades estariam subordinadas a obtenção de metais preciosos.

4) Embora sem a mesma intensidade das lutas ocorridas na América Espanhola, ocorreu no Brasil a Guerra de Independência, que assolou o Império entre 1822 e 1823, e sobre a qual é correto afirmar que:
a) foi uma guerra apenas em seu caráter formal, pois as guarnições portuguesas renderam-se em vez de combater.
b) a resistência lusa foi estimulada pelos britânicos, preocupados com a posição liberal dos EUA frente à independência das colônias latino-americanas.
c) as forças brasileiras de terra e mar estavam sob o comando do almirante Smith.
d) foi uma guerra de caráter limitado, pois a maioria das províncias brasileiras aderiu pacificamente à independência.
e) os combates mais violentos ocorreram no Maranhão e no Pará, onde as tropas portuguesas eram mais numerosas.

Resposta: D

Resolução: Normalmente desprezada ou minimizada pelos livros didáticos, vários movimentos armados ocorreram em províncias do norte - em especial na Bahia - e na Cisplatina.


5) Devido à crise política e econômica, a União Soviética foi extinta em 1991. Em seu lugar, em dezembro do mesmo ano, foi criada a Comunidade dos Estados Independentes (CEI), integrada em parte por países que participaram da antiga URSS. O presidente da Rússia, Boris Ieltsin, seguindo a cartilha do Fundo Monetário Internacional a partir de 1992, efetuou a mudança da economia planificada para a economia de mercado. Essas mudanças levaram a Rússia:
a) à recessão econômica, à inflação, ao desemprego e à criminalidade.
b) ao desenvolvimento de uma próspera economia de mercado sustentada pelo capital americano.
c) à criação de uma nova economia, nem capitalista, nem socialista, que elevou a qualidade de vida dos russos.
d) à recessão econômica inicial, superada pela gradativa transformação da Rússia em país modelo de desenvolvimento econômico, para os países vizinhos.
e) à recessão econômica e ao desemprego no início; mas, com a ajuda dos organismos internacionais, houve a recuperação econômica já a partir de 1995, com a implantação das medidas sugeridas pelo COMECON.

Resposta: A

Resolução: A inserção da Rússia em uma economia de mercado, promovida por Boris Ieltsin, foi resultado do esfacelamento do bloco socialista no final da década de 80. A crise da economia socialista (que a "Perestroika" tentada por Gorbachev não conseguiu revitalizar) levou ao fim do chamado "socialismo real". Entretanto, como a Rússia jamais tivera estruturas capitalistas significativas (ao contrário de países como a Checoslováquia ou a Hungria), as reformas de Ieltsin, no sentido de implantar o capitalismo neoliberal, leva-
ram aos resultados citados na alternativa "a".

6) O convênio de Taubaté, (1906), que consistia numa política de "valorização" da economia nacional, caracterizou-se por:
a) ser um programa de diversificação da agricultura.
b) uma intervenção do governo no mercado cafeicultor, comprando o excedente do café, a fim de restabelecer o equilíbrio entre a oferta e a procura.
c) incentivar a policultura para atender aos interesses dos pequenos proprietários.
d) levar o governo a comprar o excedente do café, com as divisas provenientes das exportações.
e) estimular a produção cafeeira no Vale do Paraíba e no sul de Minas Gerais.

Resposta: B

Resolução
O Convênio de Taubaté foi firmado entre os governadores de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro -- os três maiores produtores de café na época. O café -- principal produto das exportações brasileiras -- atravessava uma crise de superprodução que levaria à depreciação dos preços no mercado internacional. Pressionados pelos cafeicultores, os governos estaduais comprometeram-se a adquirir os excedentes da produção. Essas compras seriam financiadas por meio de empréstimos externos e os estoques resultantes seriam vendidos no caso de falta do produto no mercado. O Convênio de Taubaté constituiu o marco inicial da "Política de Valorização do Café", que produziu a "privatização dos lucros e a socialização das perdas", segundo Celso Furtado.

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Um livro de História que não leva as pessoas à reflexão, não é um livro de História. Sobre a afirmação você julga que:

(a) Um livro de história deve tratar de fatos que são comprovados
(b)O ensino de História deve analisar o passado
(c)Compreender o passado é entender as diferentes opções sociais
(d)Um livro não deve ter ideologia para maior liberdade do leitor

terça-feira, 12 de julho de 2011

Conselhos de Bill Gates

Aqui estão alguns conselhos que Bill Gates recentemente ditou numa conferência em uma escola secundária sobre 11 regras que os estudantes não aprenderiam na escola.
Ele fala sobre como a "política educacional de vida fácil para as crianças" têm criado uma geração sem conceito da realidade, e como esta política têm levado as pessoas a falharem em suas vidas posteriores
à escola. Muito conciso, todos esperavam que ele fosse fazer um discurso de uma hora ou mais... Bill Gates falou por menos de 5 minutos, foi aplaudido por mais de 10 minutos sem parar, agradeceu e foi embora em seu helicóptero...

Regra 1
A vida não é fácil, acostume-se com isso.

Regra 2
O mundo não está preocupado com a sua auto-estima. O mundo espera que você faça alguma coisa útil por ele ANTES de sentir-se bem com você mesmo.

Regra 3
Você não ganhará R$ 20.000 por mês assim que sair da escola. Você não será vice-presidente de uma empresa com carro e telefone à disposição antes que você tenha conseguido comprar seu próprio carro e telefone.

Regra 4
Se você acha seu professor rude, espere até ter um Chefe. Ele não terá pena de você.

Regra 5
Vender jornal velho ou trabalhar durante as férias não está abaixo da sua posição social.Seus avós têm uma palavra diferente para isso: eles chamam de oportunidade.

Regra 6
Se você fracassar, não é culpa de seus pais. Então não lamente seus erros, aprenda com eles.

Regra 7
Antes de você nascer, seus pais não eram tão críticos como agora. Eles só ficaram assim por pagar as suas contas, lavar suas roupas e ouvir você dizer que eles são "ridículos". Então antes de salvar o planeta para a próxima geração, querendo consertar os erros da geração dos seus pais, tente limpar seu próprio quarto.

Regra 8
Sua escola pode ter eliminado a distinção entre vencedores e perdedores, mas a vida não é assim. Em algumas escolas você não repete mais de ano e tem quantas chances precisar até acertar. Isto não se parece com absolutamente NADA na vida real. Se pisar na bola, está despedido... RUA !!! Faça certo da primeira vez!

Regra 9
A vida não é dividida em semestres. Você não terá sempre os verões livres e é pouco provável que outros empregados o ajudem a cumprir suas tarefas no fim de cada período.

Regra 10
Televisão NÃO é vida real.Na vida real, as pessoas têm que deixar o barzinho ou a boite e ir trabalhar.

Regra 11
Seja legal com os C.D.Fs - aqueles estudantes que os demais julgam que são uns babacas. Existe uma grande probabilidade de você vir a trabalhar PARA um deles.

Bill Gates, dono da maior fortuna pessoal do mundo e da Microsoft, a única empresa que enfrentou e venceu a Big Blues, IBM, que construiu o primeiro computador, cérebro eletrônico mundial, desde a sua
fundação em meados de 1900.

OS SAUDOSOS ANOS 50 E 60

Frases retiradas de REVISTAS FEMININAS das décadas de 50 e 60:

“Não se deve irritar o homem com ciúmes e dúvidas".
(Jornal das Moças, 1957)

"Se desconfiar de infidelidade do marido,a esposa deve redobrar os carinhos e provas de afecto,sem questioná-lo nunca".
(Revista Claudia, 1962)

Bons tempos...

“Desordem na casa de banho, desperta no marido vontade de ir tomar banho fora de casa".
(Jornal das Moças, 1965)

"A mulher deve fazer o marido descansar nas horas vagas,servindo-lhe uma cerveja bem gelada. Nada de incomodá-lo com serviços ou notícias domésticas".
(Jornal das Moças, 1959)
 
"Se o seu marido fuma, não discuta pelo simples facto de deixar cair cinza no tapete. Espalhe cinzeiros por toda a casa".
(Jornal das Moças, 1957)

"O noivado longo é um perigo, mas nunca sugira o matrimónio. ELE é quem decide - sempre".
(Revista Querida, 1953)

"Sempre que o marido sair com os amigos e chegar a altas horas da noite,
espere-o linda, perfumada e dócil".
(Jornal das Moças, 1958)

"É fundamental manter sempre uma aparência impecável diante do marido".
(Jornal das Moças, 1957)

"A esposa deve vestir-se depois de casada,com a mesma elegância de solteira, pois é preciso lembrar-se de que a caça já foi feita,
mas é preciso mantê-la bem presa."
(Jornal das Moças, 1955)

E para terminar...a cereja em cima do bolo

"O lugar de mulher é no lar. O trabalho fora de casa masculiniza".
(Revista Querida, 1955)

CONCLUSÃO:
Já não se editam revistas instrutivas como antigamente.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Imagens Históricas

Primeiro Mc donalds

Bob Marley no Brasil

Silvio Santos novo (ou Lucas Araujo da Silva rsrsrs.....)

Che Guevara

Sadam Hussen sendo enforcado

Onde foi construído o Cristo Redentor.... um botequinho

Brasília em 1958

O Papa e Hitler juntos

Elvis Presley no Exército

Os Beatles no comecinho da carreira

Massacre no Carandiru

Família Bin Laden. O Osama é o circulado

Verdadeiro Titanic

Família Chaves. Todos vivos!

Hollywood antigamente

Pão de Açúcar antigamente

Construção da Disney World

Muro de Berlim sendo derrubado

Evolução da coca -cola

John Lennon dando autógrafo a seu assassino

Bob Marley e Mick Jagger juntos

A rua 25 de Março antigamente

Adolf Hitler criança (ou boneco assassino....)

Chukis Norris e Bruce Lee

Copacabana na década de 60
(o fusquinha predominava)


Construção do Cristo Redentor

Albert Einstein no Brasil

Primeiro computador do mundo

Presidente Kennedy morto

Famosa construção do Empire State ...... até hoje esta foto é copiada

Boletim escolar de Albert Einstem

Criador do Orkut

Momento em que Bush fica sabendo do atentado nas Torres Gemeas

AS NOSSAS ORIGENS AMERÍNDIAS.

AS NOSSAS ORIGENS AMERÍNDIAS.
Ao descrever esta ânsia, o Homo Sapiens surgiu na África à cerca de 1 milhão de anos e lá iniciado sua lenta migração por caminhos rumo norte, estes povoadores nômades seguiram o deslocamento das manadas de animais, espalhando-se em ondas migratórias sucessivas por todo mundo e o continente Americano. As evidências antigas da presença e a dispersão do homem nas Américas são em sua maioria, restos de fogueiras, artefatos de pedras lascadas (raspadores, pontas de flechas e facas) e cacos de cerâmicas. Hoje em dia é aceito no meio cientifico que os primeiros moradores da América chegaram a aproximadamente 40 mil anos, tendo sua origem no continente africano.
Quanto ao caminho tomado pelo “homem pré-histórico” (ver figura 01) para alcançar a América há duas hipóteses:
1.Através do Oceano Pacífico e da Antártida (australiano e malaio-polinésios). A seqüência de ilhas e arquipélagos no Pacífico e entre a Tasmânia e a terra do fogo teria sido utilizada como caminho natural para o ingresso do homem pré-histórico na América do Sul.
2. Que eles chegaram ao continente pelo estreito de Bering, entre a Sibéria e o Alasca, em épocas distintas, iniciando-se a imigração há 35.000 anos. Entre 35 e 12 mil anos do presente, a glaciação Wisconsin teria feito, por intervalos, o mar descer a uns 50 metros abaixo do nível atual.
Mas entre a maioria dos cientistas, historiadores, antropólogos e arqueólogos a hipótese mais aceita origina-se da passagem pelo estreito de Bering (ver figura 02) quando um rebaixamento dos oceanos formou um caminho terrestre que ligava a extremidade da Ásia ao continente Americano.

Com o rebaixamento do nível do mar decorrente do represamento das águas nas grandes geleiras, ficou imersa uma plataforma terrestre que uniu a Ásia á América viabilizando o livre trânsito de grupos humanos e de animais de um continente para o outro (CIÊNCIA HOJE, 2007, p.11).
Salienta-se que todos os povoadores iniciais do continente americano vieram de fora, de outros continentes. No entanto, há uma certeza, aqueles povoadores iniciais, mongólicos e negróides, não eram Europeus, nem vieram do Atlântico, tal como os viageiros mercantilistas ibéricos nos tempos modernos.
Entretanto, os primeiros caçador-descobridores vieram do velho continente pelos confins da Ásia e pelas águas do Pacífico. Sabe-se muito pouco sobre estas primeiras criaturas que chegaram ao Brasil, vindos do Norte da América, mais possivelmente sempre seguiam os caminhos próximos aos cursos dos rios e de novas reservas alimentares.
[...] lentamente estes homens primitivos, vagando em pequenos grupos pelo território em busca de alimentos [...]. Este longo caminhar não foi uniforme, grandes barreiras naturais, como as montanhas rochosas e as cordilheiras dos Andes, represaram longamente o povoamento. [...] Espalhando-se assim, convivendo por vezes com animais terríveis e bruscas mudanças climáticas, o homem teria levado perto de 30 mil anos para percorrer a distância que separa o Alasca da Patagônia, tornando inteiramente habitado o imenso continente que 20 mil anos depois seria chamado de América (A NOTÍCIA, 2000, p.2).
A procedência dos primeiros habitantes do Continente e o momento em que se deu a imigração têm sido respondidos, neste século, a partir de hipóteses formuladas por inúmeros cientistas, dentre os quais historiadores, arqueólogos, biólogos e antropólogos.
Entretanto, no Brasil, a maior evidencia da presença humana alem de fogueiras, pontas de projéteis e arte rupestre; é um crânio humano, o mais antigo já encontrado na América, proveniente de Lagoa Santa - MG e chamado com o nome de Luzia. O crânio é de uma mulher e tem cerca de 11.680 anos A.P.
Segundo André Prous; ‘Entre 8.000 e 11.000 anos BP, o homem já estava instalado em grande parte do território brasileiro, e vestígios dele são encontrados nas regiões mais diversas, excluindo a Amazônia (1992, p.145).
Neste sentido, os primeiros habitantes do nosso continente são os ameríndios. O que é incorreto é afirmar ou falar em povos pré-colombianos porque tal afirmação pressupõe que Colombo é um marco. Até podemos considera-lo como marco, mas no sentido de ter trazido ou introduzido a cultura européia para cá, mas já existiam culturas, civilizações no novo continente, e até com um grau maior de tecnologia do que os europeus em termo de contabilidade, astronomia e de domínio de produção agrícola.
Entretanto quanto mais e pesquisa, mais se descobre. Pois todas as datações são feitas através de carbono 14, que capta cada matéria viva, não importa se vegetal ou animal enquanto vivo absorve a radiação solar. Então quando deixa de viver, ele deixa de absorver a radiação.
Sobre a América portuguesa e espanhola, os primeiros pesquisadores foram os padres jesuítas, que no processo de colonização das Américas, a Igreja se preocupou em tentar identificar quem eram esses povos povoadores, fazendo estudos detalhados sobre a vida e o cotidiano, bem como os primeiros a recolher material arqueológico.
Se nós buscarmos o raciocínio inicial de que, todos tem a sua origem a América do Norte através do Estreito de Bering (tese mais aceita por pesquisadores), todos os ameríndios deveriam ter ser desenvolvimento cultural, econômico, tecnológico e até a evolução física iguais. Mas no entanto, existem diferenças até gigantescas sobre o tema proposto:Os Maias foram os que se se preocuparam, com a vegetação, agricultura e calendários solares. Na América Central, onde localizava-se está civilização, as condições de sobrevivência eram terríveis, ambiente hostil, solo fraco, relevo irregular, e eles prosperaram cientificamente e tecnologicamente.
Entretanto, o que se relaciona aos nossos indígenas a evolução ficou centrada a pré-história, sem conhecer valores numéricos ou a escrita. Desta forma, analisamos que o Ser Humano é um ser que se adapta muito ao ambiente onde está.
Então os Povos da América do Sul são atrasados?

Humberto Corrêa
Prof:História/Licenciatura e Bacharelado

quinta-feira, 7 de julho de 2011

A REPÚBLICA EM CRISE - INTRODUÇÃO.

A "Revolução" de 1930 deu início a uma nova etapa de nossa história política, que estendeu-se até 1945, essa fase foi marcada pela liderança política de Getúlio Vargas. Podemos segmentá-la em Revolução de 30, Governo Provisório, Fase Constitucional e Estado Novo (1937-1945) este último um período ditatorial baseado em burocracia complexa e poder centralizador, com intervenção do Estado na economia e nos sindicatos.
A atividade econômica essencial do país era a agricultura de exportação, principalmente o café. A saturação deste modelo político-econômico das oligarquias agrárias decretou o término da República Velha e ajudou a acelerar um processo de mudanças. Na economia, a indústria e os serviços se desenvolveram em paralelo com a formação da classe operária, integrada inicialmente por imigrantes italianos que trouxeram da Europa as idéias libertárias do comunismo. Na política mais mudanças, em 1922 surgiu o Partido Comunista Brasileiro. Os jovens oficiais genericamente denominados "Tenentes" comandam varias rebeliões e clamam por moralização da política.
Em verdade a proposta de modernização do Brasil consistiu na representação dos interesses da burguesia industrial em ascensão para enfrentar a crise da economia agrário-exportadora que desabou com a quebra do sistema financeiro internacional, fato histórico mais conhecido como a Quebra da Bolsa de Nova Iorque em 1929 cujo reflexo no Brasil afetou mortalmente o poder político-econômico dos barões do café.
A derrubada do último presidente da República Velha, o paulista Washington Luis, pela forças comandadas por Vargas em 1930 não promoveu nem transformação revolucionária e tampouco o desenvolvimento do país. Um indicador da confirmação desta afirmação foi a atitude dos tenentes que pegaram em armas para lutar contra as oligárquias e após a vitória da "Revolução de 30" compuseram alianças políticas com os oligarcas locais que continuavam a ter grande poder. Embora o movimento tenentista reconheça a falência do modelo agrário exportador e tenha retirado os latifundiários da condução do poder politico em relação a incentivar a industrialização deu pouca enfâse atribuindo a tarefa ao Estado.
Vargas foi o candidato da conciliação “nacional” e representava os interesses das elites. Se por um lado pregava a modernização do Brasil (atendendo aos desejos dos industriais e banqueiros) por outro não podia renegar sua origem agrária, pois era filho de rico estancieiro gaúcho (grande produtor rural). Esta dúbia característica foi um fator de apaziguamento das elites em torno do nome deste gaúcho de São Borja. Durante sua trajetória Vargas exercitará sua habilidade de transitar entre as camadas da sociedade. Vezes afagando as elites outras vezes protegendo as massas populares.
Após a queda do governo da República Velha ou Primeira República através do movimento conhecido como a Revolução de 30 "custurou-se" um acordo a fim de definir quem governaria o Brasil. O nome de Vargas representava a conciliação entre os movimentos que desejavam o fim da Oligarquia dos Cafeicultores. Porem este não significou o fim do poder das oligarquias. Inicia-se assim a ERA VARGAS. "Façamos a revolução antes que o povo a faça".
Entre muitas manifestações de protesto antioligárquico estão: Tenentismo, Semana de Arte Moderna, Greves, A coluna Prestes e a fundação do Partido Comunista do Brasil.

Considerando que Vargas foi o nome de consenso das oligarquias, podemos perguntar: A revolução de 30 foi fruto da participação do "Zé Povinho"?
Vargas (Centro) com os revolucionários no Palácio do Catete - Sede do Governo.

Vamos refletir!!
Afinal a Revolução de 30 representou a continuidade ou uma ruptura?
A pergunta ainda causa polêmica. Tire suas conclusões clicando no link abaixo: http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/AEraVargas1/anos20/Revolucao30/RupturaContinuidade

Para Saber mais sobre a Revolução de 30 clique no link abaixo:
http://educacao.uol.com.br/historia-brasil/ult1689u40.jhtm

O GOVERNO PROVISÓRIO (1930-1932)- Com o discurso apontado à modernidade Vargas recebe o apoio necessário para preparar o terreno em direção aos novos rumos do desenvolvimento do Brasil. Mas "existia uma pedra no meio do caminho, no meio do caminho existia uma pedra". A pedra era o DESCONTENTAMENTO DAS ELITES. Pelo ponto de vista das oligarquias Vargas inova "em demasia" e preocupa-se com as questões sociais/trabalhistas do operariado, procura defender as riquezas nacionais e centralizar as decisões econômicas e políticas.
Assustados com as propostas populistas do governo os setores conservadores da sociedade paulista iniciam forte reação. Apesar de vários Estados demonstrarem seu descontentamento contra o governo de Vargas, apenas São Paulo foi as vias de fato. Armas em punho a 09 de Julho de 1932 a "Revolução Constitucionalista" dos paulistas pede a volta da política de República Velha. Apesar da mobilização de São Paulo, o governo federal com tropas mais bem equipadas consegue debelar a Revolta.
Cartazes conclamando os paulistas a pegarem em armas contra o governo de Vargas
Para saber mais sobre a Revolta Constitucionalista clique no link abaixo:
http://educacao.uol.com.br/historia-brasil/ult1702u3.jhtm
O PERÍODO CONSTITUCIONALISTA 1934 -1937
Apesar da derrota para o governo a Revolução dos paulistas de 1932 conseguiu estabelecer a promessa de elaboração de uma nova carta constitucional para o país - A Constituição de 1934 - que trazia em seus artigos definições importantes:

* Em relação ao Sistema Eleitoral: Implantar Voto Secreto; mulheres adquirem o direito de votar; criação da Justiça eleitoral independente (fiscalizar).
* Direitos Trabalhistas: Salário mínimo, jornada de 8 horas diárias,férias remuneradas, indenização por demissão.
* Nacionalização das riquezas minerais: as jazidas minerais e quedas d'água capazes de gerar energia passar a ser da União.

Um avanço no quesito de direitos foi a conquista política das mulheres em relação as eleições:
As mulheres ganham direitos e participam da eleição no Brasil. Em 13 de março de 1934 , uma voz feminina se fez ouvir pela primeira vez no Congresso Nacional. Discursava na Tribuna a primeira congressita brasileira, a deputada Carlota Queiroz .
Comício da Profª Natércia em 1933. .. Discurso de Carlota Queiroz a 1ª Deputada do Brasil(1934).
Vargas soube como poucos políticos brasileiros negociar acordos políticos e transitar em várias correntes ideológicas partidárias. Durante o período constitucionalista esta habilidade de Getúlio foi colocada à prova e o manteve no poder através dos pactos e costuras políticas com as principais correntes ideológicas : O Integralismo e o Comunismo.
OS INTEGRALISTAS:
Formado por setores conservadores da sociedade: como a facção conservadora da Igreja católica (que combatia ao "comunismo ateu"),pela classe média alta, empresários capitalistas e imigrantes ou descendentes de imigrantes ítalo-germânicos. Seu principal nome e líder foi Plínio Salgado. Possuíam características semelhantes aos programas dos governos totalitários de modelo nazi-fascista. O Lema dos integralistas era DEUS, PÁTRIA E FAMÍLIA , sua saudação era ANAUÊ! e o símbolo era a letra grega ômega.

O Integralismo representava a política de extrema direita
LIBERTADORA (ANL) - Era representada por setores ligados aos partidos de esquerda principalmente ao PCB (Partido Comunista Brasileiro), cujo principal nome é o de Luís Carlos Prestes (no centro da foto). A ANL era contra o fascismo e o imperialismo, portanto fazia oposição ao Integralismo. As propostas dos aliancistas eram voltadas ao programa comunista ou seja eram contra o grande latifúndio e a favor da reforma agrária, nacionalização da economia e estatização da propriedade privada.
..............................................................................

A INTENTONA COMUNISTA - Devido a decretação da ilegalidade do Partido Comunista pelo governo, eclodiu a chamada Intentona Comunista ou seja uma rebelião militar em alguns quartéis dos Estados do RJ, RN e PE. Mal organizada esta revolta foi rapidamente sufocada e seus líderes presos, entre estes estavam Prestes. A reação dos comunistas provocou o pretexto que o governo necessitava para implantar o Estado de Guerra sob a justificativa da "ameaça comunista" através do Suposto Plano Cohen.

A INTENTONA INTEGRALISTA - Vargas não pretendia dividir o poder com os integralistas e conforme determinava um decreto lei de dezembro de 1937 estavam extintos todos os partidos políticos, inclusive a AIN (partido integralista). Inconformados com a traição getulista os integralistas tentaram invadir o Palácio do Catete (sede do governo) situado na capital do país - o Rio de Janeiro - com objetivo de retirar Vargas do poder, porem a tentativa frustrada de golpe militar foi sufocada pelo governo e os líderes integralistas presos ou executados.

Estava estabelecido um novo período da ERA VARGAS: O ESTADO NOVO. Corresponde ao governo ditatorial inspirado no fascisno e no corporativismo, em voga na Europa naquela época.
Na noite de 10 de novembro de 1937 Vargas anuncia pelas ondas do rádio ao país a decretação da Constituição autoritária, apelidada de Polaca, em razão do seu teor aproximar-se dos moldes do regine nazifascista. Este contexto político foi possível em razão do apoio recebido dos cafeicultores, dos industriais, das oligarquias e da classe média urbana, todos amedrontados com a expansão da esquerda e conseqüente crescimento do comunismo.
Nas ondas do rádio Vargas anuncia o Estado Novo. Clique abaixo e ouça a voz de Vargas:
http://www.locutor.info/audioHistoria/historiaGetulioVargasDiscurso1deMaio.mp3

AGORA TESTE SEUS CONHECIMENTOS SOBRE VARGAS. CLIQUE NO LINK ABAIXO.
http://educacao.uol.com.br/quiz/quiz.jhtm?id=840

Revolta da Vacina, Canudos e Favela

Qual a origem do termo Favela?

Em principio os três temas do título não parecem ter conexão com a pergunta, mas numa investigação histórica mais apurada encontramos o “elo perdido”.
Entre o final do século XIX e início do século XX, as autoridades higienistas preocupadas com os surtos epidêmicos que assolavam a capital federal do Brasil – Rio de Janeiro, apontavam para as péssimas condições sanitárias existentes nos cortiços e mocambos como o principal foco disseminador das doenças.
Por outro lado, as autoridades políticas sentiram-se pressionadas por integrantes da camada mais abastarda da sociedade que exigiam dos governantes ações eficazes para resolução das constantes epidemias que democraticamente também atingiam as elites.
O resultado desta conjunção de interesses científícos e políticos, ou seja, por um lado a justificativa científica dos médicos higienistas e por outro a pressão política das elites, descambou na contabilização da culpa pelas epidemias sobre os cortiços e mais precisamente sobre os hábitos repugnantes de seus habitantes: a camada pobre da população. Iniciava, assim a formatação de instrumentos legais para a política de extermínio dos cortiços e de expulsão das chamadas classes perigosas (pobres) da área central da cidade. Abrindo um precedente perigoso a políticos que apropriam-se de elementos de gestão científica aplicando-os à sociedade a fim de justificar atitudes impopulares no contexto de uma obscura intenção política. Esta engenharia social com bases científicas em determinado momento da História do século XX levaria o mundo a presenciar uma das maiores catástrofes - a Segunda Guerra Mundial -, mas em se tratando de Brasil, para nosso alívio, os fatos ocorridos aqui não chegariam a tamanha dimensão.
Imbuídos de uma notável “sensibilidade” a respeito do problema de saúde pública, começa uma verdadeira revolução urbana na capital do país. Demolição, despejo e violência policial sobre os moradores dos cortiços, as autoridades governamentais não mediriam esforços para colocar em prática a estratégia “política” de erradicação das epidemias mesmo que adotassem enérgicas medidas coercitivas.
O exemplo ímpar deste tipo de medida foi a demolição do cortiço conhecido como Cabeça de Porco, um “valhacouto de desordeiros” na concepção das autoridades da época. O aparato montado para a expulsão dos moradores do local chamou a atenção tanto pela presença de várias autoridades no local como pela velocidade que foi executada a demolição do cortiço. No relato da imprensa da época a sanha destrutiva não comoveu-se diante do clamor das mulheres e do choro das crianças. Segundo um estudo de Lílian Vaz, “num gesto magnânimo do prefeito do Rio de Janeiro - Barata Ribeiro, mandou facultar a gente pobre que habitava aquele recinto a tirada das madeiras que podiam ser aproveitadas em outras construções”. De posse deste material “generosamente” cedido pelo prefeito os moradores subiram o morro que existia nas proximidades e iniciaram a construção de pequenos casebres com os despojos da demolição dos cortiços. Poucos anos mais tarde, neste mesmo local, estabeleceram-se com a devida autorização dos chefes militares os soldados que combateram na campanha da Guerra de Canudos terminada em 1897. A localidade passou a ser conhecida como “Morro da Favela” em referência ao nome do acampamento dos soldados em Canudos. Favela é uma planta típica da caatinga nordestina. Com o passar dos tempos a comunidade do Morro da Favela cresceu e espalhou-se pelos morros da cidades outros assentamentos urbanos idênticos. Quando perguntavam aos moradores destas comunidades o local de sua moradia prontamente respondiam: "moro na favela."
A Revolta da Vacina foi um movimento de caráter popular que aconteceu no Rio de Janeiro cujas raízes estão no processo da campanha de saúde pública realizada a força e a insatisfação da população pobre resultante do movimento chamado "Bota-abaixo" (derrubada de cortiços e casebres) desapropriando os moradores que sem opção deslocaram-se para os morros e bairros periféricos deixados de lado pela reforma urbanística. Sem se importar com a situação dos mais pobres, a imprensa da época alardeava o jargão: "O Rio civiliza-se". Civiliza-se em relação ao que?

http://historiademestre.blogspot.com/search/label/REP%C3%9ABLICA%20VELHA%20TEXTOS

terça-feira, 5 de julho de 2011

A formação do homem do Contestado no espaço livre Origens – O luso-brasileiro – Os indígenas – O negro – O caboclo pardo

A formação do homem do Contestado no espaço livre
Origens – O luso-brasileiro – Os indígenas – O negro – O caboclo pardo

2. 1 As Civilizações Primitivas do Contestado

Em períodos entre vinte e dez mil anos atrás, o ser humano “moderno”, descendente do homo sapiens, chegou ao continente americano, em levas sucessivas originárias de outros continentes, principalmente da Ásia e, possivelmente, da Austrália. Pelos Andes, fizeram a rota Norte-Sul e em seguida adentraram na floresta amazônica, no chaco-pantanal e no planalto brasileiro.

O homem teria adentrado à área que hoje corresponde ao Sul do Brasil por volta de seis a oito mil anos antes de Cristo, após o último degelo conhecido da crosta terrestre, quando a conformação geológica se revelou bastante parecida com a atual.

Nossos estudos em antropologia e arqueologia induzem-nos a crer que os primeiros humanos a alcançar o Território Contestado aqui chegaram entre 8.000 aC e 6.000 aC. Eles seriam integrantes da civilização da idade-da-pedra conhecida por Tiwanaku, muito anterior aos Incas, originária do altiplano da Cordilheira dos Antes, quando povoavam as proximidades do Lago Titikaka, hoje Bolívia. Teriam aberto o “Caminho de Peabirú-Sudeste”, para alcançar as terras baixas orientais e o Oceano Atlântico, na altura da Ilha de São Francisco do Sul. Deixaram seus vestígios de pedra nos morros do Timbó, na Serra do Espigão, no centro do Contestado.

Depois, o Contestado foi habitado por outras quatro importantes civilizações conhecidas também em outras partes do Cone Sul; as pré-ceramistas Umbú e Itararé ou Humaitá (pedras lascada e polida), e as ceramistas Taquara e Guarani (cerâmica lisa e decorada). Entre 5.000 aC e o tempo próximo ao Descobrimento do Brasil, deixaram seus vestígios em galerias subterrâneas, casas subterrâneas, sepultamentos, e locais-oficinas.

Todos estes grupos humanos primitivos teriam desaparecido completamente. Porém, existem correntes que entendem que parte dos índios conhecidos seriam descendentes de algumas dessas civilizações



2. 2 O Homem no Contestado a partir do Tempo do Descobrimento



Inserido na Floresta da Araucária, nas regiões de matas e de campos, o Contestado era território indígena dos Gê, representados pelos Kaingang e Xokleng, tradicionais rivais dos Guarani que se localizavam mais a Ocidente, em terras espanholas, e dos Carijó, habitantes do Litoral. Conheciam-nos apenas os bandeirantes paulistas que os encontravam nas suas expedições para o Sul. Gradativamente, primeiro às centenas e, em seguida, em alguns milhares, estes paulistas penetradores, na maioria mamelucos, passaram a habitar também o Território Contestado. Parte deles manteve contato com o índio domesticado, o Kaigang. Simultaneamente, gaúchos dos pampas também misturaram-se com os Guarani e com os Kaigang, vindo a conhecer, no Século XIX, o Território Contestado.

Então, foi desta forma que portugueses, paulistas-mamelucos, espanhóis-castelhanos, gaúchos-mamelucos e índios, além de negros, mulatos, cafuzos e alguns imigrantes europeus, constituíram a primeira grande população do Planalto Central Catarinense, compondo um quadro étnico que só veio a sofrer substancial modificação após a Guerra do Contestado, no advento da colonização com novos imigrantes europeus e seus descendentes.

Interessa-nos saber algo sobre a formação do homem do Contestado, a partir das suas origens e dos seus grupos étnicos formadores.



2. 3 A contribuição do homem branco luso-brasileiro



Desde a época da Governadoria-Geral do Brasil, os portugueses aproveitaram para se consolidar na costa brasileira e avançar para o Oeste, utilizando o sistema agrário das sesmarias, uma herança do tempo das capitanias hereditárias. A atividade pastoril, forma inicial do povoamento do sertão brasileiro, realizou-se por meio de concessões de terras em sesmarias e sua distribuição foi motivada pela necessidade da criação extensiva de gado. Eram “datas” de enormes proporções, geralmente muito maiores que as sesmarias do litoral, o que se justificava diante da necessidade de amplas áreas de pastagens. A pecuária representou uma das mais importantes atividades para a ocupação e o desbravamento das diversas regiões do Brasil.


O BRANCO NO CONTESTADO MERIDIONAL

A abertura de um “caminho real”, para ligar a Colônia do Sacramento (antiga possessão portuguesa no Extremo-Sudoeste do Uruguai) e os Campos de Viamão, a São Paulo, pelo interior do continente, foi o marco referencial do início do desbravamento e da ocupação do Planalto de Santa Catarina.

Esta “Estrada Real”, ligando o Extremo-Sul ao Sudeste do Brasil pelo interior, representou o início da prosperidade para algumas regiões ao longo da sua extensão. Durante cerca de cem anos, esta Estrada Real registrou intenso movimento de tropeiros que passaram a adquiri-los de estanceiros que por lá se estabeleceram, justamente para a exploração das reses. E quando a disponibilidade de muares e de gado diminuiu no Viamão, no Jacuí e em Vacaria, restando em abundância nas bandas do Rio Uruguai, foi preciso aos tropeiros buscá-los na região então conhecida como Missões. A mudança de local da fonte abastecedora provocou a abertura de outros caminhos, mais a Oeste da Estrada Real. Com isso, o movimento em sua extensão foi reduzindo gradativamente, provocando o declínio da até então prosperidade nos povoados à sua margem.

Ao assumir a Capitania de São Paulo, Morgado de Mateus planejou consolidar a presença dos portugueses no Extremo-Sul da sua jurisdição, também no ponto que alcançava o Rio Pelotas. Em 1766, confiou ao sertanista, Guarda-Mor Antonio Correa Pinto de Macedo, a tarefa de fundar uma povoação nas chapadas da Vaccaria, na parte Sul dos campos das Lagens, onde ele já tinha fazendas, persuadindo-o a convocar moradores e índios destas paragens para se fixarem nas margens do Rio Pelotas ou do Rio Canoas.

Foi na condição de posseiros que se estabeleceram alguns tropeiros e fazendeiros, uns portugueses e outros luso-brasileiros, nesta área bem ao Sul dos “Sertões de Curitiba”, nos ainda pouco habitados Campos de Lages. Na caravana de Correa Pinto, estavam muitos luso-brasileiros e mamelucos (estes também chamados de “brasilíndios”). A fundação oficial da vila aconteceu a 22 de maio de 1771, quando possuía cerca de 400 habitantes, já abertas algumas ruas e construídas casas.

Historicamente, luso-brasileiro é considerado aquele homem nascido no Brasil, que tenha ascendência portuguesa. Consta nas informações do sistema wikipédia (web), que os portugueses constituíram a parte da população mais significativa na criação do Brasil. Devido à falta de organização das organizações luso-brasileiros, não há estimativas sobre o número de descendentes de imigrantes portugueses no Brasil disponíveis. É notório, porém, que há mais de 25 milhões de luso-brasileiros descendentes dos cerca de 1,5 milhão de portugueses que chegaram ao Brasil após 1850. Muitos outros milhões de brasileiros possuem origens portuguesas que remontam aos centenas de milhares de colonos vindos de Portugal que se fixaram no País desde o Século XVI, asm, estes últimos, em sua grande maioria, sabem muito pouco sobre suas origens.

A Revolução Farroupilha complicou a vida no Planalto Serrano Catarinense logo depois de 1835, quando a bandeira dos revoltosos foi desfraldada no Rio Grande do Sul, fazendo com que a Província de São Paulo praticamente fechasse as fronteiras com o Estado sulino, proibindo em boa parte o transporte de gado bovino e eqüino da Província do Rio Grande do Sul pela Estrada das Tropas, assim impedindo os rendosos negócios dos tropeiros que demandavam a Sorocaba. A medida provocou impacto tal que, imediatamente, verificou-se a decadência do movimento comercial na Vila de Lages, nos povoados, nos pousos e nos currais ao longo da Estrada das Tropas.

Como a economia rural predominava sobre os destinos do Planalto Serrano Catarinense, na segunda metade do Século XIX outro acontecimento veio a prejudicar os negócios ao longo da Estrada das Tropas, da Estrada das Missões e de suas Veredas, atingindo em cheio os campos de Lages, Curitibanos e Campos Novos. Ocorreu no Rio Grande do Sul que a indústria do charque passou a se expandir e a absorver intensamente a produção de gado bovino das suas estâncias. Os fazendeiros gaúchos deixaram de criar cavalos e mulas e, desinteressaram-se pelo tropeirismo, concentrando suas atividades só na mais lucrativa criação de gado, para fornecimento às charqueadas, na maioria, localizadas no Sul e Sudeste do Estado sulino, de onde a carne salgada era exportada. O reflexo em Santa Catarina foi imediato. Nossos criatórios, distantes das maiores charqueadas e dos portos de embarque - também em Laguna - tinham dificuldade nas vendas, pois, com o transporte, seus custos eram mais elevados, tanto para o gado em pé como para o charque. O movimento no trecho catarinense, entre os registros dos rios Pelotas ou Uruguai e dos rios Negro ou Iguaçu, caiu consideravelmente. Anos depois – entre 1870 e 1880 – foi a vez da estrada-de-ferro acabar com a até então concorrida Feira de Sorocaba, para onde convergiam os negócios dos tropeiros


O BRANCO NO CONTESTADO SETENTRIONAL


O setor setentrional do Território Contestado, compreendendo os cursos dos rios Paciência e Timbó, afluentes da margem esquerda do Rio Iguaçu, bem como as terras altas da Serra do Espigão, onde estão suas nascentes, foram explorados oficialmente pela primeira vez em 1768, época em que esta parte do Sul do Brasil constituía a Capitania de São Paulo.

Curiosamente, estas terras da margem esquerda dos rios Negro e Iguaçu, aproximadamente entre o afluente Rio São João (atual divisa Mafra-Três Barras) e o afluente Rio Timbó (atual divisa Irineópolis-Porto União), entrecortadas por dezenas de afluentes menores, com as nascentes nos contrafortes da Serra Geral, da Serra do Espigão e da Serra da Taquara Verde, constituíram a última das fronteiras rasgadas no setor Setentrional da Região do Contestado, tendo permanecido praticamente desabitadas até o romper do Século XX. O território era dominado pelos ameaçadores botocudos, como os Xokleng, eles que, ao contrário dos índios Kaigang – que foram aldeados mais cedo – ofereciam resistência a qualquer tentativa de contato do elemento branco. Sem campos para a criação de gado bovino, principal atividade dos paranaenses no interior, naquela época, a única atração que a esquerda do Vale do Médio Iguaçu exercia eram os ervais, estes localizados no interior da floresta, habitat indígena. Ali, qualquer incursão era uma arriscada aventura.

As explorações ao Médio Vale do Iguaçu, associadas a posterior ocupação dos Campos de Guarapuava e dos Campos de Palmas, merecem especial registro, pois vieram a constituir uma das estruturas do desbravamento paranaense e catarinense, possibilitando a abertura de novos caminhos pelo Território Contestado, como a rota direta entre Palmas e União da Vitória, e outras circundantes à Região do Contestado, como a ligação entre Palmas e Campos Novos.

O ponto de partida para a fundação de um povoado, na margem esquerda do Rio Iguaçu, onde o Paraná criaria a Vila de Porto União da Vitória, data de 1842, quando um dos conquistadores dos Campos de Palmas, procurou e achou o vau neste ponto do rio. O passo viria a possibilitar maior facilidade para o transporte de sal e de gado entre Palmeira, nos Campos Gerais, e os Campos de Palmas. E entre o vau, que ficou conhecido como Porto da União, e a Vila de Palmas, foi aberta uma estrada em 1846, encurtando as distâncias.

A navegação a vapor, entre Porto Amazonas e Porto da União, trouxe considerável progresso, tanto para Porto União da Vitória como para Palmas. Entretanto, o roteiro da antiga estrada entre Palmas e União da Vitória, com 140 km, passando o Rio Jangada, representava dificuldades para o transporte. A solução encontrada pelo governo da Província do Paraná foi a abertura de uma nova estrada, que começou a ser construída em 1884. as obras prosseguiram até ser, finalmente, aberta em 1907, depois que nela se estabeleceu serviço regular de transporte de cargas e de passageiros por diligências.



2. 4 A contribuição indígena



Antes da vinda do “homem branco”, o Contestado, como espaço livre (mas não vazio), era habitado por dezenas de tribos indígenas, classificadas em variados troncos lingüísticos. Os silvícolas da tradição Guarani ocupavam as terras mais baixas dos vales dos rios Iguaçu, ao Norte e, Uruguai, ao Sul, enquanto que os índios do primitivo tronco Guainá ou Tapuia, do grupo Gê, distribuíam-se pelas terras mais altas do planalto. Assim, os campos e as florestas do Contestado eram de domínio dos Gê, índios que, conforme as derivações lingüísticas ou características culturais, a critério dos estudiosos eram chamados de Kaigang, Xokleng, Xócren, Patachô, Botocudo, Cren, Bugre, Bituruna, etc.

Indomaveis e nomades ao ultimo extremo, a isso levados pela continua guerra que lhes têm feito os brancos, habitam, estes selvagens, uma facha de sertão cercada por todos os lados de povos, villas e cidades, conservando, entretanto, no coração d’essas matas, quasi virgens, seus habitos primitivos (OURIQUE, 1887, p.24).

Durante todo o tempo da ocupação "branca" da Região do Contestado, de 1800 para cá, praticamente não se conheceu os Guarani ou grupos deste tronco, que foram vítimas das bandeiras paulistas escravagistas. A área, no decorrer do século XIX, era território sob domínio absoluto dos Kaigang e dos Xokleng que, genericamente, eram chamados pelos camponeses, sertanejos e fazendeiros de "bugres" ou de "botocudos". E só mais recentemente foi que se separaram os Kaigang (Coroados) dos Xokleng (Botocudos). A nação dominante na Região do Contestado, nos dois últimos séculos, era a Kaigang, da qual derivou o grupo Xokleng. Com dialeto pouco diferenciado dos Kaigang, o que prova sua filiação ao tronco Gê, os índios Xokleng eram grupos arredios de caçadores, coletores e pouco agricultores. Semi-nômades, dependiam quase que totalmente da caça e da coleta. Eram os típicos habitantes das matas, constituindo-se nos selvagens que mais resistiram às tentativas de aproximação com os grupos brancos.

Quando da construção da Estrada de Ferro São Paulo-Rio Grande e da deflagração da Guerra do Contestado, havia vários tipos de “bugres” conhecidos na região: os Xokleng puros, ainda em estado selvagem, isolados em porções das matas fechadas da Floresta da Araucária; os Kaigang puros, já aldeados com alguns Guarani, estes também chamados de Coroado, nas regiões de campos e em fase de catequização; os cafusos, confinados no Toldo do Quati; e os mamelucos, em processo de aculturação e convivendo com os caboclos.

Os Xokleng do Contestado não queriam aproximação. Sentindo-se ameaçados, em bandos, atacavam fazendas e casas isoladas, para assaltar, matar e roubar utensílios e ferramentas. Eles eram muito atraídos pelos machados e facões trazidos pelos brancos. Foram rotulados de selvagens, destemidos, bárbaros, violentos, arredios e, comparados a bichos-do-mato, quando o “homem civilizado” aqui chegou e formou grupos de bugreiros para caçá-los, aprisioná-los e matá-los brutal e impiedosamente.

Durante a segunda metade do século XIX e nos primeiros anos do século XX, em Santa Catarina, ficaram famosos os grupos de “pedestres” e de “batedores-de-mato”, ou então, de "afugentadores de bugres", como também eram conhecidos, organizados para, num primeiro momento, contatar, aldear, pacificar e catequizar os índios. Entretanto, suas ações logo se caracterizavam como de "bugreiros" - a antítese de "bugres" - por afugentar, caçar, dispersar e matar os índios. A ordem final era: exterminar.

As tropas de bugreiros compunham-se, em regra, com 8 a 15 homens. A maioria deles era aparentada entre si. Atuavam sob o comando de um líder. A quase totalidade dos integrantes desses grupos eram ‘caboclos’, que tinham grande conhecimento sobre a vida no sertão. Atacavam os índios em seus acampamentos, de surpresa. Às vítimas poucas possibilidades havia de fuga (SANTOS, 1997, p. 27).

As frentes expansionistas paulistas e curitibanas que alcançaram o Contestado adentraram no espaço livre dos indígenas. No começo, os índios resistiram às penetrações brancas, mas não constituíram forte empecilho, apesar de seus constantes ataques às expedições exploratórias, aos tropeiros e às povoações. E aqueles que não se aldearam, simplesmente foram caçados e mortos.

Os Kaigang

A parte Setentrional e Ocidental do Território Contestado era, historicamente, ocupada pelos Kaigang, cujos domínios alcançavam também os Campos de Guarapuava e, ainda, as regiões Centro, Norte, Nordeste e Noroeste do Rio Grande do Sul.

A nação Kaigang - descendente dos Guaianá - que era respeitada pelas tribos dos Guarani desde os tempos do Descobrimento e, pelos bandeirantes paulistas escravagistas dos anos 1600, resistiu bravamente às investidas do homem "branco" até a virada do Século XVIII para o Século XIX, impedindo a ocupação e o povoamento do seu território pelos "civilizados", ao contrário do que ocorreu nos Tapes e nas Missões do Rio Grande do Sul, com a destruição das reduções jesuítas.

As frentes expansionistas paulista-curitibanas, após contatos iniciais com os Kaigang em Guarapuava, conseguiram domesticar alguns grupos, como os chefiados pelos caciques Viri e Condá, o primeiro, apaziguado em Guarapuava e, o segundo, que por volta de 1840 estava assentado nos Campos de Palmas-de-Baixo, mais precisamente na Campina do Irani, junto às cabeceiras do Rio Irani. Ambos foram importantes para a pacificação e o aldeamento dos silvícolas, principalmente Condá, que foi usado para o contato com seus irmãos do Rio Grande do Sul.

Os Xokleng

As terras mais altas, frias e úmidas do Contestado, na Serra Geral, incluindo a densa mata de araucárias da Serra do Espigão, constituiam parte do habitat dos Xokleng, como se nelas tivessem buscado refúgio para escapar dos também ferozes co-irmãos Kaigang, estes que preferiam viver nas áreas mais abertas dos campos. Mesmo pertencendo a um só tronco, o Macro Gê, as culturas dos dois grupos apresentavam sensíveis diferenças culturais. Assim, era no abrigo da escuridão dos pinhais, que os Xokleng construíam suas habitações. Conhecidos simplesmente por “bugres” ou apenas “botocudos”, estes nativos camuflavam-se na vegetação de tal sorte que era muito difícil percebê-los.

Os Xokleng viviam em grupos, separados uns dos outros, que volta e meia lutavam entre si, disputando espaço, sem contar que, permanentemente, lutavam contra os Kaigang, inclusive para roubar-lhes as mulheres, e atacavam impiedosamente os brancos das frentes pioneiras que avançavam sobre seus territórios. Suas armas de guerra e de caça eram: o arco, a flecha, a lança e a borduna. Viviam percorrendo as florestas em busca de alimentação, dividindo com os companheiros o que conseguiam caçar ou coletar, como raízes, frutos silvestres, pinhões, mel e larvas. Faziam uma bebida fermentada à base de mel, água e xaxim. O fogo era obtido pela fricção de pedras. Comiam carne assada na brasa e também preparavam o barreado. A base de alimentação entre março e junho era o pinhão, que retiravam das pinhas; também armazenavam as pinhas em cestos, que eram mergulhados das águas frias de córregos no interior da floresta, para alimentação nos meses seguintes.

Perambulando pelas matas, costumavam acampar ao relento, sob as copas das árvores. Algumas vezes, faziam pequenos ranchos de varas finas, com teto em forma de abóboda, coberto de folhas de coqueiros, palmeiras ou xaxins. Quando acampavam, construíam choças maiores, para uso coletivo. Obtinham vasilhames de troncos escavados em forma de cochos. Fabricavam cestos de vários tamanhos e para variados fins. Tornavam alguns balaios impermeáveis forrando-os com cera de abelha. Com técnica pouco refinada, faziam vasos de cerâmica e, as panelas, de barro e carvão amassados, que depois de moldadas e secas, eram queimadas para se obter consistência e durabilidade.

As tribos dos botocudos, também descendentes dos antigos Guaianá - entre elas se destacando os Xokleng, eram muito arredios, permaneceram internados nas matas, vivendo em estado pré-histórico até os primeiros anos do século XX. Dominando as partes altas das serras da Taquara Verde, Espigão e Geral, escaparam de todas as tentativas de pacificação, de catequese ou de aldeamento. Às vezes, atacavam os tropeiros ou casas isoladas, para matar os brancos; noutras, para roubar ferramentas, utensílios, facas e alimentos. Por serem vingativos ao extremo, até os Kaigang os respeitavam.

Descendência indígena

Ao longo dos caminhos abertos no Sul do Brasil, gradativamente, se foram instalando muitas famílias mamelucas, com os homens trabalhando, tanto nas tropas como nas fazendas, na condição de peões ou agregados. Sem fácil acesso a títulos de propriedade de terras, o caboclo logo passou a ocupar terras devolutas e inexploradas na condição de “posseiro” e, em poucos anos, dividiu o espaço com os “bugres” – os Kaigang e os Xokleng – ou os matando ou com eles realizando mútuo processo de aculturação. Esta geração cabocla aprendeu a conviver com a natureza proporcionada pela Floresta da Araucária e com os nativos, tanto nas partes de campos, como nas de matas fechadas. Não poucos indígenas sobreviventes do etnocídio promovido pelos bugreiros - que na sua maioria também eram caboclos - no Planalto Catarinense, vieram a mesclar-se com o “homem branco” na Região do Contestado. Pelo que conseguimos apurar em nossas pesquisas de campo, esta mistura étnica deu-se do caboclo homem com a mulher índia, fruto de estupros violentos e de relações por elas consentidas quando se sentindo vítimas de inferioridade.

Os novos mamelucos catarinenses, que denominamos de “geração do caboclo-pardo”, também herdaram traços dos Kaigang e dos Xokleng, tanto características físicas (pele de cor parda, poucos pelos, cabelos pretos, feição mongolóide primitiva e estatura mediana), como também antigas tradições, linguagem, hábitos, crenças, usos e costumes. De 1994 a 1997, pesquisamos as origens e as etnias de diversos grupos de estudantes, na faixa de 18 a 24 anos, escolhidos dentre os calouros nos cursos superiores mantidos pela Universidade do Contestado em Caçador e em Fraiburgo. Sem surpresa, num universo de 200 alunos pesquisados, encontramos 16, que nos declararam ter seus genitores - pais ou mães - ascendência do índio regional em nível de terceira ou quarta geração. Ora, ao mesmo tempo em que nenhum dos entrevistados assumia, antes da pesquisa, esta ascendência, o trabalho nos deu o índice de 12,5%, em pleno final do Século XX.



2. 5 A contribuição do negro


Desde quando da abertura dos caminhos dos tropeiros, da instalação das fazendas de criação e das primeiras explorações de ervais nativos, o negro participou da formação do homem do Contestado. Se considerarmos a presença, aqui, de pessoas desta raça, na forma pura, sua influência neste processo seria insignificante, pois poucos foram os africanos que se estabeleceram no Contestado. Entretanto, observamos que a maior parte dos caboclos da Região do Contestado, do tempo da Guerra do Contestado, era constituída por miscigenados de brancos com negros (mamelucos), tanto vindos de São Paulo nas entradas para ocupação das terras, na condição de escravos, como de trabalhadores livres oriundos de outras partes do país para a construção da ferrovia. Alguns dos principais líderes do movimento rebelde de 1913-1916, considerados “comandantes-de-briga”, eram negros, como Olegário Ramos, Joaquim Germano, Benevenuto Lima e Adeodato Manoel Ramos.

No Planalto Catarinense, o sistema escravocrata era um pouco diferente de outras partes do Brasil: havia muito mais liberdade, o tratamento era mais humano, os negros participavam dos trabalhos gerais das fazendas, a ponto de, antes da Lei Abolicionista de 1888, a maior parte dos escravos já ser livre por iniciativa dos próprios fazendeiros.

No início do Século XX, entre 1908 e 1910, houve uma rápida corrente imigratória de negros e mulatos para a Região do Contestado, que vieram da Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo, na condição de trabalhadores contratados para a abertura da Estrada de Ferro São Paulo-Rio Grande, no trecho de União da Vitória (PR) a Marcelino Ramos (RS). O contingente recrutado pela Brazil Railway Company para trabalhos braçais em nossa região chegou a cerca de oito mil pessoas, parte delas a seguir e até 1916 sendo aproveitada para a implantação dos trilhos no Ramal de São Francisco, trecho entre Mafra/Rio Negro e Porto União/União da Vitória, na direção do porto de São Francisco. Concluída a construção, já na segunda década do século XX uma parcela destes elementos não regressou à origem, optando por se estabelecer nas terras marginais da ferrovia e assim se inseriram na sociedade regional, trazendo suas tradições, usos e costumes.

Os historiadores de Santa Catarina são unânimes ao afirmarem que a participação do negro da formação da sociedade catarinense não foi significativa, devido ao pequeno número de africanos introduzidos.

Em Santa Catarina mesmo, o elemento africano nunca constituiu forte população; adensando-se mais no litoral, zona de lavouras, entretanto e em vista da colonização alemã e italiana, iniciada aí em 1828, conservou-se em baixa porcentagem. Em 1810, de uma população total de 31 mil habitantes havia apenas 7 mil escravos negros. Em 1872, a sua porcentagem era de 8,9%. Quando abolida a escravidão, em 1888, o número de escravos em Santa Catarina atingia apenas a 8 mil; nesta época a população total era de 200 mil habitantes. Um tão fraco contingente negro em Santa Catarina, especialmente no planalto, muito pouco influiu na gênese da sua população (LUZ, 1952, p. 41).

Também existe unanimidade entre os historiadores catarinenses e regionais do Contestado, nas afirmativas de que o negro pouco influenciou a formação da sociedade serrana catarinense, por seu pequeno número em relação à população, aqui reproduzindo os índices obtidos para essa então província. “É verdade que, das fundações do planalto, somente Lages teve pelourinho, cuja corrente de ferro entrou no inventário de Correia Pinto e ficou depois abandonada no sótão da casa de seu sucessor” (COSTA, Octacílio. Apud LEMOS, 1977, p. 67).

O negro entrou na formação da população serrana em uma escala muito pequena. Isto porque a pecuária, por longo tempo única ocupação do homem do Planalto, não necessitava muitos escravos. O negro só aparecia onde era exigido um serviço braçal penoso: na lavoura e na mineração. O pastoreio, de execução fácil e agradável, era de bom grado feito pelos “peões” mamelucos. Não tendo, portanto, havido nenhuma mineração. Nem lavoura intensiva no planalto, aí o negro escasseou (LUZ, 1952, p. 41).

Não há dados numéricos confiáveis nem registros específicos. Mesmo assim, é possível presumir-se que alguns negros tenham habitado pousos, currais ou invernadas na Serra Catarinense no tempo do auge da Estrada das Tropas Viamão-Sorocaba.

A Bandeira que acompanhou Correa Pinto na viagem de mudança para as “Lagens” – presume-se – era composta de umas oito ou nove famílias. A elas vieram juntar-se no primeiro lustro da fundação algumas outras, formando uma população inicial de mais de uma centena de habitantes. A estes deverão ser acrescentados os escravos de cada família. Quantos eram? Não há levantamento oficial, mas não será exagero dar para cada núcleo familiar a média de três escravos. E assim teriam vindo para Lages, de 1766 a 1770, uns cinqüenta escravos [...]. Em 1801, conforme estatística levantada pelo Padre Manoel Simões, vigário da Vila, vivam em Lages 78 escravos e 58 escravas [...]. Considerando sua extensão territorial, Lages não foi um município de grande população escrava. É explicável pelo fato de ser, naquela época, um centro de atividades quase exclusivamente pastoris e o negro não ter sido, nunca, um grande entusiasta das lides do campo. Era mais um homem para a lavoura e atividades correlatas, assim como a mulher se adaptava mais facilmente aos trabalhos caseiros. O que não quer dizer que com o correr do tempo um grande número deles não se afeiçoasse à via nas fazendas de gado, dando mesmo excelentes peões (COSTA, 1982, p. 178-182).

Quando da Revolução Farroupilha, conflito que se estendeu ao longo de dez anos, entre 1835 e 1845, no Rio Grande do Sul e parte de Santa Catarina, o escravo que servia ao exército revoltoso era considerado como liberto, igual ao exército Imperial, pois os livres não aceitavam combater ao lado de cativos. Durante o Brasil Colônia, os escravos serviam o Exército, mas seus senhores eram quem recebiam os soldos. Já na época do Império, os escravos que sentassem praça eram considerados libertos. Então, “os farroupilhas apenas imitaram ao Brasil, ao estenderem ao escravo-soldado os mesmos direitos que possuíam no exército Imperial”. (FLORES, 1980, p. 20).

Também por ocasião da Guerra do Paraguai, com a criação dos corpos de “Voluntários de Pátria” em 2 de outubro de 1867, o negro do Contestado teve um forte motivo para escapulir do regime da escravidão. O negro ganhava a liberdade definitiva quando se alistava ao Exército Brasileiro, garantindo-a mesmo que não passasse na inspeção de saúde e por isso fosse dispensado.

A Invernada de São João dos Pobres

Em meados da metade do Século XIX, o rico fazendeiro da família Carneiro, de nome Possidônio de Paula Carneiro, originário de Guarapuava, Estado do Paraná, numa iniciativa humanitária, resolveu doar a um grupo de escravos negros de quem era dono e que muito bem o serviam, enquanto lhes dava a liberdade, uma área de terras de campos, de “invernada”, localizada no Município de Porto União da Vitória, na região mais alta da “Serra do Espigão”, situada em direção Sul entre a “Serra de São Miguel” e os “Campos de São João de Cima”, tudo na época território administrado pelo Paraná. Deixando terras, prata, animais e escravos, ele faleceu na sua fazenda, em São João, a 28 de dezembro de 1878 e, conforme seu testamento, em inventário realizado em Palmas a 13 de outubro do ano seguinte, os escravos obtiveram a liberdade e parte das terras da fazenda.

Diversos grupos familiares de ex-escravos, agora libertos, fixaram-se na área que receberam em doação – uma “invernada” – formando um ajuntamento de casebres, que logo ficou conhecido como “Povoado de São João dos Pobres”, projetando-se também porque nas proximidades, passava a “Estrada Estratégica”, construída em 1885 pelo Império, para ligar o Porto União da Vitória com Palmas, daí demandando à fronteira com a Argentina.

Em 1906, quando os agrimensores da Companhia Estrada de ferro São Paulo Rio-Grande, depois de mudar o projetado traçado original da linha permanente, que atravessaria o Território Contestado (antes prevista para se estender pelos Campos de Palmas-de-Baixo, Campos de São João do Irani e Estreitinho do Rio Uruguai), ao locar o sub-trecho na área de transposição da Serra do Espigão, em direção Sul às nascentes do Rio do Peixe, localizadas próximas aos Campos de São Roque (hoje cidade de Calmon), contataram esta comunidade no topo da serra, bem onde planejaram construir uma parada-de-trem, ou seja, uma estação ferroviária, esta que, inaugurada em 1909, foi denominada de “Estação São João” (berço do centro da hoje cidade de Matos Costa). Este “ajuntamento”, então tido como de pobres, negros, ex-escravos, já estava bastante diluído, em função da miscigenação de seus membros com uma comunidade indígena vizinha, situada nas margens do Rio do Pardos, distante poucos quilômetros. Parte dos índios botocudos, do grupo Xokleng, conhecidos por “bugres”, aldeados no “Toldo do Quati”, misturaram-se com os negros e vieram a ser o primeiro grupo identificado de cafuzos formado em Santa Catarina.

Desta forma, quando da inauguração da Estrada de Ferro, no final do ano de 1910, em São João dos Pobres e no Toldo do Quati residiam negros, índios e cafuzos, em perfeita convivência entre si e, inclusive com famílias caboclas (estas descendentes de mamelucos), que já se espalhavam pelo Contestado. Neste tempo, a região também recebeu outros novos moradores – inclusive negros e mestiços – contingentes de ex-trabalhadores da construção da ferrovia, que, vindo de longe, naquele tempo internaram-se pelo sertão, optando por não regressar a seus lugares de origem, a maioria do Sudeste do país.

A maioria dos negros, originários das alforrias do fazendeiro Carneiro, já não existia mais, quando seus descendentes – os cafuzos – acompanhando os nativos Xokleng, foram levados para mais ao Leste do Estado, descendo a Serra Geral, onde passaram a compor os agrupamentos indígenas do aldeamento reserva indígena do Plate e Alto Vale do Itajaí do Norte, em Ibirama, onde o SPI estabeleceu o Posto Indígena Duque de Caxias (depois Posto Indígena Ibirama), para aldear os Xokleng da Serra Geral e da Serra do Mar. Esta, a verdadeira origem dos conhecidos “cafuzos de Ibirama”. Quando da deflagração da Guerra do Contestado, o povoado de São João dos Pobres foi atacado por um piquete de caboclos (a 6 de setembro de 1914), incendiando-se todas as casas do lugar, com o que os sobreviventes da antiga população, temerosos, bateram em retirada.

A Invernada dos Negros em Campos Novos

Com a abertura das veredas das Missões, o tráfego vertical dos tropeiros de muares e bovinos deslocou-se do eixo da Estrada Real, num primeiro momento para o eixo Cruz Alta-Passo Fundo-Campos Novos-Curitibanos-Rio Negro-Lapa e, depois, para o traçado Passo Fundo-Clevelândia-Guarapuava-Palmeira ou Passo Fundo-Palmas-União da Vitória-Palmeira. No setor Meridional da Região do Contestado, se Curitibanos foi um dos pioneiros pousos de tropeiros na Estrada da Mata, Campos Novos foi um dos primeiros na Vereda das Missões, como está registrado:

Filho de família de fazendeiros em Lages, descendentes de tropeiros que se estabeleceram no Planalto Catarinense no Século XVIII, o cidadão Major Matheus José de Souza e Oliveira veio a se fixar nos Campos Novos como fazendeiro, ali recebendo em sesmaria a propriedade da Fazenda São João ainda antes da vigência da Lei das Terras, imóvel que foi significativamente ampliado em 1875 por compra de área adjacente. Adoentado, em 1877 este fazendeiro lavrou testamento, doando uma parte das suas terras – uma invernada – a escravos e ex-escravos das suas relações.

No final de 1877, em seguida ao falecimento de Matheus José de Souza e Oliveira, foi aberto o testamento e procedeu-se o inventário, concluído por sentença judicial a 18 de dezembro do mesmo ano, resultando na partilha da antiga “Fazenda São João” entre a viúva, como meeira e cessionária do seu sogro, Joaquim Antunes de Oliveira, e os 11 negros ex-escravos. O próprio fazendeiro, neste documento público, afirmava estar doando uma área de campos e matos (uma “invernada”) a escravos aos quais já havia dado alforria, e mais, a outros negros, ainda escravos, que serviam a ele e à sua esposa, estes que vieram a obter a liberdade logo após seu falecimento e, assim, também obtiveram direito à mesma doação.

Ainda na primeira década do Século XX, foi proposta uma ação judicial de divisão da Fazenda São João, para dela ser destacada a área correspondente à “Invernada”. Um acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina, de 15 de setembro de 1911, confirmou em parte a sentença proferida por acórdão anterior, estabelecendo uma linha reta como divisa da referida fazenda e as terras legadas aos ex-escravos para separá-las. Já em 1928, os herdeiros dos escravos decidiram realizar partilha do imóvel. Em 1939, realizada a divisão judicial, configurou-se o imóvel não mais como condomínio de herdeiros. A propriedade foi constituída em 33 quinhões, sendo um correspondente à metade da área, que ficou para o advogado em pagamento de honorários, e o restante veio a constituir 32 quinhões, estes titulados separadamente para os grupos familiares de descendentes e sucessores dos quatro ex-escravos. A seguir, a maior parte das glebas for vendida para imigrantes, seguindo os planos de colonização da época.




2. 6 Caboclo-pardo, o homem do Contestado



Por ocasião da Guerra do Contestado, estimamos que 90% da população desta região era formada por caboclos natos e acaboclados e, que a metade desta percentagem devia-se a um tipo especial de caboclo. Este sub-tipo, ou “tipo especial”, que encontramos espalhado pela região ainda no final do Século XX, entre os sobreviventes da Guerra do Contestado e remanescentes dos primeiros povoadores e, agora, com numerosa descendência, apesar da cor da pele igual e, mesmo com traços e complexos culturais idênticos a de todos os outros caboclos regionais, revelou-nos possuir uma condição social inferior e de ter elementos culturais que os outros caboclos não tinham. Uma originalidade, então, ficou evidente e não tivemos dúvidas: estávamos diante do “homem do Contestado”.

Surgiu aos nossos olhos, assim, o “caboclo pardo”, como a mais original de todas as designações para os “homens do Contestado”. Ele reúne todas as características étnico-raciais do “caboclo” nacional e regional, mas vai além por revelar ser possuidor de um bom número de traços e complexos culturais típicos, encontrados no Planalto Catarinense, muitos deles não existentes fora daqui. Escolhemos a expressão “pardo”, pois esta era (e ainda é) a cor da pele do “nosso” caboclo.

No Brasil, não podemos esquecer a presença do negro no processo de mestiçagem, logo após a introdução de escravos africanos. Não só ele, mas variados grupos étnicos se ajustaram, adaptando-se uns aos outros, em todo o território. Os angolas ou congos eram os negros oriundos da África; “crioulos” e “moleques”, por terem nascido no Brasil. Para eles, os brancos nascidos na Metrópole eram chamados “reinóis”; os que nasciam no Brasil eram conhecidos por “mazombos”.

Aos tipos resultantes dos cruzamentos em que entrou o sangue africano, denominaram-se, seqüencialmente: “mulato” (branco e negro), “caboré” (índio e negro), “xibáro” (caboré e negro) e “curibóca” (índio e caboré). “Do ponto de vista intelectual e social, porém, o mais notável tipo mestiço do Negro é o Mulato, como fora o Mameluco entre os mestiços de índio” (MARTINS, [s.d.], p. 130).

Além do branco, do índio e do negro, foi no Século XIX que despontaram no Paraná e nesta parte, hoje catarinense, do Território do Contestado, também os tipos humanos advindos do mulato, do cafuzo e do mameluco, e também do xibaro e do curiboca, genericamente denominados na Antropologia de “caboclo”, que nós classificamos como entre os formadores do “homem do Contestado primitivo”, para diferenciá-lo do “homem do Contestado contemporâneo”, este último surgido após o processo de colonização de terras devolutas por imigrantes egressos de outras colônias sulinas.

Assim, portugueses, luso-brasileiros, castelhanos, negros, índios, mamelucos, mulatos e cafuzos, ao longo do Século XIX, formaram o nosso “homem do Contestado primitivo”. Vermelhos nativos da terra, negros trazidos da África, brancos oriundos de São Paulo, do Paraná e do Rio Grande do Sul, mestiços com a pele cor-de-cuia ou cor-de-pinhão e imigrantes da Europa, constituíam os biotipos no Território do Contestado. É a este “tipo humano” que atribuímos a denominação de “caboclo”, sem nenhuma sombra de dúvida, também com sangue indígena nas veias, seja puro, seja mestiço.

O tipo humano mais original da Região do Contestado é o caboclo surgido como segunda ou terceira geração da miscigenação racial branco-vermelha: filho do curiboca com o mameluco, herdeiro da cultura dos descobridores e da cultura autóctone. Além de preservar traços da cultura indígena, o nosso caboclo pardo mais primitivo era marcado pelos traços das tradições de origem ibérica, do tradicionalismo dos bandeirantes paulistas, do conservadorismo dos curitibanos e do comportamento dos gaúchos dos pampas, com o adicional de ser um especialista em vida selvagem.
Postado por Nilson Thomé às Sábado, Fevereiro 14, 2009