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Manifestante pinta a cara e protesta contra o governo. A tempestade de manifestações populares varre a região.
Introdução.
Reflita um pouco!!
Atualmente assistimos uma onda de revoltas populares no Mundo Islâmico.
Dois paises, a Tunísia e o Egito, ambos localizados no norte da África e de população predominantemente muçulmana, foram palco de manifestações populares que provocaram mudanças no poder político. Diante da pressão popular sobre aos ditadores que estavam no poder a várias décadas não restou outra opção senão renunciar. Alguns especialistas já admitem o "efeito dominó" em andamento na região, mas quais são os ingredientes que "fritaram" o poder de duas tradicionais lideranças políticas?
Entre os indicadores da convulsão que se alastra pelo Mundo Islâmico podemos apontar fatores como altos índices de desemprego, governos repressores sem representatividade social e uma população jovem de nível universitário, com acesso a internet, sem perspectivas e insatisfeitos com a dura realidade que são obrigados a viver. Segundo o especialista em política internacional, Reginaldo Nasser, a participação da juventude deve-se a "uma nova geração de jovens que, embora tenha formação intelectual, não encontra oportunidades no mercado de trabalho. Como resultado, ela se organiza usando a internet, as redes sociais, etc.".
Nestas condições está pronta a receita para a disseminação da tempestade de protestos populares que provocam um clima de temor nos demais países da região que possuem condições parecidas com as do Egito e Tunísia, a ponto dos governantes da Arábia Saudita, Irã, Jordânia, Líbia, Bahrein, Argélia e Iêmen comandados por ditaduras há décadas tomarem medidas preventivas para enfrentar a crise, colocando as forças de repressão em estado de alerta a fim de que seus países não serem "contaminados" pela onda de protestos e tornarem-se a bola da vez, contudo parece inevitável a continuação de manifestações contra os governos no poder. Ainda é cedo para afirmar, mas podemos estar presenciando uma versão da Era das Revoluções no mundo islâmico.
Ao que parece a "primavera árabe" está expandindo horizonte. Recebi informações de que em Angola está germinando uma manifestação contra o governo de José Eduardo dos Santos, no poder a 32 anos, leia na íntegra o manifesto: A NOVA REVOLUÇÃO EM ANGOLA
Afinal o que é uma Revolução?
De maneira simplista podemos defini-la de duas formas.
O significado do termo Revolução (do latim revolutio, "uma volta") é uma transformação radical que têm lugar num período relativamente curto de tempo.
No conceito da História acrescenta-se ao significado de Revolução os fatos históricos com quebras ou rupturas radicias seja no campo social, no poder ou nas estruturas organizacionais. Quando se muda a base, a estrutura que esta acima sofre as consequências do desdobramento das ações ou pensamentos oriundos da mudança ocorridas na base.
Convulsões e Revoluções sempre fizeram parte do processo civilizatório da humanidade, alguns episódios podem ser classificados pelo tamanho de sua repercussão na História. Eventos denominados de marcas ou divisores de águas. Entre estes momentos estão os ocorridos no século XVIII, em virtude dos quais o historiador Eric Hobsbawm, denominou este período de a Era das Revoluções.
Comumente as pessoas acham que cidadania significa ter o direito de exercer o voto na época das eleições. Entretanto, o conceito de cidadania não se restringe a somente a isso. É algo mais amplo. Os direitos do cidadão não surgem ao acaso, estes são resultado das lutas de indivíduos que desejavam um mundo mais justo, sem opressão e com maiores oportunidades aos despossuídos de privilégios. Alguns direitos que hoje desfrutamos foram e continuam sendo objeto de disputas de interesses entre governo, forças políticas, classes sociais dominantes e movimentos populares. Atualmente o direito das pessoas professarem livremente seus ideais tornou-se possível em virtude da luta e até da morte de muitos no passado que não se intimidaram diante das injustiças, elevaram o tom da voz por igualdade e sonharam por um tempo em que todos seremos iguais.
A Revolução Industrial. (Resumo)
Os recursos tecnológicos hoje disponíveis nos computadores, telefones celulares, Ifones, etc., são resultados de milhares de anos de experimentos da inventividade humana. Desde a invenção das primitivas ferramentas da Era Neolítica ao fantástico advento da tecnologia de transmissão sem fio (wi-fi) a humanidade vem acumulando conhecimentos e a medida que o tempo passa tornam-se cada vez mais complexos e sofisticados. Contudo há períodos na História em que estes conhecimentos aceleram o ritmo com mudanças rápidas e abrangentes em diversas áreas da atividade humana. Um destes períodos iniciou-se na Inglaterra, por volta de 1750 e recebeu a denominação de Revolução Industrial.
Qual a importância em compreendermos a Revolução Industrial?
Se pretendemos entender os mecanismos de funcionamento do sistema capitalista na atualidade é fundamental que conheçamos o advento da Revolução Industrial. Principalmente no aspecto relacionado às relações de trabalho.
Para começo de conversa a Revolução Industrial ocorreu por uma necessidade da burguesia. Através de dois lançes: a Revolução Puritana e a Revolução Gloriosa a burguesia inglesa deu o golpe final do poder absoluto do rei e apropriou-se do poder político. Aliado a isto está o surgimento de inventos como a bomba e tear hidráulico, o trem e o barco a vapor que contribuíram para uma importante transformação: a substituição da força física (manufatura) pela força mecânica (máquina) ou seja o trabalho da manufatura passar a ser realizado nas fábricas.
O Barco e locomotiva a vapor além do tear automático foram as invenções importantes durante a Rev. Industrial.
Inglaterra o berço da Revolução Industrial. Quais condições ajudaram-na a ser a pioneira?
- Acúmulo de capitais (conseguido através da exploração das colônias, principalmente na América do Norte)
- Mão de obra disponível (falta de terra na zona rural em virtude dos cercamentos obrigou os camponeses a migrar para as cidades e se tornarem força de trabalho nas fábricas) .
- Estado liberal burguês (a burguesia ocupava o poder político)
-Jazidas de Carvão (principal combustível que movia as máquinas de produção nas fábricas).
A Revolução Industrial pode ser dividida em 2 fases:
1ª - Limitada à Inglaterra -Desenvolvimento nos setores têxtil, siderúrgico e agrícola.
2ª - Expansão do processo industrialista à paises como a Alemanha, França, EUA, Japão. De características monopolista, imperialista e desenvolvimento do neocolonialismo.
Isto posto, a Revolução Industrial gera transformações econômicas, políticas, sociais e culturais:
-Consolidação do Capitalismo.
-Afirmação do Liberalismo.
-Urbanização.
-Questão social e novas idéias.
Sobre a questão social e o surgimento de novas idéias é importante ressaltar que os desdobramentos sociais ocorreram a partir do rearranjo de classes sociais no capitalismo moderno ou seja o surgimento de duas novas classes com interesses opostos: a burguesia industrial e a classe trabalhadora (proletariado). Contra o modelo de exploração da força de trabalho pelo capitalista (burguesia industrial) as doutrinas socialistas passam a denunciar as condições de trabalho aviltantes dos que produzem a riqueza, no caso os trabalhadores, mas não compartilham desta. Assim está lançada a pedra fundamental do Socialismo.
Duas classes sociais em conflito. Burguesia x Trabalhador
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