quarta-feira, 22 de junho de 2011

Os Monges do Contestado

Sobre o monge João Maria de Agostini:

Em muitos comentários sobre João Maria, os depoentes fazem questão de frisar que se referem ao verdadeiro monge, simplificando a forma cristalizada de crenças no monge.
O primeiro aparecer, em meados do século XIX. Trata-se de João Maria de Agostini ou - Agostinho – italiano, que nasceu em Piemonte em 1801. Sua vida é ignorada. Não há referências sobre a chegada de João Maria ao Brasil. Na Câmera Municipal de Sorocaba, Província de São Paulo. Deixa o termo de estrangeiro datado de 24 de dezembro de 1844.
Sobre suas característicSobre o monge João Maria de Agostini:
Em muitos comentários sobre João Maria, os depoentes fazem questão de frisar que se referem ao verdadeiro monge, simplificando a forma cristalizada de crenças no monge.
O primeiro aparecer, em meados do século XIX. Trata-se de João Maria de Agostini ou - Agostinho – italiano, que nasceu em Piemonte em 1801. Sua vida é ignorada. Não há referências sobre a chegada de João Maria ao Brasil. Na Câmera Municipal de Sorocaba, Província de São Paulo. Deixa o termo de estrangeiro datado de 24 de dezembro de 1844.
Sobre suas característica físicas sabe-se que possuía ´´estatura baixa , cor clara, cabelos grisalhos, olhos pardos, nariz regular, barba cerrada, rosto comprido``. Como sinal particular registrou-se que era aleijado dos três dedos da mão esquerda.
Vivendo numa gruta no morro de Araçoiaba, o apontam como homem piedoso, de vida rigorosamente sóbria e severa, dedica a Deus.
Como Sorocaba era ponto de parada de peões, tropeiros, operários, e camponeses, fez que esses logo espalhassem a fama do monge que passou a ser procurado por inúmeros visitantes.
O monge, às vezes assistia à missa na capela da Fabrica de Ferro de Ipanema, não se sabe ao certo que rumo o monge tomou, apenas é possível comprovar a sua passagem pelo Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul através do testemunho de artigos de jornais que mencionam sua presença.
Embora as datas apresentam-se contraditórias, e confusos locais e trajetos palmilhados pelo monge, há noticias em jornais que trazem copiosos esclarecimentos.
O monge solicitou audiência ao Presidente da Província. Apresentando-se, teria dito estar cumprindo uma promessa e solicitou a imagem de Santo Antão que estava numa igreja dos Sete Povos das Missões. Em setembro, estava no Campestre com imagem do Santo numa capela.
“Era italiano mais, dizia ele em São Paulo, donde retirou-se, enveredando por ínvias selvas (quem sabe Por quantos meses de arriscada peregrinação) ate a fronteira do Paraguai. Daí foi obrigado a sair. Atravessou o Rio Paraná, depois a Lagoa Yberá, numa pequena canoa: seguiu a pelo território deserto das Missões Correntinas, até o extinto povo de São Tome, hoje restaurado e elevado a cidade. Desceu pelo Uruguai até São Borja foi bem acolhido. Deu ai o nome de João Maria Agostini. Em poucos dias começoi sua peregrinação a pé foi dar, com mais de 580 quilômetros, de marcha, ao Serro de Botucaraí, a onde pouco demorou e regressou a Campestre, perto de Santa Maria, por onde já havia passado. Nesta situação agreste e merencória, escolheu um serro elevado a à base deste uma fonte cristalina, à qual atribuía a virtude de curar inúmeras enfermidades... Após alguns sucessos reais e aparentes após uma boa colheita em esmolas, o ermitão resolveu, auxiliado por alguns devotos, levantar, o no alto do Serro, uma ermitã nessa foi colocado uma imagem de Santo Antão, abade da Tebaida, imagem que existia em poder de um morador do lugar e fora pertencendo aos povos das Missões.”
Apesar dos desencontros das datas e das poucas pistas sobre o itinerário do monge, quando partiu de Sorocaba, adentrou pelo sertão tendo chegado a Paraguai, depois São Borja e em seguida Santa Maria. Na passagem pelas missões teria tomado conhecimento da referente imagem e teria escolhido Campestre como local ideal para construção da capela. Conquistando permissão para fixar-se naquele local.
A partir de 1848 João Maria é considerado como “milagreiro”. No sitio onde acampou, tornou-se um verdadeiro capo de atração para doentes de todos os males. As noticias do monge e a existência das águas miraculosas ressoaram nos estados vizinhos, no Uruguai e também na Argentina. Verdadeira multidão de romeiros acorria ao Campestre em busca dos efeitos terapêuticos das águas.
O Presidente da Província solicitou um exame das águas denominadas – Santas. O General Andréa manda prender João Maria que se encontra no Cerro do Botucaraí. E no relatório do Dr. Thomaz Antunes de Abreu, encontra-se a comprovação de que as águas examinadas “não contém princípios além dos, que são comuns em águas potáveis”.
João Maria é transferido para a Santa Catarina, por ordem do General Andréa. E solicita que lhe deixasse solitário na Ilha de Arvoredo.
Após sair da ilha, o monge encontra-se no ano de 1851, na cidade da lapa no Paraná, abrigando numa gruta, tal como havia feito antes em Sorocaba e Botucarí.

Aumentando a crença do monge.

Em sua peregrinação teria monge chegado ao Registro do Rio Negro e Mafra, em 1851. A tradicional cruz da cidade de Mafra teria sido plantada pelo monge juntamente com outras 18 em julho de 1851.
Em 1856 estava o monge em Lages, e posteriormente em Otacílio Costa mencionou este “filho da floreta”, peregrino que repousava debaixo de árvores e alimentava-se de ervas.
O tempo que permaneceu nos lugares por onde passou e os caminhos trilhados de um lugar ao outro, são desconhecidos. No final da vida teria regressado para seu primitivo abrigo em Sorocaba. Nestes últimos tempos esteve sempre entregue as orações e devoções. Faleceu em 1865.
Envoltas em mistérios estão as circunstancias da sua morte.Varias versões circulam. Desapareceu, portanto, envolto de mistério. O que nuca desapareceu é sua memória.

Enquanto sobre João Maria de Jesus o que podemos dizer é que:

Um segundo monge perambulou pela região sul do país, no final do século XIX. Foi conhecido pelo nome de João Maria de Jesus. Procurou identificar-se a João Maria Agostini, com quem apresentava alguns pontos comum.
O nome do primeiro fez reviver a sua memória, ampliou área em que mesma se tornaria conhecida e tornou uma só pessoa as que verdadeiramente duas. Chegou em Lages em 1892.
“O monge é um tipo especial que convém ser conhecido. Caminha só por este sertões, nada conduz, nada pede. Se chega a uma casa, dão- lhe de comer, ele só aceita o que e mais frugal e em pequena quantidade não dorme dentro das casas a não ser noites de chuva torrencial. Conversa com os moradores sem ostentação sem impostura, sua conversa e calma como que fala para si só, porem todos o ouvem, todos lhe obedecem, sua figura e humilde. Porem todos respeitam e estimam. Nunca diz para onde vai, nem quando. Anoitecer e não amanhecer, raramente, porem, passa por um lugar mais de uma vez. Quer chova , quer os rios estejam transbordando vai-se. Não canoas e ele passa, ninguém sabe dizer como passou”.
Registrada a área de atuação do monge, em toda a região missioneira. Após um descanso nas margens do Rio do Peixe.
“Seu nome será lembrado eternamente no meio desse povo que não compreende senão as coisas simples e naturais.”
A passagem de João Maria em União da Vitória no ano de 1896, é registrada. De “sotaque espanhol” andava cumprido uma promessa e aconselhava os sertanejos. Costumava acampar onde tinha água boa e não permitia que acompanhassem. Aceitava apenas oferendas de alimentos como queijo, leite e verduras.
“Era um homem de seus cinqüentas a sessenta anos, de estatura media, vestido pobre, mas decentemente”. João Maria assiste a missa, ouvindo o sermão em que o padre aconselha ao povo no sentido de não seguir conselhos dos monges. Frei Rogério indaga-lhe sobre sua origem e seus propósitos.
“- Eu nasci no mar – criei-me em Buenos Aires, e faz onze anos que tive um sonho, percebendo nele claramente que devia caminhar pelo mundo durante quatorze anos, sem comer carne nas quartas-feiras, sextas-feiras e sábados, e sem pousar na casa de ninguém. Vi-o claramente.”

Segundo pesquisas feitas, seu nome era Atanás Marcat, sendo de origem francesa.

“João Maria a todos atendia bondosamente, recitava, aconselhava o bem, recusava pagamento em dinheiro, apenas recebendo presentes de cavalos, porcos, vacas, etc., sendo que o mesmo esta distribuindo entre seus inúmeros afilhados por ele mesmo batizado. A população sertaneja, então inculta, porem ordeira, estava vivamente fanatizada pelo velho monge.”

Não restam duvidas sobre a existência dos dois monges João Maria. Não foram uma única pessoa, pois as datas das idades não coincidem. Outra diferença entre tantas, era que o primeiro era italiano de Piemonte, o segundo nascera no mar, criara-se em Buenos Aires e falava co sotaque espanhol.

João Maria de Jesus perambulou mais adotando um estilo itinerante, não estabelecendo paradeiros em grutas. A sua proteção geralmente, era a copa das arvores.

Não aceitava dinheiro nem certos alimentos, bem como não permitia ajuntamentos de pessoas em torno de si. Também plantava cruzes, muitas delas até hoje conservada pelo povo.

Não deixou de também utilizar as águas e receitar ervas para alivio de males.

Existem pontos de divergências entre os dois monges, o que mais claramente possibilita a distinção e a prova de que não existia apenas “O João Maria”.

João Maria de Agostini chegou de dirigir-se a povo nas missões rezadas pelo padre Antonio Dias de Arruda. João Maria de Jesus ou Atanás Marcaf, foi repreendido por Frei Rogério por fazer interpretações errôneas da S. Escritura, pregar penitencia, profetizar calamidades e principalmente batizar crianças, que era oficio dos padres da religião oficial.

Outro ponto é o posicionamento político-partidário de João Maria de Jesus, pois era monarquista, como acusava a republica pelos males que estavam ocorrendo.

Um dos exemplos é a situação jurídica das terras devolutas da união, a partir da proclamação da Republica.

As profecias, entre elas e da que surgiriam linhas de burros pretos, de ferro, carregando pessoas; vinda de gafanhotos de ferro, que ia ocorrer guerra; que viriam cercas de espinhos, entre muitas outras.

Nos pousos que fazia o monge, quando se retirava, o pessoal recolhido todos os carvões e levava para casa. Onde serviam para fazer simpatias e também como remédios.

As estampas que existiam são João Maria de Jesus, basicamente são três as mais conhecidas e difundidas na região. Entre elas uma que foi reproduzida por um fotógrafo de Caxias do Sul.

O desaparecimento do João Maria de Jesus está envolto em mistérios não diferindo muito de suas imprevista chegadas e partidas por lugares por onde andava. Simplesmente desapareceu se deixar rastro de si.

João Maria identificou-se com os sertanejos, na sua presença as esperanças renasciam a as suas palavras confortavam. Os sertanejos acreditavam estar diante de um santo que ensinava a sobriedade, o jejum, a vida digna, a caridade, não só praticava como também aconselhava-os a fazerem o mesmo. a físicas sabe-se que possuía ´´estatura baixa , cor clara, cabelos grisalhos, olhos pardos, nariz regular, barba cerrada, rosto comprido``. Como sinal particular registrou-se que era aleijado dos três dedos da mão esquerda.
Vivendo numa gruta no morro de Araçoiaba, o apontam como homem piedoso, de vida rigorosamente sóbria e severa, dedica a Deus.
Como Sorocaba era ponto de parada de peões, tropeiros, operários, e camponeses, fez que esses logo espalhassem a fama do monge que passou a ser procurado por inúmeros visitantes.
O monge, às vezes assistia à missa na capela da Fabrica de Ferro de Ipanema, não se sabe ao certo que rumo o monge tomou, apenas é possível comprovar a sua passagem pelo Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul através do testemunho de artigos de jornais que mencionam sua presença.
Embora as datas apresentam-se contraditórias, e confusos locais e trajetos palmilhados pelo monge, há noticias em jornais que trazem copiosos esclarecimentos.
O monge solicitou audiência ao Presidente da Província. Apresentando-se, teria dito estar cumprindo uma promessa e solicitou a imagem de Santo Antão que estava numa igreja dos Sete Povos das Missões. Em setembro, estava no Campestre com imagem do Santo numa capela.
“Era italiano mais, dizia ele em São Paulo, donde retirou-se, enveredando por ínvias selvas (quem sabe Por quantos meses de arriscada peregrinação) ate a fronteira do Paraguai. Daí foi obrigado a sair. Atravessou o Rio Paraná, depois a Lagoa Yberá, numa pequena canoa: seguiu a pelo território deserto das Missões Correntinas, até o extinto povo de São Tome, hoje restaurado e elevado a cidade. Desceu pelo Uruguai até São Borja foi bem acolhido. Deu ai o nome de João Maria Agostini. Em poucos dias começoi sua peregrinação a pé foi dar, com mais de 580 quilômetros, de marcha, ao Serro de Botucaraí, a onde pouco demorou e regressou a Campestre, perto de Santa Maria, por onde já havia passado. Nesta situação agreste e merencória, escolheu um serro elevado a à base deste uma fonte cristalina, à qual atribuía a virtude de curar inúmeras enfermidades... Após alguns sucessos reais e aparentes após uma boa colheita em esmolas, o ermitão resolveu, auxiliado por alguns devotos, levantar, o no alto do Serro, uma ermitã nessa foi colocado uma imagem de Santo Antão, abade da Tebaida, imagem que existia em poder de um morador do lugar e fora pertencendo aos povos das Missões.”
Apesar dos desencontros das datas e das poucas pistas sobre o itinerário do monge, quando partiu de Sorocaba, adentrou pelo sertão tendo chegado a Paraguai, depois São Borja e em seguida Santa Maria. Na passagem pelas missões teria tomado conhecimento da referente imagem e teria escolhido Campestre como local ideal para construção da capela. Conquistando permissão para fixar-se naquele local.
A partir de 1848 João Maria é considerado como “milagreiro”. No sitio onde acampou, tornou-se um verdadeiro capo de atração para doentes de todos os males. As noticias do monge e a existência das águas miraculosas ressoaram nos estados vizinhos, no Uruguai e também na Argentina. Verdadeira multidão de romeiros acorria ao Campestre em busca dos efeitos terapêuticos das águas.
O Presidente da Província solicitou um exame das águas denominadas – Santas. O General Andréa manda prender João Maria que se encontra no Cerro do Botucaraí. E no relatório do Dr. Thomaz Antunes de Abreu, encontra-se a comprovação de que as águas examinadas “não contém princípios além dos, que são comuns em águas potáveis”.
João Maria é transferido para a Santa Catarina, por ordem do General Andréa. E solicita que lhe deixasse solitário na Ilha de Arvoredo.
Após sair da ilha, o monge encontra-se no ano de 1851, na cidade da lapa no Paraná, abrigando numa gruta, tal como havia feito antes em Sorocaba e Botucarí.

Aumentando a crença do monge.

Em sua peregrinação teria monge chegado ao Registro do Rio Negro e Mafra, em 1851. A tradicional cruz da cidade de Mafra teria sido plantada pelo monge juntamente com outras 18 em julho de 1851.
Em 1856 estava o monge em Lages, e posteriormente em Otacílio Costa mencionou este “filho da floreta”, peregrino que repousava debaixo de árvores e alimentava-se de ervas.
O tempo que permaneceu nos lugares por onde passou e os caminhos trilhados de um lugar ao outro, são desconhecidos. No final da vida teria regressado para seu primitivo abrigo em Sorocaba. Nestes últimos tempos esteve sempre entregue as orações e devoções. Faleceu em 1865.
Envoltas em mistérios estão as circunstancias da sua morte.Varias versões circulam. Desapareceu, portanto, envolto de mistério. O que nuca desapareceu é sua memória.

Enquanto sobre João Maria de Jesus o que podemos dizer é que:

Um segundo monge perambulou pela região sul do país, no final do século XIX. Foi conhecido pelo nome de João Maria de Jesus. Procurou identificar-se a João Maria Agostini, com quem apresentava alguns pontos comum.
O nome do primeiro fez reviver a sua memória, ampliou área em que mesma se tornaria conhecida e tornou uma só pessoa as que verdadeiramente duas. Chegou em Lages em 1892.
“O monge é um tipo especial que convém ser conhecido. Caminha só por este sertões, nada conduz, nada pede. Se chega a uma casa, dão- lhe de comer, ele só aceita o que e mais frugal e em pequena quantidade não dorme dentro das casas a não ser noites de chuva torrencial. Conversa com os moradores sem ostentação sem impostura, sua conversa e calma como que fala para si só, porem todos o ouvem, todos lhe obedecem, sua figura e humilde. Porem todos respeitam e estimam. Nunca diz para onde vai, nem quando. Anoitecer e não amanhecer, raramente, porem, passa por um lugar mais de uma vez. Quer chova , quer os rios estejam transbordando vai-se. Não canoas e ele passa, ninguém sabe dizer como passou”.
Registrada a área de atuação do monge, em toda a região missioneira. Após um descanso nas margens do Rio do Peixe.
“Seu nome será lembrado eternamente no meio desse povo que não compreende senão as coisas simples e naturais.”
A passagem de João Maria em União da Vitória no ano de 1896, é registrada. De “sotaque espanhol” andava cumprido uma promessa e aconselhava os sertanejos. Costumava acampar onde tinha água boa e não permitia que acompanhassem. Aceitava apenas oferendas de alimentos como queijo, leite e verduras.
“Era um homem de seus cinqüentas a sessenta anos, de estatura media, vestido pobre, mas decentemente”. João Maria assiste a missa, ouvindo o sermão em que o padre aconselha ao povo no sentido de não seguir conselhos dos monges. Frei Rogério indaga-lhe sobre sua origem e seus propósitos.
“- Eu nasci no mar – criei-me em Buenos Aires, e faz onze anos que tive um sonho, percebendo nele claramente que devia caminhar pelo mundo durante quatorze anos, sem comer carne nas quartas-feiras, sextas-feiras e sábados, e sem pousar na casa de ninguém. Vi-o claramente.”

Segundo pesquisas feitas, seu nome era Atanás Marcat, sendo de origem francesa.

“João Maria a todos atendia bondosamente, recitava, aconselhava o bem, recusava pagamento em dinheiro, apenas recebendo presentes de cavalos, porcos, vacas, etc., sendo que o mesmo esta distribuindo entre seus inúmeros afilhados por ele mesmo batizado. A população sertaneja, então inculta, porem ordeira, estava vivamente fanatizada pelo velho monge.”
Não restam duvidas sobre a existência dos dois monges João Maria. Não foram uma única pessoa, pois as datas das idades não coincidem. Outra diferença entre tantas, era que o primeiro era italiano de Piemonte, o segundo nascera no mar, criara-se em Buenos Aires e falava co sotaque espanhol.
João Maria de Jesus perambulou mais adotando um estilo itinerante, não estabelecendo paradeiros em grutas. A sua proteção geralmente, era a copa das arvores.
Não aceitava dinheiro nem certos alimentos, bem como não permitia ajuntamentos de pessoas em torno de si. Também plantava cruzes, muitas delas até hoje conservada pelo povo.
Não deixou de também utilizar as águas e receitar ervas para alivio de males.
Existem pontos de divergências entre os dois monges, o que mais claramente possibilita a distinção e a prova de que não existia apenas “O João Maria”.
João Maria de Agostini chegou de dirigir-se a povo nas missões rezadas pelo padre Antonio Dias de Arruda. João Maria de Jesus ou Atanás Marcaf, foi repreendido por Frei Rogério por fazer interpretações errôneas da S. Escritura, pregar penitencia, profetizar calamidades e principalmente batizar crianças, que era oficio dos padres da religião oficial.
Outro ponto é o posicionamento político-partidário de João Maria de Jesus, pois era monarquista, como acusava a republica pelos males que estavam ocorrendo.
Um dos exemplos é a situação jurídica das terras devolutas da união, a partir da proclamação da Republica.
As profecias, entre elas e da que surgiriam linhas de burros pretos, de ferro, carregando pessoas; vinda de gafanhotos de ferro, que ia ocorrer guerra; que viriam cercas de espinhos, entre muitas outras.
Nos pousos que fazia o monge, quando se retirava, o pessoal recolhido todos os carvões e levava para casa. Onde serviam para fazer simpatias e também como remédios.
As estampas que existiam são João Maria de Jesus, basicamente são três as mais conhecidas e difundidas na região. Entre elas uma que foi reproduzida por um fotógrafo de Caxias do Sul.
O desaparecimento do João Maria de Jesus está envolto em mistérios não diferindo muito de suas imprevista chegadas e partidas por lugares por onde andava. Simplesmente desapareceu se deixar rastro de si.
João Maria identificou-se com os sertanejos, na sua presença as esperanças renasciam a as suas palavras confortavam. Os sertanejos acreditavam estar diante de um santo que ensinava a sobriedade, o jejum, a vida digna, a caridade, não só praticava como também aconselhava-os a fazerem o mesmo.
Fonte: História Brasil-Contestado

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